quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Viagem à Grã-Bretanha (6)

Hoje o dia é bem fácil de descrever, amigos.
Acordamos no horário de sempre e tomamos nosso último café no Granville Guest House. Já havíamos fechado a conta ontem e apenas pegamos o eterno ônibus da linha 10 até a Avis, buscar nosso possante. A aparente fila se dissipou em minutos e fomos muito bem atendidos. A única estranheza ficou por conta do aviso de que não poderemos pagar o aluguel com cartão de débito. Não tem sentido algum, na medida em que isso é grana viva, mas vai entender esses europeus...
Dirigir pela esquerda deve ser ruim, amedrontador, péssimo e estranho. Não sei. Perguntem ao Leal, pois eu não tive coragem ainda. 
Voltamos ao hotel, pegamos a mala e seguimos para Falkirk para visitar a Falkirk Wheel. É uma visita ultra mega nerd, pois trata-se de uma obra de engenharia mecânica: é uma roda que serve de elevador para barcos em um canal. Ela ergue até duas embarcações e baixa duas ao mesmo tempo. Genial. 
De lá, comemos um lanche e seguimos para Deeside, onde fica o Balmoral Castle. Após três horas de viagem decobrimos que o castelo só abre até julho. E tudo estava informado o no Lonely Planet. Burrice aguda nossa.
Mais 2 horas e chegamos a Inverness. Lá, visitamos um supermercado mais para hipermercado. Observa-se a enorme variedade de cereais e a falta de massas. Muitas cervejas e poucas balas e chicletes. Muitos pratos prontos e poucas frutas. Nenhuma surpresa, na verdade. A única cheteação foi a inexistência de geladeiras para bebidas. 
Com mais meia hora de estrada, chegamos a Contin, onde fica o Anchility Hotel. Fomos recebidos aos sorrisos, com excelentes explicações. O dono foi muito prestativo e divertido, perguntando se havia alguma mulher amarrada dentro das malas, pois ele detesta barulho. Sugeriu usar meias para mantê-las em silêncio. Se elas existesse, claro. 
Jantamos as bizarrices compradas: pão de semente de girassol e nozes, seleta de frios espanhóis (eu) e presunto defumado escocês (Leal), queijo cheddar (duh), sour cream, folhas verdes e leite achocolatado. 
Deixei para o final para comentar as paisagens da estrada. Vocês viram Highlander? Braveheart? Prestaram atenção às paisagens? Foram 5 horas disso. Cada montanha, cada árvore, cada vale, cada riacho, cada casa de pedra (em uso ou abandonada), cada grupo de ovelhas, cada ponte é um espetáculo. Isso, espero, jamais sairá da minha memória. A única coisa ruim é o aperto das estradas que são pavorosamente estreitas, de fazer eles terem inveja até da Raposo Tavares. Mas até ajuda a dirigir devagar para aproveitar mais.
A internet aqui é pública. Significa que não sei se e quando volto a usar. Mas registrarei tudo para postagem futura se for o caso. 
Até !

3 comentários:

  1. Humm, durante o passeio vc não ficou com o som da gaita de fole tocando na sua cabeça? Eu fiquei, só de ler, rss.
    Pergunta tipica minha: tirou foto? muitas?
    A visita à roda deve ter sido muuuito legal, não foi essa roda que serviu de base pro projeto do Canal do Panamá?
    Quanto ao seu anfitrião no hotel, que figura!
    Quanto ao carro, mil pontos pra Grifinória pela coragem do Leal, nem que fosse no estacionamento eu ia querer dirigir. Meu lindo, você precisa experimentar também, pra servir de estímulo, te espero aqui com mais quatro sacos daquele amendoim se você dirigir amanhã!
    bjks e boa aventura!

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  2. Nesse ponto concordo com a Prosérpina, nenhum motorista que se preze deixaria algo tão banal quanto o lado da rua onde se dirige intimidá-lo. :P

    As paisagens são de fato muito bonitas (vi zilhares de fotos da viagem da minha tia) mas eu imagino que os europeus se sentem assim quando vêem nossas praias e tal.

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  3. O lado da rua é mole. O problema são os outros carros insistirem no critério...

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