segunda-feira, 30 de junho de 2014

Copa 54: Alemanha 2 x 1 Argélia

Outro jogo entre um gigante do futebol mundial e uma seleção sem tradição.
O jogo começou com a Alemanha tentando tomar o controle do jogo e tomando dois perigosos contra-ataques. Os alemães se assustaram, recuaram o time e nem isso trouxe a estabilidade desejada. A Argélia começou até a criar jogadas velozes, teve um gol corretamente anulado por impedimento e ainda um lance ótimo no qual o atacante argelino chutou para fora. Depois dos 25 minutos, o ímpeto argelino esfriou, mas nem por isso a Alemanha tomou as rédeas da situação. No final do primeiro tempo, os alemães chegaram mais, e chutaram duas ou três bolas, umas das quais uma beleza defesa do barbudo goleiro argelino.
No segundo tempo, o jogo era outro. Um reacerto tático trouxe a Alemanha que vimos na primeira fase em campo. Schürrle entrou bem no jogo, no lugar de Mario Götze. O time ganhou consistência pelo lado direito, o que não apenas fez o time ter mais presença de ataque, mas fez o ataque argelino, basicamente pela esquerda, ficar inefetivo. Isso é o que se chama "substituição inteligente". Ainda assim, as chaces alemãs não era agudas. Mustafi se contundiu, sendo substituído por Khedira. O polivalente Lahm foi deslocado para a lateral direita com isso. O jogo seguiu nisso até o término do tempo normal. E assim chegamos à 3a prorrogação da Copa.
Logo no começo da prorrogação, sai o primeiro gol em prorrogações em 2014: Schürlle, em cruzamento da esquerda, trouxe a realidade de volta ao jogo. Depois disso, os alemães controlaram o ritmo esportivo e emocional da partida, garantindo a classificação com o segundo de Ozil, a 1 minuto do final.

Complemento de postagem:
E nada que não pudesse ser mais dramático do que um gol a 30s do final, depois de eu publicar o resultado como 2x0 (por sinal, minha aposta no bolão), e o navegador dando pau e não querendo abrir mais...
Adoro.

Copa 53: França 2 x 0 Nigéria

França e Nigéria fizeram um jogo interessante no Estádio Nacional, em Brasília.
Sem respeitar a campanha e a camisa francesa, os africanos começaram o jogo melhor, dominando a bola e tomando a iniciativa do jogo, restando apenas as bolas roubadas para os azuis. A vantagem em campo chega a assustar a defesa francesa, que ainda não havia sido pressionada nesta Copa. Houve até um gol anulado (corretamente) por impedimento da Nigéria. O lance parece ter feito bem aos franceses que acordaram e começaram a sair para o jogo. O esquema era diferente dos outros jogos, com Giroud como titular e Benzema como ponta esquerda desde o início da partida. As melhores jogadas eram pela direita com o pequeno (1m67) e veloz Valbuena. A nota negativa do primeira tempo foi um penalti claro, estúpido e não marcado contra a França, em uma cobrança de escanteio na qual o zagueiro abraçou o atacante nigeriano sem a menor necessidade. 

No intervalo, cobertura ao vivo da Globo sobre o crescimento da grama no campo de treino #2, que não está em uso, na Granja Comary. A cobertura conta com dois repórteres, um engenheiro agrônomo  comentarista e 37 câmeras de alta definição cobrindo com exclusividade o evento. Na mesa virtual, 2 biólogos mostram todos os detalhes para você.






Desde a apresentação da seleção, a grama já cresceu... 7 milímetros.
A má notícia envolve Vitor. Segundo informações não confirmadas pela CBF, a toalha do jovem goleiro reserva não secou por inteiro e ele pode ter problemas para enxugar o pé direito. Vamos todos torcer por uma rápida recuperação do nosso camisa 22.
À tarde, teremos uma entrevista coletiva com o 3o roupeiro, responsável por massagear as chuteiras do Neymar. Todos os detalhes no Jornal Nacional

A volta do segundo tempo seguiu o mesmo tom do primeiro. A Nigéria foi intensificando as ações, mas sem criar chaces reais até os 15 minutos. Os africanos perderam um jogador por contusão, em uma entrada fortíssima de Matuidi, que merecia ser expulso e levou apenas cartão amarelo.
Depois dos 25 minutos, o jogo mudou. A primeira chance foi de Benzema, que recebeu um passe dentro da área, tocou na saída do goleiro, mas o gol foi evitado próximo à linha por um defensor de verde. Depois uma boa defesa do goleiro em finalização de Valbuena. Depois uma bola na trave em um rebote. E então uma saída ruim resultou no gol francês, de Pogba. Um cabeceio inteligente, longe de qualquer zagueiro que estivesse no caminho. Griezmann teve chance de ampliar no contra-ataque, e o goleiro nigeriano defendeu bem. No finalzinho, uma cobrança rápida de escanteio deu o segundo gol francês, com o mesmo Griezmann.

A França chega, e agora vai esperar, provavelmente, a Alemanha, no que deve ser o maior jogo da Copa até então.

Copa 52: Costa Rica 1 (5) x 1 (3) Grécia

Joguinho ruim, hein ?
Empenho e vontade nem sempre se traduzem em qualidade.


Credenciados como neofavoritos, os costarriquenhos não aparentaram sentir o peso da responsabilidade. Jogaram o mesmo futebol simples e direto, centralizando as jogadas em Campbell. A Grécia também jogou o mesmo quase-nada apresentado na primeira fase, onde Samaris, talvez, pudesse fazer alguma diferença. O resultado dessa combinação foi um jogo chato, com poucas oportunidades reais de gols. 
Costa Rica saiu a frente com Bryan Ruiz, em uma bela finalização. Os gregos passaram a atacar mais e, embora com grande volume de jogo, continuaram sem chances boas. O empate saiu no final do tempo normal, em uma falha de marcação, quando o time centro-americano já jogava com apenas 10 homens e apenas se defendia.
O empate no tempo normal foi seguido por outro na prorrogação. Apenas os gregos tinham pernas para tentar algo, mas não foram capazes de aproveitar a vantagem numérica.
Nos penaltis, ao contrário do jogo do Brasil, vimos 7 cobranças muito bem feitas, e ainda uma má feita que entrou. Apenas uma defesa, que definiu o placar da tragédia grega.

Não, a Costa Rica não vai ter a menor chance contra os holandeses.

domingo, 29 de junho de 2014

Copa 51: Holanda 2 x 1 México

Jogou como nunca, perdeu como sempre.
O time mexicano perdeu de modo dolorido sua vaga inédita nas quartas de final da Copa do Mundo. Com medo do calor, o time laranja conteve suas ações durante todo o primeiro tempo. O México foi bem melhor não apenas por ficar com a bola, mas por mostrar mais interesse pelo jogo e por vencê-lo. 
O volume de jogo surtiu efeito logo no começo do segundo tempo, abrindo o placar aos 3 minutos. Naturalmente, o gol tirou a Holanda da zona de conforto, mas as ações permaneceram equilibradas até os 25 minutos. Só então a Holanda passou a dominar o jogo e ser melhor, ainda assim sem criar tanto assim.
O empate veio aos 37 minutos (34 de fato, pois foram 3 de parada técnica), em uma patada de Sneijer, contando com um belo cabeceio para trás (não consegui identificar o autor do feito). Finalmente era vencido o excelente goleiro Uchoa, em mais uma atuação brilhante.
Aos 48 minutos, em um lance muito contestado pelos mexicanos foi marcado penalti para a Holanda, convertido por Hunterlaar. Na opinião deste blogueiro, penalti sim.

Outro 2x1, outra virada. Já é a terceira virada holandesa em 4 jogos. Um time que não se entrega assim tem cara de campeão. A se registrar os erros dos dois técnicos, O holandês, ainda atrás no placar, colocou Hunterlaar no lugar de Van Persie. Acertou na entrada e errou na saída: juntos produziriam mais. O mexicano ao mandar time recuar pra garantir o resultado muito cedo. Um pago caro pelo erro, o outro será visto como herói.

