terça-feira, 24 de abril de 2012

Cosmologia e Ciência parte 3: Tempo e Espaço

Nas postagens anteriores, estive aqui comentando o formato do universo e as características do universo. Hoje o comentário é sobre o espaço-tempo, conceito amplamente difundido e ligado à Teoria da Relatividade, de Albert Einstein.
Curiosamente, a origem da Teoria da Relativadade vem de outros ramos da física, notadamente a Termodinânima e o Eletromagnetismo. A confusão toda começou na segunda metade do século XIX quando Maxwell desemnvolveu as equações que regem o magnetismo. Diferentemente da Mecânica Celeste, o Magnetismo é um ramo da física que faz uso de objetos bem menores para serem experimentados e observados. E os cientistas têm essa mania asquerosa de testar e comprovar tudo o que vêem pela frente antes de acreditarem. Testaram, com Lorentz como principal opositor da nova teoria. E a teoria se mostrou sólida.
Em paralelo, acontece que ela gerou uma contradição com a Mecânica Celeste. Se não existe um referencial absoluto, conforme Galileu havia proposto séculos antes, a velocidade luz deveria variar em caso de mudança de ponto referencial. Maxwell já havia derrubado o conceito de velocidade infinita para uma finita e conhecida, os famosos 300 mil quilômetros por segundo.
O segundo teste de consistência foi capitaneado por Hertz, que propunha que o sistema onde aconteciam os fenômenos eletromagnéticos, o éter, seria arrastado consigo quando em movimento. E isso não era observado. Para piorar as coisas, Michelson e Morley desenvolveram uma maneira de medir a velocidade da luz que chega à Terra. A Terra se move a cerca de 30 km/s no espaço em torno do Sol, e a precisão da medição finalmente atingia isso. E qual não foi a surpresa de se observar que a velocidade da luz paralela e perpendicular ao movimento da Terra era a mesma !
Só Einstein teve a ideia certa, já no século XX. Não era Maxwell quem estava errado, mas o Tempo. Einsteins postulou que a velocidade da luz seria constante e o tempo é que deveria se ajustar a esse postulado. Bem, resumindo alguns capítulos, isso se provou correto.
Como consequência, era impossível um objeto se deslocar instantaneamente de uma coordenada para outra, pois violaria o limite de 300 mil km/s. Para que isso fosse verdade, era preciso reentender o universo colocando o tempo como uma dimensão sobre a qual estamos em constante deslocamento.
Isso inclui uma quinta dimensão às quatro que já citamos anteriormente ao formato do universo. E, lembrando que as dimensões estão interligadas como descrito na segunda parte, o que acontece se compactarmos as dimensões até zero, ou como se diz na Física Relativística, até uma singularidade ?
Amanhã voltamos a isso.

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