quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Que país será este ?

Não sei quem vai vencer a eleição de domingo. Gostaria e acho que será Aécio Neves. Meu "gostaria" é 100%, enquanto o "acho" mal chega a 70%. 
O "acho" se baseia na quantidade de pesquisas que apontam a vitória dele e no fato de a única que apontou o contrário ter sérios erros, para não dizer manipulações de cálculo para chegar ao resultado de 52% para Dilma x 48% para Aécio.


De todo modo, temos um país divido. E mais séria do que a divisão numérica, que indica um margem de menos de 5 milhões de votos para o vencedor, é a divisão de ânimos. 
Já destaco aqui que não há sérias divisões ideológicas entre os dois. Talvez tenha havido em um passado remoto, afirmação que também pode ser disputada. Ambos falam em programas sociais, ambos falam em inclusão na educação, ambos falam em controle de inflação e crescimento da economia.
Mas falam pouco, pois estão ocupados demais se atacando. Aqui entra meu viés: enquanto o PT ataca somente com mentiras e distorções, o PSDB ainda consegue achar algumas verdades para mostrar ao eleitor. Mas nem por isso deixam de ser ataques.
Nas redes sociais, vemos uma adesão em massa das pessoas. Na verdade, isso é muito bom. Somos politicamente infantis, resultado de muitos anos de "política não se discute". Ainda não sabemos a diferença entre discordar e agredir, entre ser discordado e ter sido ofendido, entre propôr e impôr. Vejo isso dos dois lados da campanha. Já dei unfollow em 7 amigos no Facebook, todos culpados de distribuir mentiras. Foram 6 do PT e 1 do PSDB, o que absolutamente não representa uma base estatística sólida.
Mas ainda assim, é algo melhor do que a indiferença de sempre. É uma dolorida evolução, como perder os dentes de leite, que não pode parar no dia 26, às 17h. Precisa continuar.
Dia 27 começa um árdua tarefa para todos nós: reunificar um país. Teremos o sentimento coletivo de termos saído de uma guerra civil, mas sem as mortes e a destruição. O lado vencedor precisará abraçar o perdedor para voltemos a ser um país só. 
Esse processo precisa ser iniciado rapidamente, pois é um lento e incômodo, sempre sujeito a percalços. Se não foi feito, algo de muito mais sério pode ocorrer em um prazo de 3 a 6 anos. Aí sim, com prejuízos irreparáveis.

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