Copa 50: Colômbia 2 x 0 Uruguai

Venceu e convenceu. O tal James Rodriguez é goleador mesmo.
Verdade seja dita, amigo leitor, os colombianos não deram a menor chance aos uruguaios. Controlaram o jogo o tempo todo e souberam se aproveitar da ausência de Suarez no ataque celeste. Forlán, que não é mais aquele de 2010, não conseguiu criar as chances que Cavanni precisava. Quando o astro saiu, Cavanni tentou sair da área e criar ele mesmo as jogadas, mas não tinha para quem cruzar. O goleiro colombiano ainda chegou a fazer duas defesas importantes, mas o resultado foi nulo.
O primeiro gol foi em um chute forte e muito bonito, depois de uma ajeitada, de fora da área. No segundo tempo, um cabeceio para trás de Cuadrado, após um cruzamento, acho Rodriguez totalmente livre na área. O garoto de 22 anos é o artilheiro da Copa com 5 gols. E não parece sentir o peso dos fatos. Estivesse inteiro, não sei se Falcão Garcia caberia nesse time não, viu ?

Podemos, sim, ter problemas nas 4as de final. Os colombianos deverão aproveitar os acertos chilenos e tentar corrigir os erros. A nosso favor, a camisa, a torcida, o campo e trave.

Copa 49: Brasil 1 (3) x 1 (2) Chile

Ah, trave linda, minha amiga, minha querida.
O técnico Sampaoli certamente estudou o time brasileiro. Não precisou mais de 5 minutos para ver que só temos uma jogada, e anulou-a com a mesma facilidade de uma criança de 5 anos tentando quebrar um ovo. Marcou nossa saída de bola não no meio campo, como todos tentaram antes, mas na nossa defesa: tiraram os lançamentos de David Luiz e Thiago Silva. Fim !
Com isso, Neymar sumiu, Oscar não joga desde a primeira partida, Daniel Alves vem piorando a cada jogo e a coisa ficou feia. Bastante feia. 
Fizemos nosso gol e um escanteio pela esquerda e foi só. Não tivemos outra chance de gol, simples assim.
O que faltou ao Chile, fora um pingo de sorte naquele chute na trave no final da prorrogação, faltou eles terem sua própria jogada. Verdade seja dita, fora a tal bola na trave, o que o Chile criou, de fato, no jogo? Nada.
Daí pode dizer, sim, que foi um jogo fraco, embora emocionante. Hulk jogou bem, muito bem. Dedicou como sempre, mas desta vez muito mais produtivo. Teve sua chance, mas ajeitou sim a bola com o braço no gol anulado. Perdeu um dos penaltis que poderia ter nos eliminado. 
Julio Cesar não fez duas grandes defesas, apenas pegou dois penaltis mal batidos. Fica o mérito dele ter optado por não sair do meio e resolvido a parada. Cometeu uma falha em uma saída de bola que não resultou em gol: está merecendo com folga a confiança de Felipão.

Ganhamos sem merecer. Ganhamos sem roubar. Estamos nas quartas de final.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

De quem eu não tenho pena: Copa do Mundo

Fazia tempo que eu não usava essa série, iniciada aqui. Ficam mantido o texto sobre grandes eventos, mas podemos ser mais específicos. Então, vamos às letras, amigo leitor.
Começo dando um exemplo positivo. Terminado o jogo de segunda-feira contra Camarões, convidei pessoas a verem o jogo de sábado, contra o Chile, em casa. Um deles, Henrique, avisou que não poderia ir, pois sábado (amanhã) é aniversário de um sobrinho, ou filho do primo, algo assim. Henrique não estava preocupado em ver o jogo. "Certamente vai ter telão", disse ele.  Concordei.
Ontem, Henrique me enviou uma mensagem dizendo que verá o jogo em minha casa. Claro que é bem vindo mas logo perguntei se aconteceu algum problema. "O buffet fica na Vila Madalena", respondeu ele.
Viu como é possível ser minimamente esperto? O cara está vendo as notícias e o furdúncio que acontece por lá a cada jogo. 50 mil pessoas tem ido para lá, com bloqueios de ruas e tudo que pode dar errado nesse tipo de aglomeração. Quanto ao garoto aniversariante, tenho certeza de que Henrique lamenta e vai compensá-lo depois, mas não vale o stress de ir até lá.

O que nos traz aos próximos personagens: os pais do garoto que marcaram a festa em data estúpida. Sim, eu sei que o aniversário dele é no dia, ou próximo ao dia. Mas a tabela da Copa é algo conhecido desde antes do sorteio das chaves em dezembro de 2013. Era facílimo projetar que, classificado em primeiro, o Brasil jogaria no sábado, às 13h. Verdade que essa ocupação da Vila Madalena é novidade, mas por que diabos marcar a festa nesse dia ?! Compra uma agenda, trouxa.

Meu amigo Marcelo Nozaki cometeu erro similar para a partida contra o México. Marcou o atendimento a um cliente para esse dia, sem se atentar ao calendário. Tentou negociar a data e falhou: não viu o jogo. Porra, mano...

Depois temos alguns milhares de turistas que vieram ao Brasil sem ingresso. Alguns vieram no espírito de apenas participar das festas e zanzar pelo país. Isso é válido. Mas tem um monte de doidos que veio para tentar comprar ingressos aqui. Aí, não. 


E claramente não é um fenômeno específico deste ou daquele país: ouvi e li história de diversas nacionalidades. A cereja do bolo foi um grupo de chilenos (nada contra) que comprou ingressos falsos no Rio para a partida contra a Espanha. Vi depois uma matéria sobre o caso aqui. Segue a imagem dos ingressos:


Desnecessário comentar...
Parece que estou pegando no pé dos chilenos, mas realmente não é meu ponto aqui: tem caras fazendo isso de todos os países, e peço perdão pelo foco neles quanto às imagens utilizadas. 

Claro, preciso finalizar com Luiz Suarez. Personagem marcante em duas Copas já. Em 2010 protagonizou os momentos mais emocionantes do torneio, ao fazer o penalti salvador nas quartas de final contra Gana. Depois, teve recuperação heroica para poder jogar a Copa depois de uma cirurgia. Agora virou o mordedor de adversários. Segue link para um ótimo video sobre o caso.
Virou meme. Não, não tenho pena alguma dele.





Copa 47 e 48: Argélia 1 x 1 Rússia e Bélgica 1 x 0 Coréia do Sul

Os russos abriram o placar aos 6 minutos de jogo, gol de cabeça em cruzamento. Perfeitamente natural, é a única coisa que esse time sabe fazer mesmo. O time de Fábio Capello não conseguiu um único drible em 3 jogos. Só sabe cruzar bolas na área. Chatíssimo de ver. E ainda assim, foi capaz de manter o controle do jogo até os 25 minutos. Depois disso, o senso de urgência foi tomando conta dos argelinos, que começar a se lançar ao ataque. 
No segundo tempo, só deu Argélia. Empurrados por torcedores argelinos e ucraniano (Curitiba tem a maior colônia ucraniana no Brasil), os africanos pressionaram sem muita criatividade, compensada pela vontade. Chegaram lá. 
O jogo terminou empatado, o que seria mesmo o resultado mais justo pelo que foi apresentado. Honestamente, 0x0 seria mais correto, e daria no mesmo em termos de classificação.

Não vi Bélgica x Coréia, sequer os melhores momentos desta vez. Cansa um tanto essa maratona de 48 jogos em 15 dias...

Definitivamente, o grupo mais fraco da Copa é o H. A bem cotada Bélgica venceu os 3 jogos sem jogar nada, exceto um ou outro momento de habilidade individual. Entra nas oitavas sem ritmo algum. Os outros 3 quase se equivalem na ruindade, mas a Argélia soube pontuar quando pode, e por isso se classificou.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Copa 45 e 46: Alemanha 1 x 0 EUA e Portugal 2 x 1 Gana

Não, não ocorreu o temido jogo de comadres que se suspeitava para Alemanha e EUA. Na verdade, foi um jogo e cenário parecido com o visto ontem em França x Equador. Praticamente sem obrigação esportiva, os alemães jogavam para provar seu valor, manter ritmo de jogo e, no segundo tempo, tentar ajudar Klose a quebrar o recorde de gols em Copas. 
Os germânicos foram melhores o tempo todo. Buscaram o gol e foram objetivos, mas pouco eficientes. O primeiro tempo teve poucas chances reais, e mais boas defesas do bom goleiro Howard. Ocasionais contraataques americanos eram centrados em Dampsey, sempre. 
Com Klose no lugar de Podolski no segundo tempo, o time melhorou, curiosamente, no meio campo. Não notei o que mais foi mudado no time, mas a marcação melhorou e os americanos não fizeram mais nada em campo, sendo completamente anulados. Em uma cobrança de escanteio, a sobra ficou com Müller, que definiu o placar. É seu 4o gol na Copa, 9o somando-se a Copa de 10, e o moleque tem apenas 23 anos. Vai longe esse.

