sábado, 30 de agosto de 2014

Foto do Dia

Promoção nas Casas Bahia do Shopping Taboão, quinta-feira.


O que seria o duples ?

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Estagnou

A Economia Brasileira estagnou outra vez. Na verdade, estamos em recessão, na medida em que a definição de recessão é a queda do PIB por dois trimestres consecutivos. No primeiro trimestre de 2014 o resultado foi -0,2% e no segundo foi -0,6%. Ou seja, não apenas estamos em recessão, mas em movimento acelerado de queda. 



Passaram mântega na nossa sola do sapato...
Mas não basta estar encolhendo a economia, e com inflação alta e a beira de sair do controle. Temos ainda que ouvir impropérios do mesmo ministro (ir)responsável pela situação:
- "Não para dizer que o Brasil está em recessão". Segue link. Errado, Senhor Ministro: dá para dizer sim, e é a verdade que o Senhor não vê ou finge não ver. 
(neste momento, o portal UOL simplesmente saiu fora do ar !!!)
- A culpa é da Copa, disse o Ministro. Segue link. Errado, Senhor Ministro: o evento fez a economia circular em outros aspectos e trouxe moeda estrangeira, e muitos turistas consumiram bens e serviços em volume. A mesma Copa que gera feriados e derruba a produção de bens deixa as pessoas livres para consumir serviços. 
Mais que isso, amigo leitor, a frase é do mesmo ministro que disse, 3 meses atrás, que a Copa ajudaria a Economia a crescer. Segue link. Errado de novo, Senhor Ministro, afinal se ia ajudar, como atrapalhou ?
Não sou só eu que vejo desculpas esfarrapadas aqui, né? E tem gente que insiste que isso é o "menos pior"... 
Vai entender...


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Lista Negra: Vivo

Ocorreu-me outro dia que ainda não falei desses animais aqui no blog. Pois vamos.
Em algum momento entre 1999 e 2005, não sei precisar, aderi à banda larga. O acesso discado era caro, lento, pouco confiável e instável. Larguei e fui embora para a combo UOL / Speedy. 
Os primeiros meses, talvez anos, foram bons sim. O ganho de velocidade era notável. Era mais estável, mais confiável, e até mais simples. Mas já havia o problema  da obrigatoriedade de se assinar um provedor de conteúdo, no caso, o UOL. Nunca questionei a qualidade do conteúdo, mas a exigência da então Telefônica. Em resumo, era uma venda casada disfarçada. Eles ofereciam o próprio serviço de conteúdo, mas o assinante era livre para usar outro. Ocorre que nunca houve qualquer justificativa técnica para essa exigência. Nunca. E os merdas da ANATEL, provavelmente subornados, não faziam nada sobre isso.
Com o tempo, a realidade foi batendo à minha porta. A confiabilidade foi derretendo. Bastava uma chuva para a conexão cair. E voltava apenas no dia seguinte. Após alguns meses, o tempo de retorno passou para 2 ou até 3 dias. Ou seja, ninguém usava aquela bosta no verão. Foram brigas incontáveis com o suporte. Incrível com a culpa é sempre do usuário. Testa isso, testa aquilo, muda protocolo, testa arquivo, desliga da tomada... Tudo para enrolar o assinante e não entregar o serviço. E nada da ANATEL fazer alguma coisa a respeito.
Então, em 2006, vendi meu apartamento. Em meados de dezembro, acertei com o comprador que deveria desligar todos os serviços. Luz, e mesmo o telefone, foram tranquilos. Mas o Speedy... ah, o Speedy... Foram 3 dias, de segunda a quinta-feira, pendurado no telefone para cancelar o serviço. Liguei dezenas de vezes. Cada vez era uma coisa diferente. Jogavam minha ligação para todos os lados, inventaram desculpas de fidelidade e planos, fizeram mil ofertas. Cancelar foi mais trabalhoso do que dividir as posses com duas namoradas que moraram comigo e acabamos terminando a relação. Posso afirmar com tranquilidade que foi mais complicado que um divórcio. 
E assim me vi livre deles, mas não para sempre.
Em janeiro de 2012, a pedido da minha namorada, troquei de operadora de celular. Saí da Claro para Vivo, porque poderíamos conversar sem pagar. Depois dos primeiros meses, sempre bons, foi anunciada oficialmente a compra da Vivo pela Telefônica. Já era um negócio em andamento quando eu fiz a migração, mas foi nítida a queda nos serviços depois da aquisição final. A cara de pau foi tanta que a Telefônica comprou a Vivo e abriu mão da própria marca, tão queimada que estava no mercado.
Na verdade, acho houve um erro de interpretação das condições da promoção. O que era grátis era ligar, não falar. Ligar, eu até ligava. Mas em pouco minutos eles intencionalmente derrubavam a ligação. É mais que conhecida essa prática, pois o usuário fica obrigado a ligar novamente e pagar outra ligação.
- Mas é grátis, Norson. Você não paga para ligar outra vez, tanto quanto não paga para ligar da primeira.
Era grátis com quem tinha Vivo, né, criatura? Em outros casos, paga-se. A prática era tão comum que a ANATEL já obrigou as operadoras a não cobrarem por religações feitas logo em seguida de uma queda de conexão. Cheguei a ter a ligação cortada 4 vezes em uma mesma conversa com Luciana. Insuportável. Internet, então, vez por outra. Sempre que eu não precisava, ela estava lá. 



Toleramos o plano até terminar o limite de carência e fomos para a Oi. Não é perfeita, longe disso, mas não é uma empresa controlada por gente safada, inescrupulosa, mal intencionada e sem vergonha alguma de roubar os próprios clientes. Bandidos, enfim.
E você, leitor, que usa Viva, já sabe do que vou te chamar a partir de hoje...

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O Debate

Não vi, não gosteiMinha tolerância para violência estava baixa, então optei por trocar o Debate entre os Presidenciáveis pelo filme Mercenários 3. Pelos comentários lidos no Facebook, acertei na troca. Na verdade, não tomei essa decisão ontem, foi em 2008. E agora divido com o amigo leitor o caso.

