quinta-feira, 4 de julho de 2013

Fogos de Artifício

Domingo, 4 de julho de 2004.
Na véspera, Jeff Gordon vencia em a Coke Zero Daytonna 400, com um carro patrocinado pela Pepsi. Soltaram fogos na Victory Lane. Épico, mas não era disso que eu queria falar.
Os norte-americanos comemoravam o aniversário de número 228 de sua independência. Soltaram fogos por todo o país, como de costume. Mas não era disso que eu queria falar.
A amiga Maria Paula fazia aniversário, assim como faz hoje. Não sei se soltaram fogos, mas ficam os parabéns por hoje, e atrasados daquele dia, 9 anos atrás.
Naquele dia, ao contrário de toda a semana que o precedeu, dormi incrivelmente bem. O relógio tocaria às 9h da manhã, e acordei sozinho, descansado e sem sono às 8h40. Olhei para o teto e disse (ou pensei alto ?): "é hoje".
Tomei banho, o clássico copão de toddy e sentei-me para ver o GP da França. Vitória de Schumacher, que já liderava com folga o campeonato que viria a ser seu sétimo e último. Acho que soltaram fogos aqui também, mas não tenho certeza. 
O restante da manhã correu surpreendentemente redonda, sem absolutamente nada que desse errado. Fiz meu macarrão com molho de tomate, conforme planejado, e almocei por volta de 12h15.
12h40, hora de sair de casa. Optei por ir pela Av. Paulista. Não era o caminho ideal, mas eu queria ter sempre uma alternativa caso algo acontecesse com o carro no caminho. E seguir por cima da linha do metrô era uma boa. Segui sem nenhum incidente, dirigindo igual uma velhinha para evitar o que quer que fosse. 
Eu pretendia chegar à academia às 13h30, mas cheguei antes: 13h15. Já estavam todo por lá: Eros, Eris, Fausto, Paulo Cristiano, e os irmãos Pedro e Gabriel. Mestre Gabriel, Sifu Luis Fabiano e ainda Éder e Márcio completavam o time que nos avaliaria. 
Era dia do meu exame de faixa preta.
No vestiário, a tensão era tal que poderíamos cortar o ar com o facão. Mas estávamos, todos preparados. O mestre passou por nós, fez alguma piada e nos deixou ali mais alguns momentos. Antes de entrar na sala de treino, fizemos uma roda e, unidos, decidimos que iríamos passar todos. 
Por regulamento do exame, não me é permitido contar o que aconteceu ali naquele dia. Mas o fato é que todos nós fizemos um exame primoroso aquele dia. 
Passamos, todos. E não soltaram fogos para nenhum de nós. 

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