Vi um compacto de 7 minutos de Portugal x Gana. Só deu Portugal. 
Mesmo o primeiro gol tendo sido contra (autogol, como se diz por lá), haviam sido diversas chances antes do gol, quase sempre com Cristiano Ronaldo. Necessitando golear, os portugueses seguiram pressionando até o final do 1o tempo e início do 2o. 
Em uma jogada fortuita, os africanos empataram. Com o placar favorável aos alemães no outro jogo, uma virada daria a vaga a eles, que se animaram e foram ao ataque. A pressão durou pouco, Portugal retomou as ações e, em uma falha da defesa, Cristiano Ronaldo marcou e deu números finais ao placar. 
Foi o único gol dele nesta Copa, 2o somando-se todas. Nesse ritmo, alcançará Ronaldo, o original, em 2066. Certamente grisalho, mas com corte e penteado impecáveis, tenho certeza.

Copa 41 e 42: França 0 x 0 Equador e Suíça 3 x 0 Honduras

Em dia pouco inspirado, o ataque francês parou na defesa equatoriana. 
A diferença técnica entre os times é brutal. As variações de jogada são inúmeras, a velocidade continua impressionando e Benzema, dono do ataque, está em grande fase. Mas nem assim foi possível vencer, tamanha a aplicação do time amarelo no jogo.
Não houve falta de empenho, longe disso. A França atacou o tempo todo, buscando manter o aproveitamento de 100%, algo conseguido apenas uma vez, em 98. Claramente, o time francês melhora quando Giroud entra e deixa Benzema livre como centroavatante. Referência, ele atrai a marcação deixando os colegas livres, e vez por outra consegue criar boas chances. 
No final da partida, já com um jogador a menos, o Equador se lançou desesperadamente ao ataque. Buscava os gols que precisava para se classificar (àquela altura, eram 2). Não foi possível, e o placar terminou zerado, com estranhas vaias do público, na medida em que foi um bom jogo, principalmente pela luta intensa promovida pelos equatorianos, que acabaram sendo a única seleção sulamericana eliminada na fase de grupos.

Novamente, não vi a outra partida. Pelos lances apresentados, os 3x0 ficaram de bom tamanho, com direito a golaço no primeiro, logo aos 6 minutos de jogo. Honduras chegou a criar chances, mas nada tão claro assim. Como dito aqui, os suíços chegaram sem maiores sustos à vaga.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Copa 43 e 44: Argentina 3 x 2 Nigéria e Bósnia 3 x 1 Irã

Deslanchou o ataque portenho, finalmente. É exatamente o futebol que (não) queremos ver neles.
O jogo começou aceleradíssimo, e estava 1x1 aos 3 minutos. Messi abriu o placar apenas para ver o empate no minuto seguinte. Estabelecidas as coisas, a Argentina começou a construir jogadas pelo meio. Desta vez, diferentemente dos jogos anteriores, estava dando certo. O time chegava, tocava rápido de pé em pé e chutava a gol. No final do primeiro tempo, uma falta cobrada por Messi desempatou o jogo e empatou a artilharia do torneio.
No segundo tempo, o cenário foi o inverso. Os africanos conseguiram um gol relâmpado e os sulamericanos marcaram em seguida. Seguiu-se uma boa partida, com a Nigéria evitando se entregar pois uma vitória do Irã no outro jogo poderia lhe eliminar, o que não aconteceu.

Não vi o outro jogo, apenas os melhores momentos. Vi tardiamente a Bósnia que se esperava: fazendo gols. Jogadas de fora da área e ataques velozes, exatamente como o time passou por seu grupo nas eliminatórias. O Irã marcou apenas em uma desatenção da defesa europeia, em bola lançada para 4 jogadores impedidos mas que apenas um quinto, vindo de trás, foi buscar. Por mais que eu ache que isso é impedimento, nada me convence que a defesa não tem que parar em lances assim.

Copa 37 e 38: Colômbia 4 x 1 Japão e Grécia 2 x 1 Costa do Marfim

Definitivamente, o futebol asiático regrediu. Coreanos e japoneses, que costumavam ser saco de pancadas e estavam até dando trabalho entre 2002 e 2010 voltaram a ser sacos de pancadas. 
Ok, temos que admitir que a Colômbia vem jogando bem, com um futebol consistente e estável, com bons jogadores do meio para frente. O time está bem armado e, embora não tenha enfrentando nada muito sensacional até agora, venceu todas, sempre controlando bem o jogo. Na partida da 3a rodada da fase de grupos, não foi diferente. Deixou os nipônicos ficarem com a bola quando eles queria, pois tinham total controle do que estava acontecendo. Os gols eram variados e saíam com naturalidade. Chegou a sofrer o empate, é verdade, mas em uma falha boba de marcação. São claramente favoritos contra o Uruguai. 
A menção honrosa fica para a entrada em campo do renomado Mondragon, 43 anos, novo recordista de idade para jogadores que entraram em campo na Copa. Mais do que apenas um homenageado, Mondragon evitou o 2o gol japonês no último lance da partida. Como se ainda precisasse provar alguma coisa. 

O outro jogo da chave viu os favoritos africanos desabarem novamente. Uma tristeza levar o segundo gol aos 45 do segundo tempo. Os africanos mostram, novamente, um problema emocional em decisões. Não tem conseguido segurar a situação favorável quando a coisa aperta. Tem sido assim desde que Camarões cedeu a vitória aos ingleses em 1990, com exceções olímpicas apenas, mas nada em Copa do Mundo.
Duas verdades precisam ser apontadas. O ridículo penalti marcado a favor da Grécia foi um dos maiores escândalos que vi na história das Copas. O defensor marfinês não estava a menos de meio metro do atacante, que tropeçou sozinho na própria ruindade e caiu. Sequer estava cavando o penalti, que foi marcado. A outra verdade foram as 3 bolas na trave que os gregos chutaram durante o jogo. Por mais que se observe que a bola na trave é um erro e não um acerto, elas representam chaces agudas de gol e, em quantidade, mostram quem jogou melhor.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Copa 39 e 40: Uruguai 1 x 0 Itália e Costa Rica 0 x 0 Inglaterra

Delícia das delícias, alegria suprema, máxima diversão. Não fica mais Schadenfreude do que isso.
Em uma típica decisão desesperada e apertada, Uruguai e Itália decidiriam quem fica e quem vai para casa. Um mata-mata na fase de grupos.
O jogo mesmo, admito, foi chato. O Uruguai tomou a iniciativa por precisar do resultado, mas não tem a qualidade técnica do Chile ou da Colômbia, para citar os vizinhos próximos que estão jogando bem. Que falta está fazendo o Forlán de 2010...
Não que seja novidade, para a arbitragem favoreceu a Itália ao não marcar um penalti no segundo tempo. Sempre a mesma coisa. Minutos depois, um jogador italiano foi expulso por solada. Era lance para cartão laranja, e o árbitro optou pelo vermelho e não errou, embora também não erraria se fosse amarelo. 
Mais tarde, o lance mais bisonho da Copa até agora: Suárez, o mesmo do penalti para Gana em 2010 e dos dois belos gols contra a Inglaterra outro dia, mordeu o defensor adversário. Todo mundo já leu e viu o suficiente sobre isso. Apenas deixo a pergunta: o que diabos passa pela cabeça de um sujeito que faz isso na frente de 40 câmeras de alta resolução ?
E aos 37 minutos do segundo tempo Godin fez o gol de cabeça, em cobrança de escanteio. 
Cai a azzurra. Sobe este blogueiro, eternamente bronqueado com a Itália pelo disparate imperdoável de nos ter eliminado da Copa de 82. 

Não vi o outro jogo, nem os gols que não aconteceram. 