Vivíamos a corrida eleitoral para as eleições municipais. No caso, São Paulo. Disputavam o segundo turno a inútil Marta Suplicy e o hoje odiado Gilberto Kassab. Eu já tinha pouco respeito pelo brasileiro médio, mais interessando em reality show, novela e futebol do que em política. E no dia daquele debate, vivenciei algo interessante. Interessante e triste.
Eu já tinha meu voto decidido, e a eleição já se desenhava a favor de Kassab com larga margem. Segui meu dia normal, indo trabalhar e depois treinar meu Kung Fu. Voltei de metrô para casa, e ao sair da estação, vi algo que imediatamente me chamou a atenção.
No caminho, os bares estavam lotados com as tvs ligadas no debate. O som alto, diferente dos jogos de futebol, permitia ouvir com clareza o que cada um dizia. E as pessoas, copos na mão, prestavam enorme atenção ao que era falado. 
Minha primeira reação depois da surpresa foi de alegria. "Estive errado" - pensei - "as pessoas dão sim importância para a política." 
Durou pouco. O prefeito candidato respondia a alguma pergunta da ex-prefeita candidata e lhe passou alguma descompostura. Não lembro o tema ou as palavras, mas foi aquilo que popularmente dizemos "deu um fora nela". 

Obs.: a foto não é do debate citado, mas é verídica.

A platéia reagiu de pronto. Os apoiadores dele, maioria, soltaram seus gritos curtos de "aeeee", "boa", "chupa", rindo da cara dos apoiadores dela. Silencioso, o grupo minoritário apenas esperava pelo troco que viria na pergunta seguinte. 
Entristeci. O objetivo do debate falhara miseravelmente. Ninguém ali procurava ouvir as ideias e propostas dos candidatos, apenas se divertiam em vê-lo superar o adversário em palavras. Não havia qualquer diferença prática para um jogo de futebol. Não havia qualquer grau de politização ali. 
Desisti de debates naquela noite de outubro de 2008. Completarei 6 anos sem ver debates políticos, sem qualquer saudade. O Fla-Flu, que já imperava na política, havia contaminado o eleitor. 
Enquanto isso, os caras contratam um dos melhores atores de luta marcial do mundo e colocam metralhadoras na mão dele o tempo todo.


Não lembro de ver ele lutar uma só vez no filme...


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Um pouco sobre Ateísmo

Hoje estou com preguiça, mas não quis deixar o amigo leitor desamparado. Então vamos com dois vídeos excelentes sobre ateísmo, e o porque faz sentido sim o movimento ateu.
Primeiramente, o Clarion:


Se rolar uma preguiça, pare com 6 minutos. Explica de modo educado a validade das postagens anti-religiosas que vemos aos montes por aí.

Agora o Pílula.


Novamente, se o amigo estiver com preguiça, veja entre 7min20 e 9min.
Isso resume bem porque eu me dou ao trabalho de bater em religião. 

Tenho toda a calma do mundo ao afirmar que em 500 anos a religião vai existir como uma curiosidade do passado, algo similar a se ver uma reprodução de uma dança típica dos índios ou uma festa medieval. É divertido, mas passou. A religião teve sua vez, e nada de bom ou útil trouxe. Agora vamos tentar outro caminho, o do conhecimento. Essa mudança está em curso e é irreversível. Aceite isso, amigo teísta.
O que o ativismo faz é tentar transformar esses 500 anos em, sei lá, 50. Só isso.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Poupança Fraterna

Alertado pelo amigo Urso, eventualmente conhecido como Luiz, tive contato hoje com o projeto de lei do Poupança Fraterna. Segue link para o projeto de lei PLP-137/2004
Antes de detalhar e assustar o leitor, informo que o status mais recente desse projeto é "arquivado". Não se trata, portanto, de algo a beira de entrar em vigor. Mas vale para mostrar o tipo de maluquice que perspassa a "cabeça" de alguns de nossos legisladores, no caso, o Sr. Nazareno Fonteles, atualmente ex-deputado federal (2 mandatos) pelo PT.
O cretino acima citado queria limitar o consumo individual no Brasil. Só isso. Cada pessoa só poderia consumir 10 vezes a renda per capita, independente de quanto recebesse de salário. A verbete desse sujeito na wikipedia confirma a autoria desse desatino econômico.


Vamos ver o que isso significa. O PIB per capita brasileiro está em torno de 11.250 dólares. Varia de acordo com a fonte. Calculando o dólar a R$ 2,30. temos um limite anual de R$ 258.750, ou R$ 21.562,50 mensais. Ganhos acima disso seriam compulsoriamente depositados em um fundo que renderia metade do índice da poupança.
R$ 21.500  por mês não é um valor baixo. Não conheço muita gente acima desse limite. Mas não é esse o ponto. O ponto é a doentia violação ao direito de propriedade que essa lei constitui. Desde o AI-5 eu não lia tamanha aberração original em português. 
O que me impressiona é a capacidade que algumas pessoas têm de inventar maluquices em nome de uma tal justiça social, sempre com o bolso dos outros. Mais, isso quebra uma série de paradigmas econômicos correntes. Fica impossível comprar um carro zero com dinheiro economizado por exemplo. Fica impossível comprar, e portanto vender, imóveis acima de R$ 200.000. A lei é tão mal escrita que limita a renda permitida pelo PIB, mas fixa um número para o uso do dinheiro para compra de imóveis. Sei lá, nem vou continuar. 
Só espero que isso não seja ressuscitado por outro biruta. Haja saco mesmo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Mais violência

Ok, lá vou eu arrumar inimigos nesta tarde de sexta...
Segue link para um caso que chamou a atenção esta semana, em São Roque. O sujeito deu uma cotovelada (não preciso me preocupar com "está sendo acusado de ter dado" pois as imagens são bem claras) em uma mulher. A vítima está internada em estado grave, correndo risco de vida (ou de morte? nunca soube qual é o termo correto).
Tento (pela primeira vez em muito tempo) inserir o vídeo no post:



