terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O Despertar da Saga

É um período de guerra civil.
Um grupo de rebeldes no Facebook 
partiu das profundezas da internet
e atacaram a saga pela primeira vez.

Durante as discussões
o grupo altamente hatter 
conseguiu lançar uma crítica 
barulhenta do novo filme da série
poderosa o suficiente para arrematar 
todos os recordes de bilheteria 
de um planeta inteiro.

Perseguidos pelos agentes maléficos
dos críticos, blogueiros corajosos
conseguiram contra-atacar postando 
suas resenhas na internet 
e agora tentam restaurar a paz
na galáxia...

Ok, amigo leitor: esperei uma semana para falar de Star Wars. Ou quase isso, pois eu vi o filme pela primeira vez na 4a-feira e novamente no sábado. Já dá para analisar algumas coisas, então vamos a elas.
Sendo o mais técnico possível, The Force Awakens é ducaraio. 
A primeira coisa que impressionou é a ausência de coisas bonitinhas e estúpidas, o que mostra o temor deixado por The Balance of the Force. Não há criaturas fofinhas feitas apenas para vender brinquedos: quem está no filme realmente importa.
O segundo aspecto positivo foi a ausência de coisas mirabolantes. Leia-se: não temos a versão 2015 dos midchlorians. 
O ponto positivo seguinte foi a excelente atuação de todos os, sem exceção, atores. Todos. Eles fazem sentido, eles convencem, eles mandam bem.
Agora tenho que falar dos efeitos, e estão acima das expectativas, que eram elevadas. Os combates de nave determinaram um novo patamar de qualidade, e quem quiser ser lavado a sério vai ter que fazer assim agora. 
Uma última parte é o timming de lançamento, em plena primavera nerd. Nerd é o novo chique: todo mundo quer ser nerd, parecer nerd, falar como nerd, fazer as coisas de nerd. Devolvam o dinheiro do meu almoço, seus malditos! Mas senta aí, vamos te atualizar sobre uma coisa ou duas...
Isso tudo somado fez o filme ficar em 2o no ranking da saga, perdendo apenas para The Empire Strikes Back
Até aqui, pude comentar sem spoilers, outro aspecto que explodiu nas redes sociais esses dias. Então vou inserir um corte aqui para poder escreve livremente.

SPOILER ALERT !
SPOILER ALERT !
SPOILER ALERT !
(abaixo desta linha tem deveria ter um corte de conteúdo, a acessível depois de um ckick. Espero que funcione)

Spoiler Alert !
Deste ponto em diante, há spoilers. Se você não viu o filme pode querer não ler isso.

O maior spoiler é a morte de Han Solo. Não vi a filmografia completa dele, mas quando foi que algum personagem de Harrison Ford morreu? E logo este, o mais icônico! J. J. Abrahams teve que juntar muita coragem para fazer isso. E fez bem: esperar o tempo nos tirar Ford seria muito pior. Solo saiu de cena oficialmente, tudo mundo sabe, todo mundo viu. Em tempo, senhores hatters, saibam que Solo morria em A New Hope em sua versão original, ok?
Falando em A New Hope, o filme atende à nova categoria de filmes que surgiu recentemente: o mix de continuação e remake. Falei disso aqui. Já são 3 filmes de grande impacto a fazer isso este ano. Não se pode mais negar a tendência. Nisso, a história precisa ser paralelamente igual. E por isso temos:
- a morte de um pai/mentor pelo próprio filho/aprendiz renegado. 
- um force user do mal ao lado de um militar do mal, dividindo tarefas.
- uma estrela da morte.
- um personagem no meio do nada que descobre a Força.
- 212 frases iguais ou parecidas e citações aos filmes anteriores.
- uma Leia que não faz coisa alguma o tempo todo.
E é isso faz o filme ficar tão bom. Fale a verdade: você conteve as lágrimas ao ver a Millenium Falcon?
Mais um aspecto a ser considerado é que o filme não é apenas uma continuação, mas uma passagem de gerações. Han, Leia e Luke terão que desaparecer, mas não de uma vez. Assim como Finn, Poe e Rey tem que surgir, estes sim de uma vez. É gente demais para mostrar a origem ou fim, e ainda contar uma história. E conseguiu J. J. Abrahams sim. Hatters gona hate.
Não é perfeito, porém. Não gostei da nova estrela da morte, desta vez Star Killer. As duas primeiras aparecem por tempo suficiente para você ter medo dela, mas esta surge apenas na metade do filme. E não precisava ser, de novo, um bigger fish. O conceito era até aceitável e podia ser usado no filme VIII com mais calma e detalhamento. Neste, Ren levaria Rey para uma base qualquer que seria invadida do mesmo jeito pelos mesmos caras e nada mudaria de realmente importante.
E é por isso que o filme fica abaixo do V. Mas só por isso.
Filmaço !

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