quinta-feira, 11 de julho de 2013

Eterna Escola Base

Amigo leitor, o caso é emblemático, repetitivo e triste. Refiro-me à jovem que foi estuprada e morta em Colombo-PR, mas começo com a referência-título.
O Caso Escola Base aconteceu em 1994. Na ocasião, algumas crianças acusaram professores, funcionários e donos da Escola Base foram acusados de abuso sexual de crianças. Este link traz um relato completo e interessante sobre o caso. Em resumo, as acusações eram falsas, pelos menos em relação aos acusados. Perderam seus empregos, a escola fechou, dois deles passaram dias de terror na prisão. E absolutamente nada foi provado. O resultado foi a character assassination (ainda não achei uma tradução aceitável para esse termo) de seis pessoas, até onde se sabe, de bem.
Mas pelo menos deveríamos ter aprendido algo sobre condenarmos apressadamente pessoas acusadas de algum crime. 
Pois é, não. Aconteceu um monte de vezes desde então, e acaba de acontecer no Paraná.
A jovem Tayná Adriane da Silva foi estuprada e morta em Colombo, região metropolitana de Curitiba. Pelo menos não há dúvidas sobre a existência do crime. Mas foram acusados 4 funcionários de um parque de diversões. Presos, três deles confessaram o crime. A população, revoltada, destruiu e incendiou parte do parque onde eles trabalhavam. Já cabe a pergunta: o que diabos o dono do parque tinha a ver com isso? Segue link de 28/jun.
Pois bem. Ontem, dia 10, saiu o laudo que comprova que o sêmen encontrado no corpo da vítima não é de nenhum dos acusados. O mesmo laudo questiona até mesmo se houve estupro. Segue novo link, também do UOL. Na notícia de hoje (link), já surgem acusações de que eles teriam confessado sob tortura. Há indícios de que isso pode ser verdade.
Século XXI, e ainda não aprendemos nada. 

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