Bem...
Não acho necessário condenar a atitude do sujeito. É mais do que óbvio, é mais do que evidente, é indesculpável, ponto.
Mas me chamaram a atenção alguns detalhes do crime (notaram que eu chamei de crime, né ?). Primeiramente, por mais que tenha sido uma violenta cotovelada, foi só uma. Não que fosse necessário continuar, mas não houve qualquer menção por parte do agressor em continuar a agressão. Ele também permaneceu no local até a saída da ambulância, não tentou fugir em momento algum. Mas há de ser citada, também, a atitude da vítima. Embora não tenhamos o áudio do ocorrido, tão clara quanto a agressão dele é a provocação dela antes. 
Eu sei, eu sei, uma coisa não justifica a outra. Não podemos sair socando (ou cotovelando) qualquer um que nos ofenda na rua. Dá vontade, mas não pode. É crime, há leis para tal, e o sujeito já consta como detido pela polícia. 
Mas chega aí... tão errado quanto agredir fisicamente não é agredir verbalmente? Sair xingando, ofendendo ou humilhando pode, Arnaldo? Não pode, a regra também é clara para isso.
Mas também não vemos isso ser cumprido. E é bem comum em mulheres se esconderem atrás da condição de mulher e fazerem isso. Eu mesmo já fui alvo de agressões verbais por uma retardada social amiga de uma ficante minha na época. Se eu agredisse, o resultado não seria menor do que o que vemos no vídeo, mas meus anos de artes marciais me ensinaram a reconhecer isso, então optei por ir embora e, com sucesso, destruir a amizade da minha ficante com aquela vadia com palavras apenas. 
O que peço ao amigo leitor é, ao reagir emocionalmente ao vídeo, que se pergunte uma coisa. Se a vítima fosse homem do mesmo tamanho do sujeito e o efeito fosse o mesmo, desmaiar e correr risco de morte (ou de vida ?), você teria a mesma reação contrária ao criminoso? Se a resposta é não, você precisa repensar sua visão sexista das coisas. Não é por ela ser mulher que merece mais pena quando vítima. 
#prontofalei.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Voto Nulo

É mais que hora de esclarecer algumas coisas sobre o tal "voto de protesto". Vamos a ele então, amigo leitor, depois de 2 dias ausente deste espaço em um excelente curso sobre contratos e licitações.
O voto em branco é aquele no qual o eleitor não opta por nenhum dos candidatos ao cargo. Herança dos tempos da cédula em papel, era quando o eleitor simplesmente não fazia nada e depositava a cédula exatamente como a recebeu. Havia grave risco de fraude, pois permitia a alguém que a manipulasse preencher a mesma com alguma opção de sua preferência.
O voto nulo, também herdeiro dos tempos da cédula, ocorria quando o eleitor rasurava a cédula, riscando em mais de um dos quadradinhos, por exemplo, ou colocando um nome ou número inexistente ou impossível de identificar. Quando usado como forma de protesto, significa que o eleitor não quer nenhum dos candidatos.


Não optar e não querer é diferente: o primeiro tem um grau de indiferença e o segundo é mais de crítica. Então voto em branco e voto nulo são coisas distintas, e ambos foram mantidos no sistema de votação por urna eletrônica. 
Só que não.
Na prática, não tem diferença alguma. A antiga legislação que anulava uma eleição com a maioria dos votos brancos ou nulos não existe mais mais, e mesmo ela misturava os dois conceitos. Hoje, o sistema de dois turnos é bastante claro ao mencionar "votos válidos" ao apontar a ocorrência ou não de segundo turno. 
Então vamos fazer umas contas números hipotéticos usando a legislação eleitoral brasileira. 
  • Cenário 1

Candidato A - 45 votos
Candidato B - 35 votos
Candidato C - 20 votos
Brancos e Nulos - 0 votos
Total 100. 
Neste cenário, o candidato A recebeu 45% dos votos totais e 45% dos votos válidos. Há segundo turno entre A e B, portanto.
  • Cenário 2

Candidato A - 45 votos
Candidato B - 25 votos
Candidato C - 10 votos
Brancos e Nulos - 20 votos
Total 100. 
Neste cenário, o candidato A recebeu 45% dos votos totais, mas 56% dos votos válidos. A está eleito em primeiro turno.
Mas como essa mágica aconteceu, se o eleitorado total é o mesmo e os votos de A são os mesmos? Muito simples: uma parcela dos eleitores optou por não participar do processo eleitoral. Veja outro caso:
  • Cenário 3

Candidato A - 35 votos
Candidato B - 20 votos
Candidato C - 10 votos
Brancos e Nulos - 15 votos
Ausentes - 20 votos
Total 100. 
Neste cenário, o candidato A recebeu 35% dos votos totais, mas 53% dos votos válidos. A está eleito em primeiro turno.

Percebe, amigo leitor, que o sujeito que se ausenta do pleito ou vota braco/nulo está permitindo que o candidato líder, seja quem for, vença com mais facilidade?
Não tenho viés partidário neste post. No mundo real, o voto nulo ajuda Dilma (PT) na eleição presidencial e Alckmin (PSDB) na estadual. Bastante simples de entender. 


Então, é o seguinte: você que está revoltado com a política, ofendido com o que está vendo e quer mudanças, vote. Simples assim.  Se você vem com esse papinho de voto nulo ou de não comparecer no dia da eleição, você não é um eleitor consciente moderninho fazendo um protesto: você é apenas um cuzão que não quer assumir a responsabilidade de tomar uma decisão.
Só isso.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Segura o velho

Jeff Gordon continua impossível. Venceu ontem em Michigan, reassumindo a liderança da Sprint Cup em vitórias e pontos. E não foi obra do acaso não, era o melhor carro da pista desde a metade da prova. Superou dificuldades em relargadas e dominou as últimas voltas com autoridade de tetra(penta?)campeão.


