quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Lista Negra: Banco Itaú

Acho que demorei até demais para redigir este post. O Banco Irritaú, como gosto de chamá-lo tem um histórico não tão longo, mas bem distribuído no tempo, de irritações (daí o trocadilho), sacanagens e mal atendimento. Tentarei ser cronológico, para não perder o fio da meada.
Tudo começou no distante ano de 1991 (e pensar que meu estagiário nasceu em 1992...). Tive uma carteira furtada em um ônibus (depois perguntam por que eu sou playba e só ando de carro...). Levaram RG, pouca grana e um talão de cheques com 4 folhas. Em casa, tratei de sustar os mesmos, para evitar transtornos. Mal sabia que estava, na verdade, iniciando-os. O procedimento foi até tranquilo, mas ao final descubro que o banco me cobraria uma tarifa semestral de manutenção da sustação. Aqui, digo que pouco me importa se a cobrança é ou não regularizada pelo Banco Central: é ridículo isso. Eu aceitaria de bom grado uma tarifa pelo processo de sustação, mas não pela manutenção do mesmo. O valor era baixo e eu não tinha alternativa. Mas foi o strike 1 (aproveitando o clima de baseball).
A agência onde eu tinha conta, na R. Joaquim Floriano, tinha filas imensas para tudo. Uma constante na época. Daí tiveram uma boa ideia: caixa expresso. Nele, só seria atendido quem tive até 2 documentos. Ótima ideia, ajudou muito e... cancelaram no mês seguinte. Não aceito burrice: strike 2
Quando da conversão da moeda para o real, lembro que a tarifa era R$ 1,95, totalizando R$ 7,80 para as 4 folhas. Porém, em 1998, eles reajustaram essa tarifa para R$ 5,00. Strike 3, e fechei minha conta. Sério.
Em 1998, tirei todo meu dinheiro do Itaú e fui para o Bank Boston. Não é curioso ir para um banco elitista para pagar menos tarifas? Pois é... Em 2006, o Bank Boston desistiu da operação no Brasil e vendeu todos os ativos para o... Itaú. Senti-me assimilado, como por um cubo borg. 
Em 2007 desentendi-me seriamente com minha gerente de conta. Em resumo, eu precisava de uma operação em um determinado dia e dona mulher se recusou a entender que eu não tinha aparelho de fax. Quando ela me chamou de mal educado, não perdoei e mudei a conta de agência. Strike 4, pois isso é, sim, responsabilidade do banco.
O cenário até melhorou na outra agência, na Av. Sumaré. Mas não por muito tempo. Começaram a surgir problemas de senhas. Sem exagero, o cliente tinha que ter e memorizar senhas para: cartão magnético, cartão de crédito, saques no cartão de crédito, acesso à conta via site, acesso ao cartão via site e acesso ao telefone. O duro é que cada senha tinha que ser diferente, não podia ser em forma de data (lembro que eu queria usar 170161 por motivos nerds e não pude) e tinha que ser diferente das anteriores. Um aborrecimento atrás do outro, várias visitas a agências para desbloqueio de cartões... Strike 5.
Mais um incidente ocorreu, desta vez na agência Lins de Vasconcelos. Por ocasião de um evento da editora, eu fui à agência dez dias antes do evento solicitar uma reserva de troco: 100 notas de R$ 1. Marquei para daí a 8 dias. Eu já tinha feito isso antes: sacar dinheiro trocado é um transtorno para o banco (como se eu me importasse), mas solicitando com antecedência, consegue-se. Ou não. A dois dias do evento, voltei para o saque eu recebo com surpresa a informação de que não havia nenhuma reserva. Foi um bate boca infinito até que arrumaram meu troco. Mas uma das coisas que mais me irritou foi a expressão de "estou te fazendo um favor" da caixa. Strike 6
Daí fui convidado por minha gerente Gisele (homônima da minha atual Gerente no Santander) a um workshop sobre investimentos financeiros. Lá, fui aconselhado a manter e intensificar minha posição na bolsa. Aceitei e investi R$ 10 mil em 2 fundos. A bolsa estava, na época, a 72 mil pontos. Chegou a 74 mil e desabou para 30 mil. Até hoje não voltou aos patamares daquela época, patinando em níveis de 55 mil pontos faz tempo. Ficou óbvio que o banco estava com seus ativos posicionados em bolsa e precisava de trouxas clientes para se livrar daquilo. Senti-me roubado. Strike 7
Não havia nenhuma base para um processo (eu sabia disso), mas podia fechar a conta. E foi assim que encerrei em definitivo minha conta no Itaú, mas não a história.
Ah, claro que não.
Pois em 2009 meus pais faleceram e, claro, tinha uma boa quantia investida nesse lixo de banco. Lá fui eu em 2010, já com inventário fechado e escritura de partilha em mãos, retirar o que era meu por direito de herança. Mais stress, mais enrolação, mais burocracia... Tive que ir na porcaria da agência 3 vezes, mandaram depósitos parciais bem momento em que precisava do dinheiro para fechar a compra do meu atual apartamento... Sim, eles conseguiram strike 8 sem eu nem mesmo ser cliente.
Hoje não passo nem na porta desses imbecis. Burro agudo é quem passa.

Um comentário:

  1. Pensa que o que você passou no Itaú, eu passei no Real, banco que todo mundo costuma falar bem.

    Com a diferença de que eu ouvi de um funcionário administrativo que ele podia (e já tinha) mexido na minha conta. E não, ele não era meu gerente, ele sequer trabalhava na minha agência...

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