Copa 33 e 34: Brasil 4 x 1 Camarões e México 3 x 1 Croácia

Empurramos um bêbado na ladeira. 
Os eliminados camaroneses mostraram as deficiências de seu futebol por boa parte do jogo contra o Brasil. Marcação confusa e falha, pouca criação no ataque e excesso de vigor e macheza em alguns momentos.
A seleção brasileira tem uma só jogada: Thiago Silva e David Luiz troca bola atrás e lançam para Neymar que, tomara, domine a bola. Vez por outra dá certo. "Um time de uma nota só", ouvi no rádio.Verdade pura. A defesa, até então sólida, mostrou fraquezas: Camarões quis jogar futebol por apenas 2 minutos, e conseguiu uma bola na trave e um gol. Imaginem isso contra um Chile embalado, empolgado, motivado e com muito mais qualidade técnica...
Ok, nem tudo são desgraças a serem relatadas. O time melhorou demais com a saída de Paulinho e entrada de Fernandinho. Ganhou outra consistência ofensiva e melhorou na marcação também. Não que a culpa seja de Paulinho: talvez ele cumprisse ordens, ou tivesse ordens que não conseguia cumprir... Mas sou partidário de Fernandinho agora. Neymar não está fazendo aquilo que mais me irrita nele: cavar faltas loucamente. Está jogando séria e objetivamente. Fred desencantou, e isso só pode ser boa notícia. Júlio César continua firme. 
Entendo, portanto, que o abismo entre Brasil é Chile é menor do que o visto na segunda rodada, mas o Chile ainda é melhor e ainda é favorito. 

Na outra partida, novamente tive que me contentar com o vídeo de exatos 2min30 do UOL. Curiosa essa precisão, deve ser algum item de contrato...
Os mexicanos abusaram da jogada área para vencer. Chutaram bola na trave e tiveram um penalti não marcado. Pelos melhores momento, venceram com tranquilidade, mas o arqueiro Uchoa foi vazado finalmente. Não devem resistir ao ataque holandês, no entanto.

Copa 35 e 36: Holanda 2 x 0 Chile e Espanha 3 x 0 Austrália

O grupo B foi o primeiro a terminar seus jogos na Copa-14. Sem nenhum empate nos 6 jogos, a classificação terminou 9-6-3-0, como naqueles video-games antigos (e ruins).
Vi o jogo Holanda x Chile. Os sulamericanos dominaram a posse de bola por boa parte do jogo. Estatísticas apontaram 66% do tempo, o que dá o dobro dos 34% do adversário. Ainda assim, não finalizavam as jogadas. Falta objetividade ao time, conforme eu notei e escrevi no primeiro jogo, contra a Austrália. A Holanda amadureceu seu modo de jogar futebol, não se importando em deixar a bola do o adversário e usando velocidade e precisão nos contra-ataques. 
O time chileno é muito bom, talvez a melhor seleção chilena que eu tenha visto em minha vida, com vários jogadores fora de série. Pode ir longe, e se souber marcar os gols que precisa, pode ser campeão sim.
A Holanda chegou e continua como favorita. E parece que ainda está para nascer alguém que marque o pé esquerdo de Robben. 

Não vi Espanha x Austrália, apenas videos dos 3 belos gols. O time estava apático, o que é compreensível, e ainda assim venceu com facilidade. Mas acho injusto o resultado agregado de 3 derrotas, 3 gols pró e 9 contra, saldo -6: os australianos mostraram um futebol muito mais interessante e criativo que, por exemplo, belgas, russos e coreanos, gregos e iranianos somados. 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Copa 32: EUA 2 x 2 Portugal

Em uma Copa com, até então, 28 bons jogos, nada mais justo que um jogaço para chegarmos na metade do caminho. E foi mesmo.
Portugal saiu na frete em uma falha bisonha da defesa, logo aos 5 minutos de jogo. O time se assustou e permitiu que o adversário tomasse o controle do jogo e tentasse ampliar o marcador em buscar de minimizar o prejuízo da primeira rodada. A festa portuguesa durou até os 25 minutos, quando os nervos voltaram aos respectivos lugares. As boas jogadas começaram a aparecer pela direita, nos pés do veloz Johnson. Os EUA chegaram a criar algumas chances, mas Portugal esteve até mais perto do 2o gol, com direito a bola na trave e defesa salvadora de Howard no rebote. 
No segundo tempo, vimos o trabalho de Klismann. O time voltou mais pelo meio, abrindo as jogadas mais a frente e criando chances mais agudas. Deu certo. Empatou. Virou. Jogou melhor o segundo tempo todo. O resultado classificaria os americanos antecipadamente para as oitavas, para delírio do enorme público que veio ao Brasil gastar seus dólares.
Mas, como diz um certo conhecido técnico brasileiro, a bola pune. E o time que fez o gol mais rápido da Copa sofreu o mais tardio. Aos 49min40 do segundo tempo sofreu um injusto, embora legal, empate. 
Os americanos decidem sua vaga contra a Alemanha. O empate classifica ambos, com a Alemanha em primeiro pelo saldo. Gana e Portugal precisam vencer um ao outro e ainda torcer para que haja um vencedor no outro jogo, de preferência a Alemanha para que a diferença de saldo seja menor.
E como digo há anos: Cristiano Ronaldo é uma fraude.

domingo, 22 de junho de 2014

Copa 31: Argélia 4 x 2 Coréia do Sul

Eu achei que o jogo daria sono. Longe disso!
Pouco conhecedor dos times, eu não sabia que os africanos tem muito mais qualidade técnica que os asiáticos. Sabiam tocar a bola e construir jogadas. A correria asiática tradicional era inefetiva para não dizer inútil.
Foi assim que a Argélia abriu 3x0 no primeiro tempo, dando a impressão de ter matado a fatura. Falso, mas esta não me enganou: sei que eles são coreanos, e não desistem nunca...
Logo no começo do segundo tempo fizeram um gol e se empolgaram, lançando-se ao ataque. Isso deu o contra ataque que levou ao 4o gol argelino. Insistentes, os coreanos fizeram o segundo gol e buscaram até o último momento, pois o saldo pode fazer diferença. 
Os belgas lideram o grupo H com 6 pontos e estão classificados apesar do futebol meia boca apresentado. Os argelinos têm 3 pontos e jogam pelo empate contra os russos, que tem apenas um, assim como os coreanos. Estes últimos precisam de um milagre: golear os diabos vermelhos para obter o saldo necessário para superar russos ou argelinos: ficou difícil.

Copa 30: Bélgica 1 x 0 Rússia

Ô jogo ruim de ver...
Definitivamente, o fantasma da má vontade está exorcizado da Copa. Embora alguns times não tenham a menor condição técnica para estarem por aqui, o empenho tem sido intenso e constante.
Os diabos vermelhos estão jogando menos do que podem, e os russos estão no seu limite. Porém, nenhuma das equipes tem criatividade ou posicionamento tático ofensivo para fazer coisas realmente interessantes. Os russos jogam por marcação dos espaços e cobertura constante. Isso torna a vida do adversário, digamos, cansativa. No entanto, os russos não tem qualquer criatividade no ataque, e tentam apenas se aproveitar de bolas perdidas. Os belgas ainda tem alguma habilidade e até conseguem o primeiro drible, mas não o segundo.
O gol saiu só no final do jogo, em uma falha de marcação. Só assim.

sábado, 21 de junho de 2014

Copa 29: Nigéria 1 x 0 Bósnia

Nem tanta técnica ou tática, mas um espetáculo de empenho e dedicação. A Bósnia está eliminada da Copa com sua segunda derrota, e a Nigéria decide sua vida contra a Argentina, classificando-se com mero empate. 
O jogo foi uma alternância de ataques de ambas as partes por todo o primeiro tempo, com direito a um erro grave de arbitragem que marcou impedimento inexistente no que seria o gol da Bósnia quando o jogo ainda estava empatado. Aos 28 minutos a Nigéria abriu o placar, em lance no qual a Bósnia reclamou sem razão de falta de ataque.
O segundo tempo foi um bombardeio bósnio na nada sólida defesa nigeriana. No entanto, não conseguiram marcar o gol, com direito até a bola na trave no último lance do jogo, embora irregular pois o atacante arrumou a bola com o braço.