O triunfo mostra o bom momento da equipe Hendrick. Nas últimas 4 corridas, uma das quais em circuito misto, foram duas poles, duas vezes com o maior número de voltas lideradas e três vitórias. Gordon e Earnhardt lideram com folga absurda para o 3o colocado: faltando 3 provas para o final da fase de classificação, se a dupla não as corresse é bem possível que terminasse ainda nas mesmas posições. 
Com 12 vencedores em 23 corridas, o sistema garante matematicamente que um piloto se classificará por pontos. A vaga está nas mãos de Matt Kenseth, único piloto de Joe Gibbs a não vencer este ano ainda, que deve mantê-la sem maiores problemas. Segue a lista dos pilotos sem vitórias:
Matt Kenseth 709 (+58)
Ryan Newmann 679 (+28)
Clint Bowyer 672 (+21)
Greg Biffle 660 (+9)
---
Kasey Khane 651 (-9)
Austin Dillon 638 (-24)
Kyle Larson 636 (-26)
Marcos Ambrose 616 (-46)
Matematicamente, há 144 pontos em disputa. Evidentemente que algum deles, ou até mais atrás na tabela pode vencer corridas. Mas supondo apenas a disputa em pontos, pode-se descontar até 43 pontos por corrida sem vencer (2o liderando maior número de voltas x 43o), o que totaliza 129 pontos em jogo. Assim, a nota de corte está em 660-129 = 531 pontos hoje. Menard, Vickers, McMurray, Mears e até Stewart estão nessa conta. Daí para trás, só a vitória serve. Na prática, á incrivelmente improvável que essa turma desconte muitos pontos dos que estão a frente. 
Ficou pequeno para Kyle Larson, depois do acidente de ontem. Vai ter que mostrar uma consistência surpreendente nas três provas que faltam para se classificar.

O assunto mais comentado é ainda é o acidente de Tony Sterwart na outra semana. O tri-campeão tornou a não correr, e já se fala que ele pode ficar fora o restante da temporada. Essa postura diverge totalmente das declarações iniciais de que o atropelamento de Kevin Ward Jr. em uma corrida na terra foi um mero incidente de corrida, "apenas" com resultados trágicos. Fosse, Tony estaria nas pistas ontem, simples assim. 
Podemos estar vendo o ocaso de uma carreira tão brilhante quanto quente. 


sábado, 16 de agosto de 2014

Anima Mundi 2014: Estatísticas

Algumas estatísticas das 11 sessões que acompanhei nesta edição do Anima Mundi.
Foram 90 curtas em 11, uma média de 8,2 animações por sessão. O que é bom: prefiro animações mais curtas, de até 10 minutos. Infelizmente perdi uma delas, canadense, ficando com "apenas" com 89 notas para avaliar.
A origem dos países foi: França (28), Grã-Bretanha (10), Brasil (9), Suíça (7), EUA (6) Alemanha (5), Canadá (5), Holanda (5), Bélgica (3), Israel (3), Polônia (2), Rússia (2), Argentina (1), Áustria (1), Croácia (1), Espanha (1), Estônia (1), Finlândia (1), Hong Kong (1), Irlanda (1), Itália (1), Lituânia (1), Luxemburgo (1) e Turquia (1). O leitor atento (e pentelho) dirá que esses números somam 97, mas isso se deve a produções conjuntas multinacionais.
A nota média das animações foi 3,31, com a seguinte distribuição: 10 notas 5, 30 notas 4, 31 notas 3, 14 notas 2 e 4 notas 1. O melhor de todos foi Fuga, que até comentei e postei no Facebook, com destaque para Le Gouffre, Wedding Cake e Lettres de Femmes. Assim que possível, colocarei links deles por aqui.
As 4 notas 1 foram para Lituânia (1), Itália (1), Brasil (1) e França (1). 
As 10 notas 5 ficaram com Canadá (1), França (3), Alemanha (2), Grã-Bretanha (3) e Espanha (1). Logo se nota que o critério espanhol é melhor que o italiano e o lituano na hora de mandar uma só animação...
Notei uma sensível queda na quantidade de curtas de humor. O mundo está mais triste, e isso se reflete na arte. Também percebo diminuição ao longo dos anos das chamadas animações conceituais, onde o cara brinca com cores e formas e deixa o conteúdo para... para quem é bom de verdade. 

Concluo com uma pergunta ainda não respondida. Se todo ano o evento terá, mais ou menos, a mesma quantidade de animações curtas e longas, por que o pessoal da organização fica se matando para criar novas grades a cada ano?
Uma vez fechado o local com a mesma quantidade de salas do ano anterior, basta repetir a grade com eventuais correções necessárias. Não precisa criar tudo do zero toda vez, gente. 
#ficaadica

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Teoria da Conspiração

Essa foi boa !

Segundo a Teoria da Conspiração que chegou a este blogueiro, Eduardo Campos está vivinho da silva no Caribe


É isso mesmo, amigo leitor. A criatividade humana não tem limites, assim como a zoeira e a burrice. Essa teoria prega que o socialista Eduardo Campos vendeu sua identidade e vida públicas por uma montanha de dinheiro para ser dado com morto. O avião que caiu em Santos teria apenas corpos no seu interior e o piloto, que nada sabia da trama, foi vítima de homicídio neste complô terrível, de fazer os roteiristas de Hollywood corarem. 
Eduardo teria saído do país em meio à comoção pela fronteira terrestre de Foz do Iguaçu, de teria ido para o Caribe passar o resto dos seus dias com muito dinheiro e conforto. Sua própria família não soube do golpe e também seria vítima do esquema. Ele jamais poderá aparecer em público novamente, segundo essa tese, pois colocaria em risco, desta vez para valer, tanto a sua própria vida quanto a de seus familiares (os mesmos que ele teria deixado para trás). 
  • Variantes
Já há variantes da história, pouco mais de 24 horas decorridas do fato político mais relevante do ano.
Uma delas descreve Campos como sórdido e sem escrúpulos ao aceitar ou até ter proposto esse esquema. Estaria lá com uma amante de longa data, rindo de todos agora. 
Outra o desenha como vítima de graves ameaças, tendo sido obrigado a aceitar a oferta ou o acidente aconteceria mesmo, mais cedo ou mais tarde, com sua família junto desta vez. Nesta versão, seria uma espécie de mártir político.
  • Origem
Aqui a coisa degringola de vez. Já foram apontados como líderes desse esquema a candidata do PT e presidente, Dilma Roussef, o ex-presidente Lula (que nesta versão que rasga a lei eleitoral sairia como candidato pelo PSB !!!), a candidata a vice e virtual herdeira da candidatura Marina Silva e o tucano Aécio Neves, além do próprio Campos como autor intelectual de tudo, claro.

