sexta-feira, 20 de maio de 2016

O Imbecil do Dia

É anônimo para mim.
Mas olha como essa criatura estacionou o carro antes de ontem (18/05) no Shopping Taboão:



O freio de mão estava puxado sim: não pode nem alegar que o carro deslizou sozinho.






terça-feira, 17 de maio de 2016

Uma Prato Singelo

Segue foto, até:



Um cheesebacon acompanhado de uma cerveja. Nem precisa ser assim bonito como o da foto, mas basta ser cheesebacon e a bebida ser uma cerveja, mas precisa ser uma sexta-feira santa. (Imagino se o leitor já sabe onde isso vai parar)
Simples? Singelo, como digo no título? Saboroso ?
Acessível a qualquer um? 
Nem tanto. Observem uma desmontagem do prato, comparando com as principais religiões do mundo atual:

  • Hamburguer - vetado por hindus, budistas*, adventistas, rastafarianos e veganos**
  • Queijo no hamburguer - vetado por judeus
  • Bacon - vetado por hindus, budistas*, judeus, veganos**, muçulmanos, rastafarianos, adventistas e outras denominações cristãs.
  • Cerveja - vetada por muçulmanos, mórmons, adventistas, testemunhas de jeová e outras denominações cristãs.
  • Sexta-feita santa - carne vetada por católicos e diversas outras denominações cristãs.
*budistas não tem que ser vegetarianos, mas tem grande tendência a ser. 
** para todos os fins, tratei veganos como religião neste post.

Quem pode pedir esse prato ?
Aparentemente ateus e cientologistas. 
Tenso...

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Fazendo um adendo pós-publicação, o amigo Laurêncio me avisou que os espíritas não tem restrições alimentares. Então o prato acima pode ser pedido por espíritas, ateus e cientologistas. 
Agora sim !

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Golpe, Traição e a Caixa de Bombons

Golpe?
Ora não me façam rir de novo disso. Já deu esse assunto, ok?
Como estratégia, tentar colar a pecha de "Golpe" no processo de impeachment da presidente Dilma foi uma tentativa válida de marketing político, mas não funcionou. Comparar 2016 com 1964 só fez as pessoas notarem que era mais 1992 mesmo. 
Há um sem número de explicações técnicas, jurídicas, legais, institucionais, contábeis, legislativas, práticas, jornalísticas e morais. A esta altura, quem insiste em chamar de golpe só está fazendo papel de bobo e perdendo credibilidade, se ainda tiver. Recomendo que pare.

Traição?
Agora a pergunta é outra. No entender deste blogueiro, sim.


O argumento que diz que Temer teve os mesmo votos que Dilma também faz deles aliados eleitorais. Temer era o vice de Dilma, não o primeiro a tentar lhe passar a perna. Aécio era o adversário, não Michel.


Então se a foto acima enerva o leitor de esquerda por ter se sentido traído, abandonado, largado e desprezado por alguém que com você deveria estar no momento difícil, acho esse sentimento perfeitamente válido e correto.

Caixa de Bombons
A já famosa analogia da caixa de bombons ganha novo contorno aqui. Não estou mostrando ideologias, mas a questão eleitoral: vota-se para o cargo majoritário e para o vice em conjunto.
Nem sempre foi assim. Até os anos 60, a eleição para vice-presidente era separada. Foi isso que levou João Goulart ao cargo, sendo ele de coligação diferente da de Jânio. Daí Jânio saiu e, Jango entrou e teve aquela confusão em 64 e o rebosteio todo em 68... 
Hoje votamos em conjunto para evitar isso. E eis que deu errado, pois não era de se esperar, pelo menos do ponto de vista teórico, uma traição dessa magnitude.
Mas uma coisa há de ser dita: por causa disso, Temer foi eleito vice-presidente com os exatos mesmos votos que Dilma foi para presidente. Foi você, eleitor do PT, quem colocou ele lá. Foi você quem criou a cobra. Foi você quem confiou no traidor.
Se hoje, eleitor do PT, você diz que não votou nele, você votou sim. Pode ter sido na caixa de bombons #13, mas votou.
E se hoje você não gosta dela, lembre que tinha a outra caixa, #45. Pare de mimimi e comece a fazer críticas válidas. O Brasil precisa de uma oposição crítica e atuante: não seja um babaca.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O Bode na Sala

