sábado, 6 de agosto de 2016

Rio de Janeiro - Dia 1: Cerimônia de Abertura

Em feliz 21 de abril último, eu acordei quase meio-dia. Em com a esposa dormindo, fui ver emails. Eis que havia um sobre ingressos olímpicos.
Eis que eu o abri.
Eis que ele falava sobre lotes do dia, incluindo cerimônia de abertura
Eis que eu clickei.
Eis que era verdade.
Pobre Luciana, que acordou com um grito na sala...

A ida ao Maracanã é tranquilíssima de metrô. Saí de Botafogo e fui de linha 1, sem incidentes. Por lá, localizei minha entrada e fui passando por tudo sem problemas, exceto conter a emoção. Sim, estou emotivo com esse tipo de conquista.
Como era cedo, tratei de tentar comer algo. Descobri que o cardápio segue a usual exploração de grandes eventos (cheeseburguer duplo por R$ 18, cerveja por R$ 13 e coca por R$ 10, além de só aceitarem Visa como meio eletrônico.).
Comi, bebi, me instalei. Fiz amizade com um chinês de Hong Kong que falava um inglês razoável. Não trocamos nomes, mas rimos.

A cerimônia seria estúpido da minha parte comentar e analisar. Se o amigo leitor não fez parte dos 3 bilhões que assistiu é porque não quis, então não cabe insistir. Mas digo que superou minhas expectativas por muito. Eu era dos pessimistas, que achava que seria ruim torcendo para que fosse bom. E foi. E foi mesmo.
Emocionou, entreteve, divertiu. É é para isso que ela existe.

Alguns comentários de quem estava lá, em ordem de memória:
- Houve uma tentativa de gritar "Fora Temer" vaiada imediatamente.
- Houve uma tentativa de vaiar as delegações argentina e norte-americana, ambas abafadas pelos aplausos do público.
- As delegações mais aplaudidas foram, na ordem: brasileira, refugiados, portuguesa. Outros destaques para: australiana, francesa, espanhola, inglesa, finlandesa e palestina, mais ou menos no mesmo nível e acima das demais que receberam aplausos educados. 
- Havia um boato de que haveria um "Fora, Temer" durante o hino. Não sei se houve, pois o volume do áudio abafou qualquer tentativa.
- Regina Casé tentando falar inglês deu vergonha alheia. Rolou até intervenção, pois em dado momento não era mais a voz dela em inglês.
- Os discursos foram bem confusos, todos eles. Nuzmann podia ter discursado em português e ninguém sairia ofendido, mas também optou por pagar mico.
- Havia legendas em 3 idiomas (português, inglês e francês) de todos os discursos, mas elas tem pouca ou nenhuma relação com o que era falado. Outra coisa feia, portanto.
- Temer não foi anunciado como presidente, foi sim vaiado quando declarou os jogos abertos e seguiu-se o protocolo em frente para mudar de assunto. Portanto, sim, houve uma operação abafa para as vaias.
- Continuo detestando samba e suas variantes. Nesse ponto, acho que a festa falhou ao não variar mais.

Os perrengues aconteceram na volta. Muito aperto para chegar ao metrô, pois o estádio inteiro foi obrigado a ir para São Cristóvão. O trem parou algumas vezes, uma delas por quase 10 minutos. E um filho da puta tentou bater minha carteira, mas eu percebi.
Cheguei no Cid às 2h15, e tive sucesso em não acordá-lo.
As fotos estão no celular. Um dia eu tiro todas de lá. 
Um dia, ainda este ano.

2 comentários:

  1. Há mais ou menos uma hora comentei com Alê sobre qual teria sido sua reação quanto ao samba (lindo por sinal) e ela respondeu que pensou a mesma coisa, agora já sabemos. continue aproveitando bjs

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  2. Há mais ou menos uma hora comentei com Alê sobre qual teria sido sua reação quanto ao samba (lindo por sinal) e ela respondeu que pensou a mesma coisa, agora já sabemos. continue aproveitando bjs

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