quarta-feira, 12 de junho de 2013

Não tem nem estudante nem trabalhador

Amigo leitor, essa baderna organizada por um grupo de arruaceiros na cidade de São Paulo nos últimos dias passou dos limites. E já antecipo minha conclusão no primeiro parágrafo: não tem estudante nem trabalhador nesses protestos.
Quanto a estudante, o argumento é bastante simples. Estamos em junho, sinal de semestre letivo. Quem realmente é estudante está preocupado com provas finais, ou trabalhos ou ambos. Não é nem questão de apontar o comportamento nada condizente com estudantes, é apenas uma questão de lógica. Ademais, os estudantes pagam meia passagem nos ônibus. Também não é o caso de dizer "são apenas dez centavos". Percentualmente, dá no mesmo. Mas se eles estudantes fossem, estariam reclamando do aumento de dez centavos e não de vinte, na tarifa cheia.
Quanto a trabalhador, o ponto também é divertido, mas indireto. Não sei (não encontrei dados sobre isso) quantos trabalhadores usam o direito do Vale Transporte em São Paulo. Mas é fato que esse direito limita a 6% do salário a despesa com transporte. O empregador arca com o restante. Assim, o trabalhador que tem vale-transporte simplesmente não é afetado pelo aumento da tarifa: a conta vai para o patrão.
Ainda assim, é óbvio que o empregado de empresas menores nem sempre tem acesso a esses direitos. Esse tipo de coisa só vale mesmo em empresas grandes. Mas também são esses trabalhadores, os das empresas menores, que tem menor liberdade de ação para poderem saírem de seus empregos na hora do almoço para estar a tempo na avenida Paulista para o protesto. Trabalhador é aquele que trabalha, não aquele que tem tempo para depredações e pichações.
Em anos anteriores, eu critiquei esses "petistas de merda que fazem baderna". Com o prefeito Haddad do PT, fica claro que não são petistas, e faço aqui um mea culpa pelas críticas injustas. É aquele turminha do PSTU (pode-se ver as bandeiras nas fotos) mostrando sua cara anti-democrática, violenta, estúpida, mal-educada e covarde. 

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