Copa 28: Alemanha 2 x 2 Gana

O bixo papão germânico parou, e não foi no ataque, amigo leitor.
Um jogo relativamente simples de entender, os alemães foram para cima dos africanos o tempo todo. Buscavam fazer outro bom placar, para embalar no torneio. Conseguiam criar chances, chutar a gol e até obrigar o goleiro ganense a fazer defesas. Eventualmente, o bombardeiro alemão chegou ao primeiro gol.
Sem se abalar com gol sofrido, os ganenses saíram para o jogo de modo organizado e consistente. A boa defesa alemã cometeu uma falha que permitiu o gol de empate. A Alemanha saiu novamente para o ataque, buscando refazer o placar e sofre a virada em um contra ataque. Configurava-se outra zebra no Castelão, com o detalhe que Gana não era um time covarde e defensivo, apenas detinha menos a posse de bola que o adversário.
Então a substituição que entrou para a história das Copas colocou Klose em campo. Em sua primeira jogada, primeiro toque na bola, ele empatou o jogo, fazendo seu 15o gol na história das Copas, empatando com Ronaldo.
O jogo terminou 2x2, com muita correria e empenho no final.

Copa 27: Argentina 1 x 0 Irã

Quase vimos uma zebra história hoje. De certa forma, vimos sim. A toda poderosa argentina marcou apenas aos 45 do segundo tempo, em jogada individual do craque Messi. Foi a única chance de gol portenha. Já o Irã teve 3 boas chances, uma das quais defendida por pouco pelo goleiro Romero.
Com exceção dos minutos 10 a 25 do segundo tempo, o jogo foi um só ritmo: posse de bola totalmente inefetiva dos argentinos. Não eram capazes de criar nada que agredisse o estranho sistema defensivo 5-5-0 dos asiáticos. A troca de passes não abria espaço algum e a péssima partida feita por Higuaín.
Nos citados minutos 10 a 25 do segundo tempo, o jogo foi do Irã, amigo leitor. Sério, não estou zoando. Tomou o meio campo, avançou e ocupou os espaços, criando chances reais de gol, três ao todo. 
No final, prevaleceu o craque. Na típica jogada de driblar para a esquerda e chutar no canto, Messi fez seu segundo gol na Copa. 
Resultado injusto, o 0 x 0 refletiria melhor o que aconteceu em campo. Mas gol legítimo de craque é um fator sempre constante em Copa do Mundo.

Copa 26: Equador 2 x 1 Honduras

O dolorido é ficar ouvindo coisas como "Honduras não faz gols em Copa do Mundo há 32 anos". De todo modo, mais uma virada e mais um 2x1. 
O time equatoriano não me empolga, ainda. Os três gols marcados foram do mesmo jogador, o que mostra a dependência dele. E um dos jogos foi contra Honduras, que não é o que podemos chamar de potência futebolística.
Curioso foi o andamento do jogo. Equador precisava mais do resultado do que Honduras, por enfrentar os temidos franceses na última rodada. Saíram para o jogo, deixando o contra ataque para os centro-americanos. E estes sabiam como usar, criando chances eventuais. Quando o Equador havia dominado as ações, tomaram o gol. No entanto, souberam aproveitar o relaxamento do adversário e empataram 3 minutos depois.
No segundo tempo, o time amarelo armou uma arapuca tradicional no futebol e cedeu a bola chamando o adversário. Quando este se empolgou, foi castigado em um contra ataque e o Equador chegou ao segundo e definitivo gol. 
Equador chega a 3 pontos e precisa, só, vencer a França. Um empate pode, eventualmente, classificar, embora eu entenda que a Suíça vença Honduras sem maiores problemas.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Copa 25: França 5 x 2 Suíça

O placar foi longe de ser justo. Com a França.
O massacre do ataque francês contra a ex-forte defesa suíça durou o jogo inteiro. Vários gols perdidos, inclusive o primeiro penalti não convertido na Copa. A velocidade do ataque azul foi impressionante o tempo todo. Outro ponto marcante foi o fato de 5 jogadores diferentes terem marcado. Ficou difícil até mesmo apontar um melhor em campo.
O mais bacana é vermos que a Suíça não foi um adversário morto. Mesmo quando o placar mostrava 5x0, o time havia criado diversas oportunidades de gols, tendo o goleiro francês feito algumas boas defesas. No final da partida, um relaxamento natural permitiu os gols suíços, sendo o segundo belíssimo. 
Apesar da goleada, entendo que a Suíça ainda é a segunda força do grupo e deve se classificar, embora isso ainda dependa do jogo 26, em instantes. A França mostra que não está de brincadeira, e é candidata ao bi.

Copa 24: Costa Rica 1 x 0 Itália

Ou "Quando a piada fica repetida"...
O que dizer de um time que não apresenta um esquema diferenciado, ou jogadores particularmente habilidosos, ou de empenho acima do esperado mas que, apenas, vence os grandes do futebol? Pois é o que vemos na Costa Rica.
O time centro-americano dominou o início e o final do primeiro tempo, dando espaço aos italianos na parte do meio. Assim também se distribuíram as melhores chances de gol. Em termos de posse de bola, foi um primeiro tempo igual. Em termos de chances, não: logo antes do gol, um penalti não foi marcado a favor da Costa Rica. E o jogo vira 1 x 0, com ajuda do árbitro.
O segundo tempo viu a Itália mudar o time e ver um Balotelli irritado, como costuma acontecer quando as coisas não vão bem. Levou até o primeiro cartão amarelo do jogo. No entanto, o domínio italiano não gerava chances efetivas de gol. Nada de chances agudas, a meu ver.
O final do jogo, ainda com a pressão azurra, me fez pensar. O empate cancelaria a classificação antecipada da Costa Rica, mas não classificaria os italianos. Mais que isso, a situação italiana permaneceria a mesma: "basta" empatar com o Uruguai. A diferença potencial seria apenas alguma chance de sair em primeiro de grupo, pela combinação de resultados. Por outro lado, expunha-se a tomar o segundo gol e caso isso acontecesse, a vantagem do empate seria revertida para a celeste. Honestamente, eu esfriaria o time e cuidaria para evitar isso. Mas é quando vemos o orgulho entrar em campo, pois uma Itália jamais poderia se contentar "em perder só de um gol" da Costa Rica.
Nada mais ocorreu, o jogo acabou 1x0, os ingleses estão eliminados e a Costa Rica classificada. Os deuses do futebol estão bêbados.

Copa 22: Japão 0 x 0 Grécia

Não foi um jogo tão ruim assim, mas bem abaixo da média da Copa.
Cansado do futebol pragmático de defesa, o Japão prefere jogar com posse de bola e busca do gol. Um tipo de tiki-taka com molho shoyo... Já a Grécia parece se divertir apenas com o fato de estar na Copa. Não mostrou, em dois jogos, absolutamente nada de interessante.
O jogo em si foi uma bateção de estacas do ataque japonês na defesa grega. Com bem menos qualidade que a Colômbia, os nipônicos não foram capazes de abrir o placar, mesmos jogando 60 minutos com um a mais em campo, pela correta expulsão de um jogador grego. 
Bem ou mal, os gregos estão vivos na Copa: precisam vencer os marfinenses, que jogam pelo empate. O Japão precisa vencer a Colômbia e torcer por resultado no outra partida.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Jogo 23: Uruguai 2 x 1 Inglaterra

Pela oitava vez, tivemos o placar 2x1 nesta Copa. Resultado perfeitamente legal, embora injusto na minha visão, pois entendo que a Inglaterra jogou mais.
Os bicampeões começaram o jogo pressionando, mas a ímpeto durou apenas 10 minutos. Aos poucos, os ingleses tomaram conta do meio campo do jogo, e passou a comandar as ações deixando o conta ataque para o adversário.
O problema é que deixar o contra ataque para um time que tem Cavanni e Suarez pode ser um erro. Foi. O camisa 9, embora voltando de contusão deu um cabeceio mortal em lançamento de Lodero e abriu o placar, bem quando os ingleses pareciam que sairiam a frente (em especial depois de um cabeceio de Rooney na trave, feito a meio metro dela). 
No segundo tempo, o Uruguai tentou sair para o jogo novamente, para definir o jogo no abafa, como diz a gíria do futebol. Não deu certo, e o Uruguai volto a ceder o meio campo para os ingleses. A pressão era forte e eventualmente deu certo: Rooney marcou em cruzamento da direita, seu primeiro gol em 10 jogos de Copa. 
Empolgados, os ingleses partiram para a virada do jogo e tinha volume para isso. Mas em uma bola chutada pelo goleiro Muslera, a defesa inglesa falhou e Suarez marcou novamente, outro belo gol. 
O time da rainha está praticamente fora da Copa, pois depende de resultados. Os uruguaios dependem apenas de si: "basta" vencer a azzurra.