  • Local

A tese aqui é uma só. Não daria certo repetir o "truque" batido de jogar o avião no mar. Era necessário algo mais dramático. Então escolheram uma área urbana e povoada. As vítimas em solo seriam dano colateral, mas isso evitaria suspeitas sobre o desaparecimento. As mesmas suspeitas de que a teoria trata, diga-se. 
Os corpos encontrados vão passar por exames de DNA, mas quem é capaz de montar um esquema desses compra o resultado de um exame sem dificuldades. Quanto a isso, quem sou eu para duvidar?
  • Conclusão
Só fico na dúvida se ele está tomando drinks com Elvis, Jimmy Hoffa, Michael Jackson ou JFK. Ou Schumacher, Senna, Mamonas Assassinas, Ulisses Guimarães, Princesa Diana e John Lennon. Ou todos eles, sei lá.
Ok, essa superou as expectativas

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Reviravolta

Morreu hoje o candidato a presidente Eduardo Campos, em acidente aéreo na cidade de Santos. As notícias só cobrem esse assunto em todos os portais. Tudo o mais ficou para segundo plano.
É a primeira vez que isso acontece na nosso recente república pós-ditadura. Vai bagunçar, e muito, o tabuleiro eleitoral. Se não estou enganado, a vice Marina Silva assume a chapa e esse é o fator relevante daqui para frente.
Desde o imbróglio da suspeita recusa da Justiça em fundar o partido dela, a REDE, Marina buscou refúgio no PSB para não desaparecer do cenário. Entrou como vice na chapa, mesmo tendo o triplo das intenções de voto de Campos. Houve diversa cogitações de inversão da chapa, mas nunca foram para frente: Campos fez valer sua posição de "dono da bola". E agora sai de cena de forma trágica e em momento crítico. 
Marina deve aparecer com força já nas próximas pesquisas. Roubará votos tanto de Dilma quanto de Aécio, o que praticamente garante o segundo turno. Brigará com o tucano pela 2a vaga no cenário atual, mas pode crescer se conseguir trazer para si a aura de herdeira de Campos e de vítima indireta de uma tragédia. O PSB ainda poderá chamar alguém para a vaga de vice, podendo com isso angariar algum novo apoio. Honestamente, acho que ela tem boas chances de conseguir, ao menos em parte, ambos os objetivos. 
Os próximos dias serão emocionantes. 
Claro que surgirão as teorias da conspiração. Dirão que foi Dilma. Dirão que foi Aécio. Dirão que foi Marina. A esses, meus mais sinceros "cala-boca e arruma uma vida". 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Anima Mundi 2014 - Dia 4

Sempre chego deprimido ao último dia, só de saber que vai acabar...
  • Curtas 7 (Sala 1, 18h)
Premier Automne é uma animação francesa que mostra duas crianças brincando que são, na verdade o Outuno (ela) e o Inverno (ele) interagindo. Técnica perfeita, muito simbolismo simples e delicado. Só não curti a última cena, que foi como explicar a piada, e por isso perdeu a nota 5 ficando com 4.
Marilyn Myller, britânico é daqueles mistérios pra mim. Anotei 5 em minha planilha e não consegui localizar as referências da história para narrar aqui. Fica como lição de casa.
Home Sweet Home, francês, ganha nota 5 com uma história sobre duas casas humano-retratadas com enorme sensibilidade e técnica apurada e CG. Lindos retratos da paisagem americana.
Mite, alemão, vai ao microcosmos ver os ácaros. Além da qualidade perfeita, tem uma ótima sacada no final, merecendo o 4.
Wurst, de Luxemburgo, mostra a vida em uma praia onde frequentadores são corte de carne de porco. Nota 4 pela diversão e referência culturais que não explicarei.
Through You, holandês nota 4, tem uma série de sacadas com uma técnica simples na qual as pessoas são unicolores, mas nem por isso imutáveis. 
  • Curtas 14 (Sala 2, 19h)
O alemão Harald conta a vida de um lutador de luta livre e sua obcecada mãe. Mas o prazer que ele tem na vida é a jardinagem, não a luta. Nota 4
Lettres de Femmes é belíssimo, outro francês nota 5. Mostra o trabalho de um médico de campo durante a guerra, que usa cartas de mulheres como curativo para os soldados feridos. Tocante, triste, singelo e absolutamente magnífico.
  • Curtas 15 (Sala 2, 21h)
Apesar da enxurrada de 5 franceses nesta sessão, nada mereceu grande destaque. 
Para não ficar sem resenhar, falarei de Us, uma animação franco-belga sobre como cada um de nós pode reagir de forma diferente a uma novidade em nosso ambiente. Seres unicoloridos, mas diferentes entre si, começam a lidar com pedras que aparecem para eles. As reações são as mais diversas. Ficou com nota 3.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Anima Mundi 2014 - Dia 3

