segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Viagem à Grã-bretanha (25)

Hora de voltar, e cabe um post só sobre isso, amigos.
Acordei chateado por ter perdido meu London Pass. Não era apenas um souvenier que eu queria gaurdar, mas ainda rolaria visitar a London Dungeon pela manhã do sábado. Não deu.
Fiquei no Roby conversando sobre jogos de computador e PS3. Almocei as sobras da comida indiana comprada na véspera (o Roby ficou dizendo que não ia ser legal, mas foi e muito).
Por volta das 15h, fechei minhas malas e as pesei: 16 kg em uma e 21kg na outra. Bem abaixo do limite de 32kg, portanto. Ainda papeamos até 16h quando achei melhor ir para o aeroporto. O plano não era simples e envolvia duas baldeações de metrô.
Carreguei as malas até a estação Lewisham achando-me meio fora de forma: a mala azul estava bem mais pesada que a preta, então eu devia estar sentindo mesmo esses 5 kg de diferença. Cheguei ensopado na estação e comprei minha passagem de trem (L$ 5,30) até Heathrow e subi para a plataforma. Fui então trocar de óculos e... não estava comigo. Que ótimo, pensei, deixei o maledeto no Roby.
Passei uns 15 minutos conversando com funcionários da DLR pedindo para deixar as malas ali para buscar o tal óculos. Carregar as malas de volta era a opção que triplicaria o cansaço. Contando com a boa vontade do supervisor, pude voltar apenas com a mochila. Felizmente o Roby ainda estava em casa e toquei de volta pro trem. Agradeci efusivamente e segui para o trem.
Troquei de estação em London Bridge e de novo em Green Park. Nesta, a estação estava lotada e entrar com duas malas no vagão foi épico. Acabei contando com a ajuda não solicitada e muito bem vinda de uma velhina que puxou a mala pra dentro do vagão. E cada vez mais ela estava muito mais pesada do que meus braços estavam dispostos a carregar. Ao longo da linha Piccadilly, o trem foi esvaziando e sobraram apenas poucos turistas, incluindo um simpático casal brasileiro.
Cheguei a Heathrow e subi com facilidade para o despacho de bagagens, que tinha fila zero. Ao pesar as malas, surpresa: a mala azul que supostamente tinha 21kg na verdade tinha 34. Senti-me menos fraco e muito puto com a balança do Roby que me sacaneou. A funcionária me orientou a ir a um local onde eu poderia balancear o peso das duas. Tinha até balança para ajudar e fechei isso sem problemas.
Ela conferiu, despachou a bagagem e emitiu meu cartão de embarque fazendo uma careta para a tela no processo. Perguntei o que era ela me informou que havia um alerta sobre meu voo, mas que já havia sido removido do sistema.
Fui então para o VAT-return: é o processo através do qual estrangeiros recebem de volta o imposto pago nas compras feitas. Tremenda fila, e todos aqueles trouxas ainda com as malas e eu só com a mochila. A dica aqui é nunca fazer isso horário de voo para o Oriente Médio: os árabes compram o mundo quando viajam e as pilhas de notas fiscais dariam rolos de papel higiênico.
Na minha vez, surpresa: o muito mal humorado funcionário perguntou onde estava minha bagagem e eu expliquei que já havia despachado. Ele então se negou a fazer o vat-return alegando que não tinha como saber se eu estava mesmo levando os produtos embora. O curioso é que ele não estava inspecionando nenhuma bagagem e resolveu implicar comigo gratuitamente.
Perguntei como poderia proceder e ele disse que teria que falar com o pessoal da alfândega e pedir para eles inspecionarem a mala e que isso dificilmente daria certo. Pois fui até lá e o funcionário da alfândega, com enorme gentileza, olhou para as notas ficais a carimbou tudo sem verificar coisa alguma, com uma cara de "coitado do turista: pegou aquele mala do vat-return. Vou quebrar o galho dele." Minutos depois, eu surpreendi o funcionário com toda papelada em ordem e ele não teve alternativa a aceitar.
Passei sem incidentes pela segurança e só então vi o aviso que meu voo das 21h50 estava atrasado para 23h00. Lá estava eu no maior e mais preciso aeroporto do planeta no único voo que atrasaria naquele dia...
Procurei a British Airways que me informou que não deveira haver atraso na chegada. Tratei de comer um sanduiche de salmão, suco de maçã verde e um brownie de chocolate belga que literalmente zeraram minhas moedas (na verdade, faltou 5 centavos, mas a moça do caixa deu um jeito).
Sentei-me no saguão e assisti ao GP da Cingapura de F1. Literalmente 2h. Deu certinho o tempo de chamarem para o embarque e lá fui eu pegar o monotrilho para o terminal 5C (sim, precisa de um trem para isso).
Lá, outro susto. Havia um aviso de "Aguardar informações" no meu voo e foi quando notei que não havia nenhum voo depois das 23h até 6h15 da manhã: aparentemente, o aeroporto fecha. Depois de minutos de tensão, começou o embarque.
E nem por isso acabou o relato. Todos abordo e nada do avião se mexer. O comandante avisa então que o carrinho de push-back estava quebrado e estavam trazendo outro para rebocar o avião. Mais atraso.
Por fim decolamos, mas não sem dar pau no sistema de filmes abordo. Era o "voo do quebrou" mesmo. Vi o GP do Japão no notebook, comi, dormi, cheguei.
Tremenda fila de entrada para brasileiros, esteira lotada mas que queria me enxotar e entregou minhas malas em menos de 2min. Compras no freeshop e sinal verde na alfândega brasileira: era o fim de uma aventura épica.

Agradeço a todos que tiveram a paciência de ler tudo. Prometo as melhores fotos por aqui ao longo das próximas semanas. Espero que tenha sido uma leitura construtiva e inspiradora: a intenção era essa o tempo todo.

3 comentários:

  1. Bom, o relato foi bem bacana, mas eu ainda quero um resumo do roteiro completo com custos. ;)

    []'s

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  2. Excelente, assim se eu resolver seguir seus passos na terra da Rainha, já terei material em mãos. :P

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