segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Olimpi-tacos (2)

Pela segunda vez neste blog, o Blogspot me deleta um texto. E como foi na quinta-feira e eu, besta, confiei no sistema, nem tenho mais como recuperar o raciocínio. Sim, foi burrice aguda minha.
Nesses dias, voltamos a ser o Bronzil. O termo foi cunhado, creio, por José Simão em 1996, quando terminamos os jogos com 15 medalhas:3-3-9. De lá para cá, foi sempre uma montanha de bronzes: 0-6-6 em Sidney, 5-2-3 em Atenas e 3-4-8 em Pequim. Eram 26 até chegarmos a Londres. Já fizemos mais 5, em um até que triste 1*-1-5.
O judô distribui mais bronzes do que ouros e pratas. Daí temos os 3 bronzes nesse esporte. Ainda assim, perdemos algumas disputas que, embora nunca sejam fáceis, sempre são possíveis.
Cielo decepcionou fazendo outro bronze, na prova em que é especialista, defendia o título de 2008 e era considerado favorito. Ficou claramente decepcionado com o resultado, o que me dá esperanças.
Scheidt e Prada entraram na medal race com a prata na mão. Tentaram o ouro e ficaram com o bronze. Isso eu também aceito, até porque os ingleses caíram juntos e ficaram com a prata.
Daí temos os fiascos e não foram poucos. O futebol feminino (nunca serão, jamais serão!) caiu para o Japão nas quartas de final. Não jogaram nada, pederam justamente. Uma das duplas do volei de praia feminino também já está vindo para casa, junto do basquete feminino. O avião está cheio...
No sábado teve a mancada da Fabiana Muerer no salto com vara. Ela ia para o 3o salto na marca de 4m50 e precisava passar. Aí ventou e ela abortou o salto. Teve bandeirinha amarela para dar mais 15s ela vinha e parou de novo. Nem sequer saltou. Isso é inaceitável. Amarelou. Ovomaltine com pera. Vergonha.
O futebol masculino deixou escapar outro fiasco praticamente garantido. Perdia de Honduras por 1x0 e depois por 2x1 (com um jogador a mais nesse momento), mas conseguiu virar para 3x2. Quase. Agora a semi é contra a Coréia do Sul.
*Ao escrever este texto, já tinha visto a medalha de ouro de Arthur Zanetti, nos colocando em 2-1-5, algo mais aceitável no geral. O ouro veio nas dificílimas argolas. Zanetti foi corajoso ao apresentar uma série de elevada nota de partida. Trouxe para si a responsabilidade em vez de esperar pelos erros dos outros. Não reclamou do vento. É a primeira medalha nesse esporte, e logo de ouro. Emocionante. Ficam os parabéns mais sinceros desde colunista para ele.

Um comentário:

  1. Olha, sem querer defender ninguém em específico, mas do meu ponto de vista só quem tem OBRIGAÇÃO de trazer medalha é e sempre foi o futebol masculino. Nenhum outor esporte no Brasil tem tanto investimento e estrutura.
    Penso que o que o pai do César Cielo falou na última Olimpíada explica bem o que eu penso, que a medalha que o filho havia ganhado era dele, não do Brasil, porque o Brasil não tinha feito NADA para ajudá-lo a ganhá-la.

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