Com atraso e dedicação, sigo narrando e resenhando. 
Cheguei mais em cima da hora ainda na sexta. Estava na porta da sala 1 às 17h59 e... cadê minha Luciana ? Pois é... 17h30 virou 18h02.
Mulheres, bah !
  • Curtas 5 (sala 1, 18h)
Talvez esta tenha sido a melhor sessão de curtas que vi na minha vida. Que coisa impressionante. E eu estava de péssimo humor pelo atraso da namorada, então realmente foi uma virada no clima.
Palmipedarium foi o primeiro francês do dia, nota 4. Com gráficos de qualidade, narra a relação entre um garoto filho de caçador e um animal que o adota como dono. Singelo, bonito. 
Le Chêne et le Roseau brinca com tipografia na tela, comparando as capacidades de sobrevivência de um carvalho e um junco. Os efeitos em 3D impressionaram, dado a nota 4 a ele. 
Mais tarde tivemos o nota 5 Le Gouffre, canadense, que conta a dedicação de dois aventureiros para tentar atravessar um perigoso canion. Gráficos lindíssimos, história tocante, final belo. 
Seguiram outros 3 curtas nota 4. 
How to get a girl in 60 seconds, alemão, conta em um minuto as desventuras de um rapaz tentando impressionar a garota de seus sonhos. 
O francês MONKEY SYMPHONY lembra o ritmo do famoso Presto, onde um macaco pianista e outro macaco faxineiro, mas também talentoso no piano se encontram em um ensaio. A coordenação entre trilha e imagens é belíssima. 
Terminamos com Collectors, que demorei um tanto a entender a mensagem. Com um estilo (na minha opinião) fraco e preguiçoso, conta o que acontece quando as pessoas colecionam coisas além de suas reais necessidades. Fica muito interessante quando a situação começa a sair de controle, e faz uma séria crítica ao consumismo. 
  • Curtas 12 (sala 2, 19h)
Outra sessão muito boa, com 5 animações nota 4 que comentarei. 
Edifício Tatuapé Mahal é um curta brasileiro que conta a vida como se fôssemos bonecos ou objetos conscientes. Uma bela lição sobre sentimentos negativos, com uma aparência de stop motion no estilo. 
My Stuffed Granny, britânico, conta sobre as dificuldades e até fome passada por uma família do ponto de vista da pequena garota. Stop motion impressionante, com um final feliz depois das tristezas. 
1900-2000 mostra em 1900 as inovações que teríamos 100 anos depois. Além do belo estilo, vale como lembrança do que se pensava na época. Ritmo frenético, bem ao meu gosto. 
Fingers Tale dá vida independente aos dedos dos personagens, que passam a ter seus próprios objetivos, embora ainda andem agrupados. Divertido pacas. 
Fechamos com o ótimo Reflections relembra de sua infância através dos seus próprios reflexos, mas nem sempre podemos ser como queremos: os outros adultos interferem na brincadeira eventualmente.
  • Curtas 13 (sala 13, sala 2, 21h)
Depois de um começo depressivo, a sessão engrenou muito bem também, com várias animações de CG de qualidade inquestionável.
Stardust mostra um corpo celeste em formação, com imagens de encher os olhos. Holandês, nota 4. 
Depois tivemos Beyond the Lines, francês nota 4, que relembra a invasão da Normandia (Soldado Ryan, alguém ?) como se duas crianças pequenas tivessem participado da operação. 
Mr. Plastimime, britânico nota 5, conta um mímico talentoso, mas com carreira decadente (ou que talvez nunca tenha ascendido...) até o dia em que tudo muda. 
Cargo Cult, britânica nota 4, narra as reações de uma tribo ao contato com americanos... de Pearl Harbour. 
Terminamos o dia com um alemão nota 5 chamado Wedding Cake, vencedor do público no Rio de Janeiro. Sim, merece a nota, mas não o título: conta passagens da vida de um casal de bonecos de um bolo de casamento, com um final bastante interessante. Ritmo impressionante, ótimas tiradas, irrepreensível. 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Anima Mundi 2014 - Dia 2

Corri, cheguei, sentei: 17h57. Ufa.

  • Curtas 3 (Sala 1, 18h)
Que sessão!
Começamos com Fuga, curta espanhol maravilhoso (5), que combinou técnicas bastante variadas, todas com maestria. A história é lindíssima, sobre uma garota violinista em um conservatório. Sério candidato a melhor do ano. 
A seguir, vieram 3 notas 4. 
Diesel Rock and Stardust, o melhor brasileiro até o momento, sobre uma dupla de agentes/cientistas fazendo uma investigação, com visual psicodélico sem ser exagerado.
Mend and Make Do, britânico, conta a história da vida de uma senhora de idade do ponto de vista de suas roupas, o que deixaria Luciana Dizioli enlouquecida.
Golden Boy, francês, é uma interessante reflexão sobre o mau uso de talentos das crianças. 
A sessão ainda terminou com outro francês nota 4, Spotted, impressionou pela qualidade visual ao narrar uma vaca tentando fugir para um local seguro, ao menos para ela: a Índia.
  • Curtas 10 (Sala 2, 19h)
Não tinha como manter o ritmo. Nota triste por eu ter perdido a primeira animação, canadense. Depois trabalharemos isso no youtube.
A melhor foi Sun of a Beach, animação francesa (outra ?!) sobre uma praia e seus típicos frequentadores humanos. Técnica boa e firme, do jeito que eu gosto.
  • Curtas 11 (Sala 2, 21h)
A Roza, com z mesmo, é um curta brasileiro vertendo um poema para as telas. O ritmo segue o da história, relativamente lento. 
Nota 4. Myosis, mais um francês, impressiona novamente pela técnica apurada. 
O melhor da sessão foi From Here to Immortality, nota 5. Não posso comentar o tema sem spoiler, apenas recomendo a todas as crianças de mais de 30 anos. 
Ascencion, para variar francês, conta os entrevereos de uma dupla de alpinistas tentando colocar uma imagem de uma santa no alto de uma montanha. Sim, muita coisa pode dar errado. 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Anima Mundi 2014 - Dia 1

E lá vamos nós, animalucos, para mais uma maratona anual de animações. O plano deste ano é de 11 sessões totalizando 90 filmes. Boa marca, devo dizer. Era factível chegar a 13, mas a um elevado custo de cansaço. Estou velho...
Cheguei ao Cine Itaú-Unibanco ainda antes das 18h. O plano não era ver a sessão das 18h, mas usar uma hora até as 19h para comprar os ingressos e passar na loja do evento. Deveria dar com folga. Pois é...
Fui direto para a máquina de compra, pois estava sem fila. Comprei para a primeira sessão sem problemas, mas tinha que efetuar o pagamento por sessão, não sendo possível selecionar tudo e então pagar. Estranho, mas funcionou. 
Foi dar zica na segunda compra. Alguma medida de segurança da Visaelectron / Banco do Brasil impede compras seguidas no mesmo estabelecimento com pequeno intervalo de tempo. Isso simplesmente me impediu de comprar tudo que eu precisava. 
Fui para a fila, que até que andou bem. Expliquei o caso e a atendente avisou que o problema deveria se repetir com ela. Tentamos e consegui comprar o segundo ingresso, mas o terceiro não teve como. Ela me orientou a sacar e pagar em dinheiro. Também disse que eu não precisaria pegar a fila novamente. Isso era por volta de 18h15.
Subi a Augusta até a Paulista, saquei (não sem enfrentar um caixa sem cédulas) e voltei, já 18h25. A atendente fez sinal de que me atenderia logo que terminasse a cliente que estava com ela. Duro foi esperar minha colega animaluca comprar 23 ingressos e pagar no cartão (esse sim funcionava !) um por um. 
O problema está no combo "pagar uma compra por vez" com "não pagar mais de uma compra a cada 5 minutos". Nem sei para quem reclamar... Mas saí da fila com tudo que queria às 18h48. 

