Será que leram meu blog?
Acabo de ouvir no rádio, e achar em versão escrita na Folha aqui, matéria sobre a flexibilização das regras dos fretados em São Paulo.
A medida é de uma obviedade gritante. Mas sabemos que, no Brasil, mesmo o óbvio pode levar anos para ser realizado. E, ainda assim, não se pode deixar de elogiar.
Mas vamos do começo, que na verdade é citado no final da matéria. São Paulo possui 13.844 ônibus fretados cadastrados. Em uma conta simplificada de atender 25 passageiros por veículos, são 350 mil pessoas com claro perfil de motoristas de carro, embora a regra não valha obviamente para todos. Como essa conta de 25 é totalmente arbitrária, não é absurdo que a quantidade de passageiros passe de meio milhão. Por dia.
Ainda me escapa a compreensão do que o prefeito anterior fez com os fretados. Claro que qualquer atividade deve ser regulamentada e fiscalizada. Ainda mais quando afeta tanta gente. Mas a implicância tinha ares de vendetta, jamais explicada.
As matéria escrita e radiofônica não mencionam a questão das faixas exclusivas. É ponto crítico nesse assunto, mas provavelmente não está tratado no projeto de lei. Faz sentido que não esteja, na medida em que o projeto trata transferir esse tipo de decisão para um nível mais técnico, dentro do eixo burocrático SPTrans/CET/Secretaria Municipal de Transportes.
É um avanço claro. Claro que isso pode acabar nas mãos incompetentes da CET, e nesse caso vai saber o que diabos eles vão inventar (ainda falarei desses cretinos em outro post). Mas pode ser que não. Pode ficar no âmbito da secretaria. Pode até mesmo ficar na CET e eles, por acidente (não haveria outra maneira), fazerem algo inteligente.
Esperançoso estou, e pontuo a medida a favor do prefeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário