sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

30 Dias de Ódio: Uma Piada que Você Odeie

E aqui damos de cara com outro conjunto vazio: não lembro de nenhuma piada que eu odeie. Mas não se preocupe, amigo leitor: há assunto aqui sim.
Claro que existem piadas sem graça. Aos montes. Até me pergunto se não constituem maioria, a esta altura, mesmo levando em conta a questão do gosto pessoal. Mas são justamente as piadas sem graça aquelas que você ouve (lê ?) uma vez e, por não gostar, deixa para lá (deleta ?). As que ficam na cabeça são as melhores, aquelas boas o suficiente para você contar para amigos e parentes.
E isso nos traz a questão da memorização estar ligada à repetição. Algo com que temos contato uma vez (ou poucas) tem baixo registro em nossas memórias, já algo com que lidamos mais vezes tem alto registro. 
Exceto quando há forte carga emocional !
Aí a conta muda. Afinal, qualquer amigo leitor que tenha se casado deve lembrar em detalhes da festa, dos preparativos, da lua de mel... e fez isso uma única vez, certo ? Mas ora pois, mesmo os teimosos que depois de se divorciar e casar novamente, acabam tendo memórias completas e claras de cada evento. O mesmo para sua única formatura, nascimento de filhos, morte de entes queridos, show de artista que é fã.
E em nova reviravolta, temos a questão das emoções obscurecendo a razão. É perfeitamente conhecido o fenômeno de pessoas que acabam levadas pelas emoções quando elas são muito intensas. Não há do que se envergonhar, evidentemente: não somos vulcanos
Mas seguindo a linha de raciocínio aqui apresentada, se são as emoções um forte catalizador de registro de memória e são as mesmas emoções um forte filtro de interpretação dos fatos... será que podemos realmente confiar racionalmente em nossas memórias ? São elas realmente capazes de nos fornecer dados confiáveis ?
A se pensar...

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