segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mayas e as cabeças ocas

No último sábado, perdi meu tempo e humor acordando cedo no frio que estava em São Paulo para ir até a Oca, no Parque Ibirapuera, ver a exposição dos Mayas. Meu plano para chegar lá deu errado para depois dar certo: queríamos chegar lá umas 8h20 a 8h30, para evitar filas Atrasamos, e parei o carro apenas 8h45 perto do Círculo Militar. Chegamos na Oca 8h58 e não havia qualquer fila no local. Deu no mesmo, podemos dizer. E aí terminou a alegria. 
Entramos, já recebendo a primeira má notícia: não era permitido fotografar. Nunca vou entender isso, peço ao leitor que não se dê ao trabalho de tentar justificar o injustificável.
Descemos. Havia uma boa centena de peças de variados tamanhos em exposição. Havia uma separação em 7 temas e painéis eletrônicos nas paredes com informações complementares. Todos desligados
Logo na primeira parte, sobre a relação dos maias com a natureza, começou o stress. A segurança local não permitia que minha sombra encostasse na faixa de segurança que fica a meio metro da mesa que tem uma borda de 30cm até o vidro blindado que fica outro meio metro a frente da peça que cabe na sua mão. Os textos falavam em riqueza de detalhes, mas era simplesmente impossível ver os tais detalhes em paz ou mesmo sem paz. Em uma conta rápida, você está a 1,5m de uma peça de 20cm, com detalhes de milímetros. Quem consegue ver ?
Fui advertido 5 vezes em menos de 40 minutos. Na última advertência, eu estava atrás da linha branca, agachado para ver uma peça pequena. Nas vezes em que me inclinei para frente, sempre o fiz com as mãos atrás das costas para deixar claro que não pretendia encosta sequer na mesa. Nunca estive a menos de 50cm da mesa, que dirá encostar na mesma. Ainda assim, os cabeças ocas dos seguranças cretinos ficavam o tempo todo mandando afastar. Um saco. 
Explodi de raiva por volta de 9h45. Subi de volta ao térreo, onde chamei a gerente da mostra para reclamar. Ela veio acompanhada do chefe de segurança e ambos tiveram que me ouvir. Fiz questão de dar escândalo e queimar a mostra para pelo menos 30 pessoas que chegaram enquanto eu dava esporro. Fiz questão de não usar palavrões nem ofender pessoas. Fiz questão de mostrar que a mostra é um lixo e que a culpa é dela (da gerente) e da segurança.
Ela tentou me convencer a voltar, e eu até tentei, mas a experiência estava perdida. Uma perda de tempo completa. Excelentes peças em uma mostra que simplesmente não vale o seu tempo de ir até lá, pois você não vai ver nada mesmo.
Não vá, amigo leitor. Chega eu de trouxa.

Um comentário:

  1. Poxa, não tive os problemas com os seguranças e os eletrônicos estavam todos funcionando quando fui.
    Quanto a fotos, um conhecido da minha namorada foi com um pessoal que faz curso de fotografia e pelo visto tiveram liberdade total... queria saber o porquê da exceção

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