quarta-feira, 4 de julho de 2012

Tristeza e tragédia.

Realmente não é a melhor semana do ano para o Automobilismo.
Ontem faleceu Sergio Pininfarina aos 85 anos. Pouco conhecido do público leigo, Pininfarina desenhava carros para a Ferrari (este blog SEMPRE pintará o nome da scuderia e seus modelos em vermelho). Só isso.
Foram criações dele os seguintes modelos: Testarosa, Enzo e Scaglietti. Só isso.
Também colaborou com projetos para Bentley, Fiat, Peugeot, Chevrolet e Cadillac. Só isso.
Idoso, já tinha deitado a pena há alguns anos. Teve tempo até de enterrar o filho, que deveria sucedê-lo na empresa. Não estava mais na ativa, e não devia explicações a ninguém. Que descance em paz, portanto. Do meu lado, fica minha promessa de um dia dirigir alguma das suas criações.

A tragédia também aconteceu ontem, dia 3. Maria de Vitolla sofreu um gravíssimo acidente em um teste pela equipe Marussia. O teste, realizado em um aeroporto pequeno, estava apenas começando. De Vitolla estava terminando a volta de instalação quando seu carro acelerou subtamente e ela colidiu com um caminhão da equipe. No boletim médico de hoje (4). consta a informação de que a moça de 32 anos perdeu o olho direito e ainda corre risco de vida.
Além, claro, de torcermos pela saúde dela, tem uma série de perguntas imbecis que eu gostaria de fazer:
- de Vitolla tinha mesmo condições de pilotar um F1 ?
- O carro da Marussia falhou no crash test no começo do ano. Os problemas foram realmente sanados ?
- Por que esse teste estava sendo realizado em um aeroporto e não em uma pista de verdade ?
- Quem estacionou o caminhão ali, próximo ao traçado desenhado para o carro ?
- Por que não havia maior proteção, já que um F1 anda, digamos, rápido ?^
E a mais imbecil de todas
- Será que essa proibição de testes na F1 já não se mostrou estúpida ?
A F1 é o único esporte do mundo onde o atleta não pode treinar. Em nome de uma redução forçada de custos, foram proibidos os testes durante a temporada. As equipes ficam o tempo todo gastando dinheiro em computadores e tuneis de vento em vez dos testes a moda antiga. Daí surge um cenário como este, no qual uma equipe pequena improvisa um teste aparentemente sem condições de segurança, em um local inadequado, com um carro duvidoso pilotado por uma pessoa que, por mais que amasse o que faz, ainda não tinha tido a chance de provar que podia estar ali.
Burrice aguda, certo ?

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