quinta-feira, 31 de julho de 2014

Desabafo

Segue cópia de carta enviada hoje pelo correio:

Antes de mais nada, quero esclarecer que esta carta não representa qualquer forma de ameaça a pessoa, grupo de pessoas, equipes ou à empresa Motorola e suas subsidiárias.
Junto a esta carta, quem estiver abrindo encontrará os destroços de um celular modelo Defy. Não foi acidente. Eu deliberadamente destruí o aparelho, tamanha raiva que ele me causou. Eu atirei ele no chão uma boa dezena de vezes, talvez mais. Fiz isso sem a bateria, para evitar vazamentos. Como disse, não tenho a intenção de prejudicar ninguém.
Comprei essa porcaria de aparelho em fevereiro de 2012. Tenho que ser justo ao dizer que os primeiros 4 meses foram ótimos. A partir disso, começaram os problemas.
Inicialmente, botão de ligar/desligar começou a falhar. Eu só conseguia desligar ou ligar o aparelho apertando forte o botão. Na assistência técnica, recebi a resposta esperada: não é um item coberto pela garantia. Desisti de desligar o aparelho, que passou a viver operando. Nem foi algo tão triste, pois o aparelho levava 3 minutos para estar completamente operacional. Sim, eu cronometrei. E não há dúvidas que se trata de grave falha de projeto.
Toda vez que eu atualizava um contato, o aparelho passava alguns segundos atualizado-o no Motoblur ®. Isso poderia ser útil, admito.
Na medida em que mais semanas se passavam, mais lento e errático o aparelho se tornou. Desligava aplicações sem que eu pedisse, passou a apresentar mal contato no cabo de carregamento e desligava e ligava novamente sem comando da minha parte.
Por volta de julho de 2013, ele passou a se desligar sozinho 10 a 20 vezes ao dia. Fazia isso durante o uso de aplicações e ligações. Chegou a desligar 3 vezes durante uma conversa que tive com minha namorada. Somando o fato do botão de ligar ter mal contato e o aparelho demorar 3 a 4 minutos para estar operacional, o convívio com ele foi ficando impossível.
Em agosto, eu perdi a paciência e decidi comprar outro aparelho. Foi quando eu tentei resgatar os dados no Motoblur® apenas para descobrir que ele não gravou absolutamente nada. NADA. Todas as vezes que eu havia esperado ele atualizar o contato editado no Motoblur eram apenas o ícone flutuando na tela. Contei com um serviço que não existe.
Tirei o chip do aparelho e coloquei em um antigo, para outra decepção. O Defy havia apagado o conteúdo do chip. Não bastava eu ter perdido todas as atualizações do período, perdi também o que tinha antes de fevereiro de 2012.
Surtei, devo dizer.
Descontei minha raiva fisicamente no aparelho, e o resultado está nesta caixa. Foi meu primeiro e último celular Motorola. Nunca mais terei qualquer aparelho celular da Motorola. Nunca mais terei qualquer produto feito pela Motorola. Motorola não entra na minha casa ou na minha vida, ponto final. O mesmo vale para minha família.

Cópia desta carta e uma foto com o conteúdo da caixa (tirada em um Samsung S4, este sim um aparelho de qualidade) estão no meu blog (www.asimovia.blogspot.com.br), que divulgo para centenas de leitores todos os dias nas redes sociais.

Segue foto da caixa:


Um comentário:

  1. Cara, eu tive esse lixo desse DEFY... e me ferrei EXATAMENTE ASSIM! Que raiva que essa merda me causou na época! Sério, Norson, você descreveu extamente o que passei.
    Aquele lixo de MOTOBLUR não salvou nenhuma info!! Meu... eu acho que cheguei a destruir o meu tb

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