terça-feira, 8 de outubro de 2013

Sem Rede

Na semana passada, o TSE decidiu não aceitar a criação da Rede de Sustentabilidade, novo partido da presidenciável Marina Silva. Deixei o assunto esfriar para comentar.
Muito se fala desse partido. Os comentaristas políticos fazem coro ao dizer que há muito tempo não se via um partido com programa tão claro e definido. Rasgam-se em elogios à Marina e à maneira como ele trabalha a Rede. 
Ao chegar ao TSE, o pedido foi negado por falta de assinaturas válidas. Eram necessárias 492 mil e o número pouco passou de 450 mil. Para quem fazia tanto barulho, é bastante estranho. As alegações foram diversas, e provavelmente válidas. Algumas assinaturas foram invalidadas porque o eleitor não votou em 2010. Há diversas razões para uma pessoa não ter votado em 2010 (ainda não era eleitor, era eleitor facultativo, simplesmente não votou...) e nenhuma delas remove desse eleitor a validade de sua assinatura. Nunca se alegou que esses eleitores não tinham direito a assinar a criação do partido, mas não havia como validar a assinatura. Ou seja, alegação técnica furada. Outra alegação foi o elevado número de assinaturas rejeitadas no ABC Paulista, berço do PT e sua corja. Ou seja, perseguição política
Nesse mesmo período, dois outros partidos foram criados: Solidariedade e PROS. Duvido que tenha sido feita uma análise tão rigorosa das assinaturas desses partidos. Já há até denúncias de fraudes. Para este blogueiro, fica claro que houve sim perseguição. 
Porém, temos o outro lado da moeda. Uma candidata que teve 20 milhões de votos na última eleição (embora mais da metade disso foram claramente votos anti-Serra e anti-Dilma), deveria ser capaz de levantar mais de 1 milhão de assinaturas com facilidade, justo para evitar esse tipo de tecnicalidade. E se esse trabalho não cabe a Marina, cabe à sua equipe, à cúpula do partido em formação. 
Do meu ponto de vista, ficou evidente que a Rede é uma ideia muito bonitinha, mas no fim é um partido organizado por hippies. E peguei leve ao não pintá-los de vermelho, se é que o leitor fiel me entende.

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