sábado, 29 de setembro de 2012

Viagem à Grã-Bretanha (15)

Escrevi este post em um hotel com internet limitada: Holiday Inn. Isso é bastante estranho: a internet é gratuita no salão, mas paga nos quartos. Não sei... talvez eu tenha uma compreensão estranha da tecnologia e por isso acho esse tipo de limitação completamente babaca. Já em Bath, posso publicar.

No dia 27 partimos de Oxford para Costwolds. Não se trata de uma cidade, mas de uma região do sudoeste da Inglaterra. Trata-se de uma sequencia absurda de cidadezinhas coladas uma nas outras. Colada é colada mesmo: você trocar duas vezes de cidade sem perceber. Cada uma não deve ter mais de 5mil habitantes. Todas bucólicas, pacíficas e tranquilas. Não tem nem como correr nas estradas: assim que você pega a estrada já tem uma rotatória ligando três ou mais estrada e é preciso reduzir. A distância entre duas rotatórias não passa de dois quilômetros.
A primeira coisa que fizemos foi Avebery Circle. É um enorme círculo de pedra, coisa de uns 500m de diâmetro (chute meu). São dezenas de pedras colocadas ali desde os tempos da Idade da Pedra, não se sabe exatamente quando, por quem ou porquê. E não são pedrinhas não, é coisa para cima de tonelada.  Bonito pacas.
Em seguida fomos a um local cerimonial da mesma época chamado West Kannet Long Barrel. Meio sem graça, ainda pior com um grupo de quatro hippies contemporâneos que infestaram o local com uma fumaça fedida enquanto agrediam quatro infelizes tambores (e dois visitantes) com um som ritmado, grave, constante, chato e sem nexo. De graça, tinha uma das moças em algum mundo paralelo desconectado da nossa realidade (e do bom senso). Em uma nota positiva, um grupo de, acho, caçadores procurando coordenadamente por algo que jamais saberei o que era.
Seguimos batendo roda (perna seria a pé, certo ?) até almoçarmos em... putz, nem sei em que cidade foi. Mas o hamburguer tava bom e o ovo escocês também.
Mais algumas milhas e chegamos quase que por acidade a Belas Krapp Long Barrow, outro sítio arqueológico da Idade da Pedra, novamente um cemitério antigo. A caminhada relativamente longa mantinha os malucos longe, e pudemos passear a vontade sem interferências.
Seguimos para Hailes Abbey, mais uma abadia em ruínas. Novamente da ordem que decidimos chamar de Irmãos Cirtecercos. Sem termos ido a Melrose não teria feito tanto sentido. Mas está em ótimo estado para algo esquecido pelo zelador há tantos séculos.
No final do dia, tivemos que fazer uma coisa feia. Entramos pela saída do Hidecot Gardens. O problema é que o lugar fechava às 18h com última entrada às 17h e chegamos lá 17h03. Tivemos que passar meio correndo, com destaque para um simpático porco que veio me dar um oi, topiários simples e de muito bom gosto e uma linda árvore central.
Mais 40 minutos de estrada nos levou ao Falkland Arms, uma taverna do século XV ainda operacional. Comi minha melhor refeição da viagem até agora, com uma incrível seleção de carnes e um chutney de cebola, maçã, passas e sabe-se lá mais o que estava divina. O Leal queria comprar um barril dela.
Dormimos nas imediações sem maiores incidentes.

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