terça-feira, 22 de abril de 2014

Sobrando dinheiro

É verdade, amigo leitor. Está sobrando dinheiro por aí. Mas provavelmente, não está com você, infelizmente. Explico.
No ano passado, minha querida namorada fez um projetinho para uns móveis novos em casa. Uma cômoda para o quarto e uma bela estante de livros no escritório. Ótimas ideias, sem dúvida. Então, este ano, pus as mãos a obra e fui pedir orçamentos. 
Pois é...
O primeiro, não tenho críticas. Talvez esteja caro, mas o orçamento foi feito na hora. Luck Móveis, na minha rua mesmo. Acho que gastei minha sorte nele, com o perdão do trocadilho multi-linguístico.
Depois, foi em uma empresa aqui no Shopping Taboão, daquelas que faz móveis planejados. Planejare. Deixei uma cópia do projeto e pedi o orçamento. A atendente pediu "uns dias" para enviar o orçamento. "Quantos", perguntei. "Duas semanas". Já começou errado, não amigo leitor? Se a empresa leva duas semanas para fazer um orçamento, quanto tempo leva para fazer o móvel? Um ano? Pois essa conversa aconteceu na primeira semana de janeiro. Até hoje não ligaram. 
Ao sair da loja, meu colega Marcos perguntou do que se tratava o assunto e eu expliquei. Ele disse que um amigo dele, chamado Daniel, estava abrindo uma empresa justamente nesse ramo. "Posso passar seu telefone para ele?" perguntou Marcos. "Claro, por que não?", respondi. "Não, porque eu não sou trouxa", deveria ter respondido. Foram 4 semanas sem nenhum contato. Marcos chegou a explicar que o camarada dele estava enfrentando uma doença séria, e que isso não é desculpa. Eu até dei um desconto: a soma de empresa nova com doença complica um pouco a operação. Mas um belo dia, recebi um recado de uma atendente da loja dele. Retornei, e o Daniel não estava: tinha saído para almoçar. Deixei novo recado, portanto, para iniciarmos a conversa. Não ligou mais. Isso foi em fevereiro.
No final do ano passado, comentei esse mesmo plano com uma amiga chamada Renata dos tempos de escola que encontrei dia desses. Comentei pois ela é arquiteta. Ela ficou de entrar em contato. Entrou mesmo. Ao detalharmos a conversa, surgiu um assunto paralelo: uma reforma da sala de casa. A reforma era com uma empresa que ela presta consultoria, e os móveis seriam com ela. O sujeito representante da empresa levou duas semanas para ligar. Foi tirou medidas e ficou de passar o orçamento. Eu só pedi para que checassem a questão do uso do FGTS em reformas, pois alguém me disse que tinha um jeito. Ele concordou. Passadas mais três semanas, o orçamento veio com valor absurdo (150% acima de outro orçamento para a mesma coisa), e sem menção ao FGTS. Respondi perguntando e me indicaram perguntar na Caixa. Era justamente o que eles deveriam fazer. Já a Renata, para tratar dos móveis, ainda não ligou. O tema começou em dezembro.
Mudando de tema sem sair do assunto, passei este final de semana prolongado no litoral. Andando pelo calçadão, achei uma série de sorveterias e imobiliárias fechadas. Os quiosques fecham cedo, por volta das 17h. Se eles caras não abrem no feriado prolongado, vão abrir quando?
Na verdade, nenhum dos casos citados aqui realmente precisa trabalhar: está sobrando dinheiro afinal de contas.
Não? Não para você, amigo leitor? 
Nem para mim. Lista Negra para todos.

Um comentário:

  1. Eu te recomendo a Angular Alphaville para fazer os móveis. Mas já te adianto que da mesma forma que a qualidade dos móveis deles é bem acima da média de mercado, os preços também são.

    Recentemente eles estavam com problema justamente no envio de orçamentos, mas isso é facilmente remediado se você for pessoalmente na loja (eles montam o projeto na hora).

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