Copa 21: Colômbia 2 x 1 Costa do Marfim

Mais um jogo de 3 gols confirmou a boa fase dos colombianos. 
O jogo teve predomínio amarelo o tempo todo. O time sulamericano manteve a cabeça no lugar mesmo quando os africanos chegaram com perigo. Com boa atuação de Cuadrado, o toque de bola colombiano chegou ao gol apenas no segundo tempo, em cobrança de escanteio pela esquerda. Logo depois, uma saída errada da defesa originou o contra ataque mortal: 2 x 0.
O time verde seguiu no ataque. Buscava o gol com muito empenho e garra, mas sem efetividade. Apenas em uma jogada, perdoem o trocadilho, elefantástica de Gervinho pela esquerda, dando número finais ao placar. 
A Colômbia chegou e vai dar trabalho nas oitavas. Costa do Marfim perdeu, mas provavelmente se classifica vencendo os gregos.

Copa 18: Croácia 4 x 0 Camarões

E'to não jogou. Ou não tinha condições físicas, ou técnicas ou opção tática do treinador. Fato é que o time que era E'to +10, ficou só com os +10 e não fez muita coisa em campo não.
O futebol croata mostrou-se mais organizado e incisivo do que na estreia contra o Brasil. Trata-se daquele esquema tipicamente europeu de marcação forte com toques curtos e movimentação coordenada a frente. Visualmente, não me agrada. Mas o placar obtido não deixou dúvidas sobre a eficácia.
Camarões não conseguiu chegar com intensidade ao gol croata. As jogadas individuais e habilidosas tradicionalmente não passam pelas marcações em 5-4-1, pois sempre tem um jogador a mais a ser driblado.
A nota triste ficou pela expulsão de Song, por uma agressão estúpida ao adversário.
A Croácia está viva na Copa. Basta vencer o México e se classifica. Mas empatar os faria depender de Camarões vencer o Brasil, algo pouco provável. Perder novamente está fora de cogitação.

Copa 20: Chile 2 x 0 Espanha

Caiu de vez. Matematicamente agora.
Os campeões do mundo e bicampeões europeus estão eliminados da Copa, ainda na segunda rodada. Aproveitaram para zoar o bolões de um monte de gente, eu incluso...
Vi o primeiro tempo e 20 minutos finais. No primeiro tempo, quando o placar foi construído, vimos em essência o mesmo dos jogos anteriores dos dois times. A Espanha seguiu com o toque tiki-taka e o Chile com ataques rápidos e objetivos. Deu exatamente no mesmo: dois gols do Chile. Entre eles, houve algum poder de fogo espanhol, diga-se. Houve controle, organização e vontade. Depois do segundo gol, no final do primeiro tempo, víamos como cadáveres esperando a morte inevitável.
O tiki-taka morreu. O Barcelona  não ganho nada este ano e a seleção desabou na primeira fase da Copa. Eu não torcia contra, mas torço agora pela renovação de ideias. E não se preocupem com os jogadores: eles terão um final de carreira digno e ricamente recompensado.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Copa 19: Holanda 3 x 2 Austrália

Outro jogão de bola aconteceu hoje, entre Holanda e Austrália, com direito a duas viradas de placar. Valeu demais ter almoçado na mesa do escritório hoje. A Austrália veio para jogar bola, para atacar, para tentar vencer o jogo. Futebol é vencido por quem faz mais gols, não por quem empata. Mesmo com menos times, com menos craque, com menos conjunto.
O início de jogo já mostrou que não era uma tarde comum no Beira-Rio. A Austrália tomou a iniciativa do jogo, controlou a bola e passou a, apenas, atacar a até então sensação da Copa. Criava oportunidades, chutava a gol, embora sem muita eficácia. No entanto, em um contra ataque veloz de Robben, a Holanda saiu na frente aos 16 minutos. Outra correria, desta vez pelo lado esquerdo do campo para não ter que driblar e chutar. Porém, 3 minutos depois, Cahil recebeu um lançamento de 40m e chutou de primeira, sem pulo, direto no gol, o mais bonito da copa até agora. Lindo mesmo. Obtido o empate, o jogo voltou ao que era: domínio australiano. Entre os melhores momentos do primeiro tempo, o único lance holandês foi o gol.
No segundo tempo, Holanda voltou um pouco melhor, e foi a Austrália quem marcou, virando o jogo. Em pênalti inexistente. O jogo ganhava contornos surreais. Cinco minutos depois, porém, a Holanda empatava com Van Persie, na mesma linha do adversário. A Austrália partiu para cima, tentou o gol que quase saiu aos 21 minutos em uma bola rebatida dentro da área. E, como castigo, o contra ataque deu o 3o gol holandês, em falha (não frango) do goleiro. 
Honestamente, acho que a Austrália jogou melhor, mas "esqueceu" de vencer o jogo. Esqueceu é modo de dizer, pois não faltou vontade ou comprometimento. Praticamente eliminados da Copa, fica meus parabéns ao time. Quanto à Holanda, é ótimo time, mas não é o bixo papão que se afirmou ser. E, amigo leitor, eu disse isso aqui. Lembram ?

Copa 16: Rússia 1 x 1 Coréia do Sul

Na ressaca do empate entre Brasil e México, vi o terceiro jogo do dia meio de saco cheio. Já defendo há tempos que a Copa poderia ter mais tempo e menos jogos por dia, até porque depois dela rola um bode generalizado com o futebol. Mas enfim...
Outra boa partida, devo dizer. Assim como os belgas, russos e coreanos jogavam para vencer e tentar fugir do segundo lugar do grupo. Isso fez ambos buscarem a vitória com escolas de jogo bem diferentes. Isso é Copa do Mundo, amigo leitor.
Os russos tem um jogo coletivo forte, pouca habilidade e muita condição física. Apostam no conjunto: 14 dos 23 jogadores jogam no Spartak ou no Dynamo, e os outros 9 também atual na Rússia. Isso traz conjunto e entrosamento. Os coreanos são mais habilidosos, usam passes rápidos e profundos e buscam o gol com velocidade tipicamente asiática.
O embate fez os russos correrem bastante no primeiro tempo, a ponto de eu achar que não aguentariam o calor de Cuiabá. Empate sem gols no primeiro tempo, no entanto. Os coreanos começaram melhor, mas acabaram cedendo espaço ao adversário depois dos 15 minutos.
No segundo, os russos intensificaram o ritmo de jogo, para minha surpresa. Apertaram os espaços, tomaram ainda mais a bola e foram tentar vencer o jogo. Castigo injusto, uma jogada individual gerou o primeiro gol do jogo, em um frango espetacular do goleiro russo. Frango clássico: a bola passou entre as mãos (de alface) dele.
Não havia opção. A Rússia abdicou da marcação e partiu com tudo o que tinha para empatar o jogo, conseguindo minutos depois. Empolgada, seguiu buscando a virada que não veio, para tristeza deste blogueiro que apostara 2 x 1 no bolão.
O grupo ficou interessante: ambos podem ser classificar vencendo a fraca Argélia e a não tão forte Bélgica.

