sábado, 26 de outubro de 2013

USA 2: Dia 7 - Back on track

Antes de tudo, no sétimo dia (uma semana), preciso concluir que este não é um país civilizado. É organizado, estruturado, preparado, bem construído e mantido. As pessoas são, na maioria, educadas, polidas e gentis. Mas não é um lugar civilizado. Ainda não vi nenhum cão daschound aqui. Todo mundo sabe que daschounds são prova de civilização assim como conexão wifi é prova de tecnologia. Isto posto, voltemos à programação normal.
Peguei pesado ontem. Mesmo.
Logo cedo, pé na estrada rumo ao Las Vegas Motor Speedway, onde tinha agendada uma sessão de testes com um carro de Nascar. Este era o segundo ponto alto da viagem, depois de ver a corrida em 'Dega, e já acordei com, como se diz aqui, borboletas no estômago. Caminho simples, cheguei 30min antes. Tirei algumas fotos da pista e recebi as instruções.
Os carros vão à pista em grupos de 4. Meu grupo tinha uma moça e dois irmãos italianos. As primeiras duas voltas são para acostumar com as condições e conversar com o instrutor, um simpático senhor chamado Art. Depois ele vai deixando a gente pisar mais. 
E é rápido de verdade. Fui aprendendo a aceitar o funcionamento do carro nas curvas. Como no kart, é uma questão de sentir e confiar no equipamento. Nas duas voltas finais, eu já estava acelerando antes do ponto indicado e freando depois. Infelizmente, o Art não me deixou pisar tudo na reta nenhuma vez, pois eu era novato. Entendo. 
Mas ainda assim, amigo leitor, fui 2s mais rápido que cada um dos italianos. Owned. A moça não conta, oras: não tem o cromossomo da direção, não é culpa dela ter feito velocidades máximas muito abaixo da minha média. Fica a promessa de um conto ficcional que imaginei baseado nesse passeio, para um outro dia.
De lá, fui para a The Gun Store, usar o pacote que tinha solicitado. Ótimo atendimento, embora impessoal, alguma fila e a decepção de nenhum dos 2 rifles estarem disponíveis, nem a P38. Peguei a 1911 e duas automáticas: Grease Gun e a clássica Tommy. Muito legal, mesmo! Tenho agora um pingo de XP alocado nisso. 
Daí fui caçar ingressos (observem que, novamente, não almocei). Primeiro fui reservar lugar para jantar no Stratosphere. Primeiro fui ao hotel Rio, que o GPS não sabe onde fica, comprar para Penn & Teller, para sábado. Na volta, um pulo no Bellagio para Cirqué du Soleil: O no mesmo dia, 19h30. Ali, a glória: a atendente pediu documento e, como sempre, apresentei passaporte. E ela se disse surpresa, pois "eu falo um bom inglês". Uma de duas: ou eu melhorei meu inglês ou ela estava flertando comigo. Em ambos os casos, massageia o ego.
Consumiu algum tempo, mas foi perfeito. Saí do Bellagio 17h50 para tomar banho e voltar direto. Tudo perfeito.
Nunca tinha ido ao Cirqué du Soleil, e comecei por O, altamente recomendado. Lembrei de um estudo de caso sobre a origem do Cirque, que usa atletas aposentados ou não tão bem sucedidos de vários esportes, a começar por ginástica olímpica. Em resumo, pense em uma moça que tentou uma vaga na seletiva americana para as Olimpíadas e, com 6 vagas, ela ficou em 14o. Perdeu, tá fora, já era. Mas ainda assim é uma atleta, oras. E o Cirque aproveita isso.
O tem cenários incríveis, montados em uma piscina cujo fundo é repartido e móvel. Juntando isso às projeções de luzes, tudo muda a cada pouco. Baseado em água, esta apresentação usa moças do nado sincronizado e moças e rapazes de saltos ornamentais, o que comprova, mais uma vezes, que essas coisas não são esportes, mas formas de arte. A música é toda apresentada ao vivo também. Enfim, é muito bonito, muito bem coreografado, coordenado e tudo o mais. Tecnicamente perfeito. Valeu o tempo, mas não os USD 130. Mas, verdade seja dita, eu iria novamente por 20% do valor e iria feliz.
De lá, jantar no tal Stratosphere. Em palavras simples, o restaurante é uma estrutura rotativa, que dá uma volta a cada 80 minutos, localizada no 107o andar do prédio. Sim, mais alto que o Empire State. Comi uma salada ceasar e cordeiro. Mauricio Jabour tinha me dado a dica de pedir um sampler, mas fiz negócio melhor do meu jeito: gastei os exatos USD 90 que o sampler custaria, e ainda teria que acrescentar taxas e gorjetas por opções piores. De novo, valeu o tempo, mas não a grana.
De lá, fui perder alguns dólares no cassino do próprio Stratosphere e voltei para dormir.

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