Vamos às sessões, mas antes, o amigo leitor pode entender os detalhes das notas no final deste post. 

  • Curtas 8 (Sala 2, 19h)
Destaque mesmo não teve nenhum. 
Uma menção positiva fica para o nota 4 Entracte, sobre um mímico xavecando uma funcionária de uma lanchonete/café: técnica impecável e bela história, bastante humana, digamos assim. Meu amigo Bruno Saggese (animador e mímico) enlouquecerá quando vir este.
  • Curtas 9 (Sala 2, 21h)
A vida ficou melhor nesta sessão, com duas animações nota 5.
The Rise and Fall of Globosome com a história da vida em um planeta. Além da animação gráfica boa, a trilha sonora escolhida me impressionou muito. 
Chili con Carne é cômico, coisa que os franceses deveria fazer mais já que são tão bons. Ritmo ágil, veloz mesmo, com uma sacada surpreendente no final, conta a história de um sujeito que vai a um restaurante italiano. Se você acha que chili não é um prato italiano, já está no clima da história. 
Ainda quero elogiar Trampoline, holandês nota 4 sobre o uso de uma cama elástica vista por baixo dela. 
Divertidíssimo. Teisel pool Metsa abriu a sessão com nota 4 e a presença de sua baixinha diretora. Belo stop motion com variadas técnicas de criação dos objetos sobre um conto de fadas.


quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Há vagas

Amigo leitor, sinto-me na dívida de escrever sobre a Nascar. Copa, viagens futuras, trabalho e tigres que comem braços de criança foram passando na frente...
Com 21 das 26 corridas da classificação feitas, ainda temos "apenas" 11 vencedores diferentes. Isso significa que, mesmo que tenhamos outros 5 novos vencedores, a turma com uma vitória está matematicamente classificada para o Chase. Havia risco para a turma de trás, e a situação ficou até divertida com a punição que Danny Hamlin recebeu (75 pontos, a maior da história desta pontuação), ele, Kurt Busch e Aric Almirola poderiam batalhar para não serem eliminados caso houvesse 17 vencedores. 
Portanto, estão garantidos: Dale Jr, Brad Keselowsky e Jimmy Johnson (3 vitórias cada); Jeff Gordon, Joey Logano, Carl Edwards e Kevin Harvick (2 vitórias cada); e Kyle Busch, Danny Hamlin, Kurt Busch e Aric Amirola (1 vitória cada).
Agora entra a briga por pontos. Por enquanto, 5 vagas que pertencem a Matt Kenseth (688), Ryan Newmann (642), Clint Bowyer (617), Kyle Larson (595) e Greg Biffle (590), nessa exata ordem. Correndo por fora (essa expressão não é boa para a Nascar, onde a pista de fora é a mais veloz em alguns traçados) temos Kasey Khane (589), Austin Dillon (588), Paul Menard (562), Marcos Ambrose (541), Brian Vickers (539), Tony Stewart (537) e Jimie McMurray (536). 
Os dois primeiros da turma de fora brigarão nos pontos contra os dois últimos da turma de dentro. Apenas 7 pontos os separam, o que não é nada em 5 corridas. O problema desses 4 é que tem uma turma de potenciais vencedores de corridas atrás deles. Ambrose terá sua grande chance na corrida #22, o misto de Watkings Glen; Stewart nunca é carta fora do baralho e McMurray venceu o all-star race deste ano, provando que está vivo. 

Pessoalmente, acho que Kenseth, Newmann e Bowyer devem entrar em maiores problemas, até mesmo com possíveis vitórias. Apostarei minhas fichas em Larson por pontos e Stewart com uma vitória. Cobrem-me depois.



E, claro, não podia deixar de celebrar a 3a vitória do meu piloto este ano. Dale Jr. não vencia mais de uma corrida no mesmo ano desde 2004. Pode ser o ano dele sim. 
Dale Jr. é o Corinthians da Nascar. Maior e mais fanática torcida (7 em cada 10 fãs torcem por ele), campeão de venda de toda sorte de cacarecos e souveniers, 11 vezes seguidas eleito o piloto mais popular e nunca venceu porra nenhuma. Mentira: ele é bi-campeão da Busch Series, atual Nationwide Series, que é quase uma série B. Dããã. 
Mas se for campeão, vai deixar sua marca de modo definitivo.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Cada um que me aparece...

Faz uns 18 meses que jogo um jogo online chamado Godfather, da Kabam. Acho interessante o mecanismo de construir prédios e tropas e guerrear, tanto em PvE (player x environment = contra o ambiente) quanto em PvP (player x player = contra outro jogador). Controla-se a produção e consumo de 4 recursos e o tempo de contrução das tropas, prédios e pesquisas. Faz-se alianças, arruma-se inimigos e, claro, há um ranking para deixar os competitivos como eu felizes. Tudo isso em um ambiente que lembra vagamente o filme O Poderoso Chefão.
Ou seja, o de sempre.


