quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Pobres almas

Amigos leitores, fiquei com pena deles.
Ontem, por volta de 6h30 da manhã estava eu indo a pé de casa para o ponto onde pego meu fretado. Boa parte do trajeto é pela Av. Jabaquara e o fato em questão se deu entre a estação São Judas e a igreja de mesmo nome. 
Ali há uma grande concentração de pontos de ônibus. Aliás, já faz bastante tempo que a região merece um terminal de ônibus, mas isso é assunto para outra conversa. Um deles fica próximo a uma banca de jornal e uma churrascaria. Passo por ali a pé e sigo mais uns 400m, mas isso não me impede de ver as pessoas ali esperando pelo ônibus. 
A fila de ontem, 6h30 da manhã, estava particularmente longa. Eram 30 pessoas na fila, e umas 12 na fila dupla, aquela do pessoal que já desistiu do primeiro ônibus e vai esperar o seguinte, seja lá quando ele vier. Perceba-se que é gente trabalhadora. possivelmente vinda do metrô ou de outro ônibus antes dele, já percebendo que o próximo ônibus está lotado e vai pegar o próximo.
Mas para completar a desgraça, havia um mendigo com um triângulo entre as duas filas de passageiros tocando e cantando alguma música daqueles ritmos nordestinos insuportáveis que eu chamo genericamente de forró, embora existam vários nomes e, insistem os autodeclarados especialistas, várias diferenças.
Que coisa medonha ouvir aquilo !
Eu passei caminhando, e não ouvi mais do que 15 segundos daquela tortura sonora. Os usuários daquela linha já estavam ouvindo e ainda iam ficar um bom tempo por ali. Pior ainda a turma da fila dupla. 
Pobres almas.

Um comentário:

  1. Isso é deprimente, em especial porque esse povo acredita de fato que sabe tocar alguma coisa. Lá no centrão tem uns caras que insistem que sabem tocar violão ou que sabem cantar. Dá até desespero...

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