segunda-feira, 14 de julho de 2014

Copa 64: Alemanha 1 x 0 Argentina - parte 1

Contra todas as probabilidades, consegui o ingresso para ir ao jogo. Então, contra todas as tradições, não falarei de esquemas táticos, posse de bola, chutes a gol, chances perdidas, impedimentos: foco no evento em si.
Que tal?

Saí de casa por volta de 6h40 para buscar o Guilherme. Na véspera, eu já havia localizado o destino de carro no Waze: Shopping Nova América. O plano era viajar de carro e deixar o carro nesse shopping, que tem ligação fácil e prática com o metrô. Além disso, o trajeto é curto, apenas 3 estações.
Pé na estrada e o plano vai se mostrando eficaz. Estrada livre, embora coalhada de argentinos indo para jogo em plano similar ao nosso. Para minha surpresa, não tivemos qualquer problema com outros motoristas, nacionais ou importados, por todos os mais de 400km de Dutra. Foi necessária uma parada para reabastecimento e desabastecimento, se você leitor me entende... No posto, um grupo de argentinos fazia o mesmo que nós, extremamente discretos e tranquilos. O único erro foi não ter encaixado o cabo de carregamento do celular durante toda a viagem, então perdemos um tanto de bateria nisso. Mas o carregador conseguia carregar mesmo com o Waze ligado: removemos todos os outros serviços, reduzimos a luminosidade da tela e os 28% do meio do caminho chegaram ao Rio como 68%. 
O tal shopping é muito bacana. Paramos o carro sem o menor problema e seguimos passeando por dentro. Bonito, espaçoso, agradável (ok, a temperatura de inverno ajudou bastante). As duas praças de alimentação são interligadas por uma rua de botecos, como se fosse uma rua de verdade, com mesas na calçada e coberta por uma lona branca suave. O clima fica uma delícia, e por ali comemos no Bar do Manolo. 
Seguimos para o estádio de metrô, sem pagar pois era gratuito para quem tinha ingresso. Rápido e ágil, como se espera de um metrô.


No entorno do Maracanã, vimos o único erro de planejamento em todo o evento. Foi feito um enorme perímetro em volta do estádio, e só passava quem tinha ingresso. Eram múltiplas barreiras, algo entre 7 e 10, o que achei ótimo. Depois da rampa, estava a entrada A. Portadores de ingressos outros deveria seguir em sentido anti-horário em torno do estádio. Estávamos com F, e a volta foi enorme e desnecessária se nos deixassem passar em sentido horário. Isso custou um bom tempo, e perdemos o show de encerramento. Não que eu fizesse questão, mas queria ter entrado mais cedo no estádio. Também não pude passar na loja de souveniers. 
Passamos pela revista e começamos a coleção de copos Brahma. Lindos, épicos, memoráveis, únicos, exclusivos. Caminhamos até nossa entrada onde a última chance de problemas nos esperava: os ingressos não estavam em nossos nomes. Nem por isso fomos barrados: os ingressos eram verdadeiros e ninguém olhou os nomes impressos. Fui atendido em inglês, para falar a verdade. Your ticket, sir. This way. One moment, please. Divertido.
Subimos as enormes rampas até chegar lá em cima, pois nossos lugares, além de tudo, eram bem no alto, o que só melhora a visibilidade.
Já se ouviam as primeiras músicas:

Argentino: tomar no cu
Tem duas Copas, mesma coisa que o Cafu
Argentino: como é que é ?
Tem duas Copas, uma a menos que o Pelé
Argentino: "chupaté" o talo
Tem duas Copas, a metade do Zagalo

E, claro, uma um tanto mais personalista

1000 gols
1000 gols
1000 gols, 1000 gols, 1000 gols
Só Pelé, Só Pelé
Maradona cheirador

Amanhã conto sobre meus vizinhos de lugar e o jogo em si.



Nenhum comentário:

Postar um comentário