Desde sábado surgiu um assunto novo no jogo. Um sujeito fez-me uma oferta de compra pela minha conta. Antes de pensar em valores, eu fiz algumas considerações. Quanto vale o jogo para mim?
Investi muitas horas nele, mas nenhum centavo gasto. Foi só o lazer mesmo, portanto. Houve momentos em que o jogo me causou stress, mas isso está superado. Dedico alguns minutos a ele todo dia, salvo alguns sábados pela manhã quando vai uma hora para uma manutenção geral das coisas. Na opinião deste blogueiro, vale a pena.
Mas quando precisei fazer uma avaliação em valores, dinheiro mesmo, precisei pensar. Na minha avaliação, concluí que ele pode valer dois bons jogos de PS3. USD 200 pagaria minha saída para fazer outra coisa. No caso, eu prometeria desencarnar completamente do jogo, não recomeçando com outra conta ou algo assim: acabou, finito, fim, the end. Mas duvido que alguém pague duzentos dólares nisso...
Então, o cara me ofereceu 1250. Dei um pulo no susto. Uma baita grana sem dúvida. Não vale, mas se ele paga, eu topo. E topo agora. Era uma proposta que eu não poderia recusar...
Avancei as negociações. Pesquisei detalhes de como criar um PayPal, tarifas, condições tudo dentro de 24 horas. E fui trocando emails com ele. 
O curioso é o cidadão chamado Harron Sarwar, declarando-se morador da Austrália, pedir os dados de login tão de cara. Se eu forneço os dados de login, ele pode entrar a conta e mudar a senha. E o que vai me garantir o pagamento depois ? Expliquei isso a ele. Expliquei de novo. E de novo.
As respostas começaram a me deixar bolado. "É automático. Basta você me passar o login e o dinheiro vai para sua conta". 
Minha conta ? Ele não tem o número da minha conta. A Kabam, que gerencia o jogo, também não. Minha namorada e minha irmã não tem o número da minha conta. Queporraéisso ?
Em mais 24 horas ficou claro que era um golpista dos mais simplórios. Ele espera que você passe email e senha de cadastro e depois ele te paga, tipo assim, rapidinho. O que me impressionou foi a existência desse tipo de golpe ainda. Achei que as coisas hoje fossem mais elaboradas, mais técnicas. Senti-me desrespeitado. 
E como ele infeliz tem uma conta no jogo, e a base do jogo é a medição de respeito que o gangster tem (respect) acabei de achar o que fazer com minha tropas pelos próximos 30 dias enquanto minhas férias não chegam...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Familiaris

O cão doméstico, Canis lupus familiaris, é alvo constante de minhas postagens no Facebook. Eu simplesmente adoro cães na mesma medida que não gosto de crianças. As pessoas próximas sabem que a recíproca é verdadeira: sou constantemente alvo de cães desconhecidos que me reconhecem como "o tio legal que brinca". As histórias são inúmeras, aos poucos contarei aqui no blog. 


Outro dia, conversávamos sobre a origem dessa espécie, chamada de "melhor amigo do homem". Não é sem motivo: o cão doméstico é a mesma espécie que o lobo, Canis lupus. Mencionei, e minha explicação bate com a tese mais aceita pela comunidade científica, que o cão é um lobo que roubava comida do lixo dos humanos. Com o tempo, alguns passaram a interagir e os mais dóceis acabaram se tornando amigos do homem já não tão primitivo. 
Adotado como animal útil, os menos dóceis tinham menor chance de se reproduzir (fosse intencional ou até por serem expulsos ou mortos pelos homens). Assim, um processo de seleção artificial deu origem a coisas como essa:


Sophia e Pitoco, com Lully ao fundo
cortesia de Marcos Roberto "Kito"

Foi quando algum dos presentes fez um comentário bastante interessante, com o qual concordei prontamente, não sem antes ficar embasbacado. Hoje, no segundo milênio, há outro animal que tem se aproximado de habitações humanas para roubar comida do lixo. Ele está, portanto, no ponto em que o lobo estava há 10 ou 20 mil anos:


Isso mesmo, amigo leitor: os ursos
Na foto, é um polar, mas há diversos casos de outra variantes do gênero ursidae aprontando das duas por aí. E com as técnicas de domesticação hoje conhecidas, o processo poderia ser muito mais rápido. Quem sabe os ursos de pelúcia não tenham sido um grande anúncio do que estava por vir...

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Templo é Dinheiro

Foi inaugurado ontem o suntuoso Templo de Salomão no Brás, em São Paulo. Já nasce envolvido em confusões, como a falta de acesso para pedestres, falta de autorização do Copro de Bombeiros, a presença de políticos de peso na festa de inauguração e, claro, a questão do alvará da obra. Quero me concentrar nesta última.
Mas primeiro, aos números impressionantes. O tal templo tem 4 vezes a área da Basílica de Aparecida, maior local religioso do país até então. Comporta 10 mil pessoas sentadas, equivalente a um ginásio de respeito, e tem 2 mil vagas de estacionamento, equivalente a um shopping mediano (comparação apropriada, não?). Custou 680 milhões de reais. Se nenhum desses números fez sentido para o leitor, basta entender que o Cristo Redentor cabe em pé dentro dele


Vamos ao tal alvará. Em resumo, em vez de obter um alvará de construção, foi obtido um de reforma. Seguem links sobre o tema aqui, aqui e aqui. A diferença é importante e significativa: construção exige contrapartidas e despesas maiores. Construção exige mais aprovações. A IURD tomou um atalho nesse caso para atender a seus objetivos. 
A primeira verdade que deve ser dita aqui é que a IURD não fez nada que milhares de outras empresas menores e menos lucrativas que ela e mesmo pessoas físicas não tenham feito. É um truque bastante comum. Ocorre devido a uma assimetria ridícula da regulamentação: construir exige contrapartidas, mas reformar não. Essa é a primeira questão: se fossem legislações equivalentes, isso teria ocorrido? Duvido.
A segunda questão é que é uma obra falada na cidade há anos. Por que diabos só agora alguém resolveu cutucar o problema do alvará? Por que esperar ficar pronto para denunciar? A quem interessa esta espera? Pode interessar a ambos os lados, na verdade.
Do lado do infrator costumaz (na medida em que divulga o falso conceito da existência de deus), o interesse pode ser o "já que está feito, deixemos assim". É típico deste país perdoar infratores. Sempre ouvimos falar em programas de recuperação de dívidas fiscais, parcelamentos, validações posteriores. O caso do mastodonte do rio Pinheiros é outro bom exemplo, no mesmo tema (imobiliário).


Do outro, até que se prove em contrário, pode ter havido erro da parte da IURD. Não, eu não acredito nisso para este (e muitos outros) caso. Mas pode acontecer. Deixar a obra terminar para depois embargar, multar ou até demolir é uma enorme sacanagem. Não que o bispo não mereça, mas é sacanagem. E é ato administrativo irregular por parte da prefeitura. Aqui, vale lembrar que o erro envolve mais de uma administração, e não apenas a do prefeito Haddad: Kassab deve as mesmas explicações. 
E ainda temos a questão dos 35 milhões de reais por ano de IPTU que não serão pagos, pois a empresa IURD conta com isenções fiscais. Esta sim, perfeitamente dentro da lei, e que lixo de lei.
Ou seja, como tudo que se envolve com religião, está tudo muito errado aqui.