Copa 17: Brasil 0 x 0 México

Antes de mais nada, é bastante errado Brasil e México jogarem suas segundas partidas antes de Rússia e Coréia do Sul estrearem. Erro crasso na tabela, imperdoável.
Verdade seja dita, ao contrários de Nigéria x Irã, um 0 x 0 pode ser um bom jogo. Houve empenho, chances, construção de jogadas e vontade de vencer de ambas as partes. Também sou de opinião que era mais uma questão de tentar fugir da Holanda nas oitavas do que de se classificar, mas isso não muda o fato de ter acontecido um bom jogo.
Não foi uma completa desgraça. Nossa defesa me pareceu sólida durante todo o jogo. Júlio Cesar, que na minha convocação não seria nem 3o goleiro, foi muito bem no jogo e demonstrou segurança. As várias bolas pelo alto sempre tiveram boa marcação de David Luiz e Thiago Silva, este último o melhor em campo pelo Brasil. Embora poucas, foram criadas chances de gol sim, tanto que o melhor jogador do México e melhor em campo foi o goleiro Ochoa. Então é preciso colocar as coisas como elas de fato foram: um jogo no qual um goleiro foi o melhor em campo significa que o adversário, no mínimo, lhe deu trabalho.
Mas, sim, temos problemas. A parte do jogo em que isso ficou mais evidente foram os primeiros 15 minutos do segundo tempo. Nesse tempo, o México chutou 6 bolas, sem perigo algum. Mas nós batemos 6 tiros de meta de chutão. Isso sim é o problema: nenhum time capaz de criar jogadas dá chutão em tiro de meta: toca para o zagueiro que sai jogando até o meio.
Mas que meio ?
Esse é o ponto central do meu post: o time desabou sem Hulk. Eram 2 zagueiros, 2 laterais, 3 volantes e 3 atacantes, mas sem meio.
Podemos culpar Neymar e Oscar por não criarem jogadas ? Talvez não, não era a função deles.
Podemos culpar Paulinho, Ramirez e Luis Gustavo por não armarem jogadas? Não, pois não estavam lá para isso.
Então podemos culpar Felipão ? Podemos sim.
Amigos, alerta amarelo, Defcon 3: temos time para vencer Camarões, mas neste momento há um risco real de sairmos em segundo de grupo e pegar a Holanda nas oitavas. Há um risco menos, mais mensurável de ficamos de fora na primeira fase. A coisa está feia.

Copa 15 : Bélgica 2 x 1 Argélia

Difícil evitar os clichês do futebol nesse jogo. "Não tem mais bobo no futebol" ou "O futebol está muito nivelado" ou "É um jogo que se vence nos detalhes". Para esta partida, todos os três valem.
Cabeça de chave, a Bélgica veio de grande campanha nas eliminatórias, tanto que ficou nem colocada no ranking da FIFA. Veio com a obrigação de vencer e firmar sua posição. Leia-se: golear.
Os diabos vermelhos começaram o jogo nervosos. Acertavam apenas os passes mais simples, sem conseguir furar a marcação argelina. A situação piorou aos 22 minutos, quando foi aberto o placar pelo adversário: uma falha na marcação acabou gerando um penalti bem marcado e convertido. Os belgas mantiveram a cabeça no lugar por alguns minutos, mas ao final do primeiro tempo já se notava irritação entre eles pelos passes errados. O time sentia a pressão.
No segundo tempo, as alterações colocaram o time ainda mais a frente. Mas ainda levou 24 minutos para que o grandalhão Fellaini fizesse um belo gol de cabeça, de costas para o gol. A Argélia acreditou que podia vencer o jogo e saiu ao ataque. Tentou, ao contrário do Irã, vencer. E cedeu um contra-ataque para a virada do jogo aos 34 minutos. 
Os belgas fizeram os 3 pontos, em um grupo que ninguém quer ficar em segundo para evitar os alemães. Mas não convenceram que podem vencer os americanos, por exemplo, nas oitavas.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Copa 14: EUA 2 x 1 Gana

Na segunda revanche da Copa, considerando apenas resultados relativamente recentes, a vingança foi conseguida novamente. Depois da Holanda bater a Espanha, foi a vez dos americanos porem fi à freguesia para Gana. Se essa tendência continuar, podemos nos dar mal nas oitavas de final, ou mesmo na segunda rodada contra o México.
Dampsey abriu o placar em jogada rápida e habilidosa pela esquerda. Não há o que comentar antes disso, pois o gol foi aos 28 segundos de jogo. Cristiano Ronaldo deve ter feito uma careta. 
Feito o gol, os americanos empurrados pela ampla maioria da torcida tentaram matar o jogo ainda na primeira metade do primeiro tempo, aproveitando o descontrole dos ganeses. Sem sucesso, acabaram recuando e dando espaços. Ao final da primeira etapa, Gana já era dona da bola, com mais e piores chutes a gol. 
O cenário se manteve no segundo tempo, enquanto os americanos faziam a segunda substituição por contusão. A primeira, de Altidore, é daquelas de dar pena: distenção muscular violenta, que deve tirá-lo da Copa.
Gana seguiu na pressão e mostrando seu grande defeito: pontaria péssima. Eventualmente, no entanto, acabou acertando uma e fazendo um belo gol para empatar. Cristiano Ronaldo de ter sorrido.
Daí aconteceu um daqueles lances estranhos do futebol. Em uma disputa de bola, o zagueiro gananse estava protegendo a bola para ganhar um tiro de meta. O atacante americano tento forçar a passagem sem conseguir a bola, mas acabou atrasando o passo do adversário e a bola bateu na canela dele antes de sair: escanteio. Na cobrança, gol de cabeça.
As lições a serem aprendidas foram: não basta ter posse de bola e chutar: tem que chutar no gol. E não existe bola perdida.

Copa 13: Nigéria 0 x 0 Irã

Pela primeira vez, um jogo da Copa 14 caiu em um horário impraticável pra mim. Vi apenas o primeiro tempo e, segundo li, tive uma sorte danada de dormir no fretado durante o segundo tempo. Disseram que tudo que os outros jogos foram bons, este fui ruim.
Pelo primeiro tempo do jogo, os comentários fazem todo sentido. Foi um enorme e lento pebolim, com chutões de um lado para o outro sem qualquer qualidade técnica. É daqueles jogos que te faz ficar triste por não termo a Suécia (e as torcedoras suecas) na Copa. 
Fazendo um execício mental, tentei entender que diabo de plano é esse de tentar empatar os 3 jogos da primeira fase, pois é o que o Irã está tentando fazer (os nigerianos pelo menos tentaram vencer o jogo...). Caso consiga, o time fica com 3 pontos e saldo zero. Sua única condição de se classificar é se um dos adversários vencer os outros dois e estes dois empatarem, terminando a pontuação em 7-3-2-2. Qualquer outra combinação tem altas ou totais chances de eliminação. Vejam todas as combinações possíveis:
- 3 empates: classificação termina em 3-3-3-3, mas decide-se pelos gols marcados, e o Irã acaba em provável último.
- 1 vitória, 2 empates: classificação termina em 5-3-3-2, e o Irã disputa a vaga com o outro time que empatou tudo nos gols marcados, provavelmente perdendo.
- 2 vitórias de times diferentes no mesmo time, 1 empate: termina em 5-5-3-1, eliminado.
- 1 time vence uma e perde a outra, e um empate: termina em 5-4-3-2, eliminado.
- 1 time vence as duas, e um empate: termina em 7-3-2-2, classificado.
- 3 vitórias distribuídas: termina em 4-4-4-3, eliminado.
- 1 time vence as duas partidas e 1 time vence o outro jogo: termina em 7-5-3-1, eliminado.
Se era para isso, por que vieram ?

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Copa 12: Alemanha 4 x 0 Portugal

Massacre e decepção: são as duas palavras que descrevem o jogo.
Os alemães jogaram sem forçar o ritmo, temorosos do calor baiano das 13h. Tocavam a bola de pé em pé em vez de correr. Apenas quem está marcado precisa se movimentar. E assim ia chegando e envolvendo o time luso, sem pressa e correria. Chegou ao primeiro gol em um pênalti bem marcado pelo árbitro. Müller converteu. Hummels ampliou de cabeça em um escanteio. Depois disso, Pepe perdeu a cabeça ao dar uma cabeça no mesmo Müller. O curioso é que Müller foi atingido no rosto e desabou pedindo falta que o árbitro não marcou. Pepe decidiu intimidar o alemão e acabou por lhe dar uma leve cabeçada: foi expulso. Com um a mais, a Alemanha apenas controlou o tempo. Müller voltou a marca no final do primeiro tempo, já sacramentando o resultado.
No segundo tempo, substituições foram se alternando mais para renovar o fôlego do que para alguma opção tática. Relevante apenas foi o 4o gol, novamente de Müller, em um rebote. Assumiu a artilharia da Copa, e ainda tem jogos teoricamente fáceis na primeira fase. Pintou o chuteira de ouro.
Cristiano Ronaldo foi a decepção. Jogou de menos, falou demais, errou todas as finalizações que teve. Uma tristeza.

