segunda-feira, 25 de março de 2019

Portugal 1 - Dia 22 - Lisboa final

Final é um termo exagerado. Fica a impressão de que nunca mais voltaremos a Lisboa ou que não há mais nada a ser visitado por lá, ambas igualmente falsas. Mas fica válido no sentido de terminar o que ainda havia a ser visto por lá nesta viagem.
Não acordamos cedo, não saímos com pressa e não pegamos metrô. Havia dois problemas operacionais antes de tudo: comprar novos cadeados e trocar uma desgraçada nota de 200 euros. Ambas foram complicadas.
O cadeado, que deveria ser fácil de encontrar em lojas de malas, simplesmente não era. Por alguma razão, eles não vendem os cadeados de padrão TSA, aqueles que podem ser abertos pela segurança dos aeroportos com facilidade. Foram diversas lojas e só fomos encontrar em uma loja enorme de quinquilharias em geral. 
O nota também deu trabalho e foi ainda mais esquisito de resolver. Depois de alguma caminhada pela Av. Almirante Reis, achamos um banco e entramos nele. Havia apenas um caixa funcionando e ele não parecia particularmente apressado. Depois de uma boa espera, eles avisam que estão sem a máquina contar dinheiro. Eu expliquei que precisava trocar a nota de 200 e a resposta foi "lamentamos". Não insisti. Eles me indicaram uma agência de outro banco, em frente. A tal agência claramente não existia mais há meses. Seguimos pela avenida e, já próximos do Rossio, perdi a paciência entrando em outra fila de banco. Novamente apenas um caixa, e as mais variadas transações passavam todas por ele, incluindo um indiano depositando mais de 2.000 euros em notas de 20 ou menos. De certa forma, isso era bom: trocado ele tinha, e e contou tudo na máquina, que também estava funcionando... mais ou menos. No fim, deu tudo certo mas não sem uma surpresa adicional: em Portugal, trocar uma cédula grande é uma operação bancária. Isso significa que teve que ser registrado no sistema e eu tive que apresentar meu passaporte para finalizar. Minha conclusão foi: o sistema bancário português é bem ruim se comparado ao nosso.
Já mais tranquilos, seguimos para o Teatro Romano. Ele é bastante curioso como passeio: fica permanentemente aberto, com acesso pela rua, e gratuito. Do outro lado, ficava um museu sobre ele. Optamos pela versão gratuita apenas. A construção é bem limitada pois claramente foi perdida boa parte dele. Pelo que entendemos, era uma ruína conhecida até 1755 quando foi soterrada pelo terremoto e só reencontrada nos anos 1960. Não que eu não soubesse da gravidade, mas isso ajudou a ter uma dimensão melhor do tamanho da tragédia do século XVIII. 

foto: Teatro Romano, Lisboa, Portugal, 2019

Depois disso, fizemos uma passada complementar na Catedral da Sé de Lisboa, desta vez sem a correria da primeira visita, e finalmente achamos a entrada para o Arco da Rua Augusta. O arco em si é belíssimo e é a única coisa que não se vê quando se sobe nele. Mas temos estas imagens:
foto: rua Augusta vista do Arco da Augusta, Lisboa, Portugal, 2019 

foto: Praça do Comércio vista do Arco da Augusta, Lisboa, Portugal, 2019

De lá, na própria rua Augusta, almoçamos tardiamente uma paella negra que estava um caso sério, compramos uns doces para comer no hotel e fomos embora. Foi só no hotel que eu descobri que a tal "bola de Berlim de chocolate" não era de chocolate, era de nutella. Chorarei eternamente por ter comprado uma só.



Nenhum comentário:

Postar um comentário