Convivo com a internet há muitos anos. Mais de 20. 
Ainda em 1994, um ex-amigo foi a primeira pessoa próxima a ter acesso à rede. Muito se falava dela na Poli, mas ninguém tinha muita certeza do que era e para que servia. No mesmo ano, um amigo da mesma turma conseguiu algo similar na Unicamp. Por causa dele, ganhei uma grana séria 2 anos depois. Isso foi antes do email ser de fato conhecido, para vocês terem ideia. Era um sistema de troca de textos cujo nome, honestamente, não lembro. O formato era algo parecido com o que viriam a ser os fóruns.
Um ano depois, em meu primeiro estágio na Escola Paulista de Medicina, foi minha vez. Acho que estou entre os 0,001% brasileiros que mais cedo tiveram acesso a ela. Lá eu tinha email e navegador Netscape para acesso web. A esta altura, já existiam as listas de discussão, algo que muitos dos leitores deste blog conheceram e até mesmo usaram, mas que a esmagadora maioria dos internautas nunca ouviu falar. 
Já com o acesso discado em casa, surgiu o IRC (internet relay chat). Para quem viria a conhecer as salas de chat da virada do milênio, o IRC era o mesmo conceito, com um acesso muito mais ágil, agradável e funcional, exigindo alguma prática com os aplicativos que o acessavam, 3 anos antes.
Mais a frente, vieram os fóruns, páginas onde se podiam colocar textos de modo permanente. As ideias era lidas por todos e debatidas. Ainda existem alguns bem ativos até hoje, dos mais variados temas.
A invenção seguinte foram as redes sociais. Orkut: quem nunca?
Orkut foi o primeiro modo de acesso à internet realmente utilizado em massa no Brasil. Depois veio o Facebook e agora, com o Whatzapp, atrevo-me a dizer que mais da metade dos brasileiros está em um mesmo ritmo de acesso. 

E por que narrei esta história por muitos conhecida e de modo tão simplório? Porque estou narrando apenas os modos de interação entre as pessoas. Por isso deixei navegação web, FTP, Naspster, Kazaa, e-mule, torrent e tantas outras coisas de fora.
O Whatzapp marcou, na visão deste blogueiro, uma grande novidade. Pela primeira vez as famílias passaram a conviver em algum modo de acesso à internet. Sim, eu sei que seus amigos, irmãos e talvez aquele seu tio que trabalha em TI usa Facebook todo dia. Mas pela primeira vez, há um modo de acesso utilizável por qualquer um que realmente queira: basta ter um espertofone com mínimos requerimentos de acesso à internet, e a sua avó pode instalar (ou pedir para você instalar) o Whatzapp para ela. E com o Whatzapp veio o grupo da família.

Maldita inclusão digital...

Não adianta, você pode ter mais ou menos sorte, mas um dia o grupo da família te acha e te inclui. E agora é um treta séria sair, bem séria, quando você quiser sair do grupo:
- Você não se importa com sua família, seu degenerado.
- "Claro que não me importo. Faz 18 anos que não apareço a um aniversário de primo e você só notou agora que eu me afastei porque vocês são um bando de malas falando da novela e do Biro-Biro?"
E agora vivemos mais uma onda de mau uso do recurso tecnológico, com os mesmos nichos que vimos desde a época das listas de discussão:
- o mal briguento educado
- o que não responde
- o missionário religioso
- o que passa corrente
- o que passa boato
- o radical politizado
- o gatófilo/floriculturista
- o que manda fotos do cocô do filho
Já tive que superar isso em 6 mídias anteriores, e toca ter paciência para mais uma. E novamente, surge o problema do que que abusa mesmo da paciência de todos. Ou, em um caso mais particular, que nem fez nada de mais no grupo, mas agora está afastado de todos. O grupo está lá, operacional, tecnicamente vivo, mas ninguém sabe o que fazer com a pessoa inconveniente. Há um bode na sala.
Desta vez, a conta mudou. Era fácil expulsar um estranho do fórum, do IRC ou até bloquear no Facebook. Mesmo que fosse um colega distante. Mesmo que fosse amigo de um grande amigo. Mas como você vai expulsar, por exemplo, um primo, um irmão, um cunhado ou um tio que trabalha em TI do grupo do Whatzapp sem começar a 3a Guerra Mundial?

Não sei a resposta, ok? 
Apenas imagino que os leitores tenham passado por algo similar já. Mas deixo um aviso: se você não passou pelo problema de ter uma pessoa inconveniente no grupo da família, talvez a pessoa inconveniente seja você.
Só um aviso.