Copa 11: Argentina 2 x 1 Bósnia

Não convenceu, para minha surpresa.
Embora os hermanos tenham controlado a bola e o ritmo de jogo, a verdade é que não convenceram em sua vitória por 2x1. O fato do primeiro gol sair cedo, aos 3 minutos, e contra ainda por cima, deu uma exagerada confiança ao time que achou que faria mais gols quando bem quisesse. Messi não estava em bom dia e errava muitos passes. A Argentina simplesmente não criava nada. Foi mais interessante acompanhar a cantoria das duas torcidas (a Bósnia nunca deve ter jogado com tamanha torcida a favor).
No segundo tempo, Messi desencantou a marcou um golaço. Depois disso, mais marasmo e falta de objetividade. O jogo ensaiou um final interessante quando os europeus diminuíram, mas não tiveram forças para terminar a reação.
Assim como o Brasil, deve se classificar, mas precisa melhorar se quiserem ir longe.

domingo, 15 de junho de 2014

Copa 10: França 3 x 0 Honduras

Com placar tradicional, foi um jogo com suas devidas novidades. Bem divertido também.
Antes do jogo, a nota triste da organização: não foram tocados os hinos dos dois países. Triste perder o hino francês, o mais belo do mundo.
A França entrou em campo para vencer. Dominou a bola, tomou a iniciativa e, pelo menos contra o rival fraco, não mostrou sentir falta de Ribéry. As jogadas foram principalmente pela direita, com Valbuena, o dono do primeiro tempo. Houve uma troca de farpas entre jogadores dos dois times, que resultou em um cartão amarelo para cada lado. Seria aceitável expulsar os dois, mas o importante foi o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci usar o mesmo critério para os dois. Quando o jogo se encaminhava para o primeiro 0x0 no intervalo, um penalti bobo deu a chance que os franceses tanto procuraram. Benzema converteu.
O segundo tempo viu um momento histórico. Benzema tocou na saída do goleiro em uma falha de marcação, a bola bateu na trave, não entrou, voltou, bateu no goleiro, entrou e o goleiro tirou. Dificílimo de marcar, o sistema que aponta a presença da bola indicou o gol. O árbitro não hesitou em marcar o raro gol contra de goleiro. Depois de vários replays, finalmente vi um que me convenceu. Gol francês, gol da tecnologia. O próprio Benzema terminou a goleada.
Vencer Honduras não é o que se pode chamar de feito. Mas venceu e jogou bem. Provável primeiro de grupo. Menção honrosa para a amiga Ludmila que viu tudo isso de lá.

Copa 9: Suíça 2 x 1 Equador

Pela 5a vez, temos uma virada no placar. Depois de 9 jogos, nenhum empate. Que Copa!
Perdi os primeiros 10 minutos de jogo. Quando pude ver, era um jogo corrido, com ambas as equipes buscando o gol. Equador teve mais sorte no começo e achou um cabeceio de bola parada pela esquerda, abrindo o placar. O Ferrolho Suíço durou apenas 22 minutos.  Os europeus não se abateram e seguiram em frente, sem sucesso.
Uma substituição no intervalo mudou as coisas, e aos 2 minutos o reserva empatou em jogada quase idêntica. 
E ambos os times se lançaram ao ataque pelo resto do jogo! Os suíços com mais organização e os equatorianos com mais individualidade queriam realmente resolver ali suas vidas. Que bom ver isso em qualquer jogo de Copa, ainda mais na primeira rodada.
Quis o destino que uma bola desarmada dentro da área da Suíça gerasse um contraataque aos 47min40s do segundo tempo para dar a virada. 
Emocionante, e era para ser o jogo chato do dia.

Copa 8: Costa do Marfim 2 x 1 Japão

Já ouviram falar de quando um jogador joga apenas com seu nome? Ontem tivemos o exemplo perfeito disso na virada dos marfinenses sobre os japoneses. Aliás, foi um jogo de belas lições.
Drogba começou no banco por razões que desconheço. Isso não impediu os africanos de buscarem a posse de bola logo no começo do jogo, no entanto. Porém, era uma posse de bola sem objetividade: apenas passes trocados no meio campo pensando sobre como se fura a defesa nipônica. 
Felizmente, o futebol puniu isso, e rápido. Uma troca rápida de passes depois de um escanteio deixou Honda livre, que chutou forte para abrir o placar. 
O restante do primeiro tempo foi uma busca incessante pelo gol africano e pelo contra ataque asiático. Se no texto parece chato, garanto que não foi. 
O segundo tempo mudou. O time japonês saiu mais para o jogo pensando em definir o placar. Muito mais objetivo que o adversário no primeiro tempo, chegou a criar algumas chances, mas nada claro. Então, foi a vez de Drogba entrar em campo.
Drogba entrou com tudo, fez uma jogada veloz pela meia direita e deu um passe preciso para o companheiro desperdiçar o gol de empate. Foi o suficiente para apavorar a defesa do Japão. E em dois minutos, com dois gols de cabeça, o jogo virou. 
Drogba ? De modo algum. Não fez nenhum dos gols, ou assistências, ou sequer passes em cada um dos gols. Sua presença era outra: estava marcado quando os companheiros estavam livres para passar e marcar. Estava assustando e pressionando o adversário.
Não sei se Drogba estava bem fisicamente e se faria ele mesmo cada um dos gols. Não importa. Joga-se também com o nome e com a camisa. Seu posicionamento era impecável, isso posso dizer. E a Costa do Marfim venceu com justiça e autoridade. Vai dar trabalho nas 8as.

sábado, 14 de junho de 2014

Copa 7: Itália 2 x 1 Inglaterra

Não tem zebra em um jogo desse porte. E foi um belo jogo, mais um.
A Itália, ao contrário de suas tradições, começou o jogo com a posse de bola e foi procurando controlar o tempo. Os ingleses, ao contrário, optaram pela extrema objetividade e testar o contundido goleiro italiano. 
Nos primeiros vinte minutos, foram 3 chutes a gol, com relativo perigo. Depois disso, a Itália fechou melhor a marcação e criou chances agudas. Em um escanteio, uma genial deixada de Pirlo gerou o primeiro gol do jogo. Dois minutos depois, um passe genial de Rooney empatou o jogo.
No segundo tempo, a Inglaterra saiu para o jogo e foi castigada aos 5 minutos por Balotelli. A partir disso, foi um bombardeio inglês sem efeito prático. 
Final 2x1, com a Costa Rica líder do grupo.
Durma-se.

Copa 6: Costa Rica 3 x 1 Uruguai

Surpresa.
Zebra.
Castelanazzo.
Não há palavras simples que expliquem o que aconteceu hoje em Fortaleza. O time da celeste é basicamente o mesmo que chegou às semifinais de 2010: Suarez, Forlan, Logano... E não jogou assim tão mal. Abriu o placar no primeiro tempo, e jogava melhor. Mas no segundo tempo, a humilde Costa Rica descobriu como alçar as bola na área e assim foi dominando as ações. Empatou, virou em gol impedido, e sacramentou no finalzinho. 
Primeira zebra, primeiro cartão vermelho... E agora ambos tem pela frente Itália e Inglaterra. Que grupo !

Copa 5: Colômbia 3 x 0 Grécia

Ok, vencer a Grécia é empurrar bêbado na ladeira. Mas tem que não consiga, certo?
A verdade é que o time sente a falta de Falcão Garcia sim. Sente menos pois a contusão foi em janeiro e houve tempo para o time tentar se adaptar. Isso é um indicativo de quanto a França pode sofrer. 
O jogo foi relativamente tranquilo para os sulamericanos. Levou 5 minutos para abrir o placar e não deu muitas oportunidades para os gregos no primeiro tempo. Ampliou no segundo e passou a segurar o jogo. Chegou a tomar uma bola na trave, mas fechou a goleada nos acréscimos. 
Não vi nada empolgante no jogo. Mas a Colômbia foi eficaz, fez os três pontos e fez bom saldo. Sim, é bom resultado.
Em nota política, a torcida brasileira presente em BH cantou "eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor". Bom sinal, pois o Brasil deve jogar lá nas 8as e nas semi-finais. Mas também cantou "Ei, Dilma, vai tomar no cu", embora "todos" saibam que isso é coisa da elite branca paulista que agora se apropriou dos ingressos os pobres mineiros oprimidos.

Copa 4: Chile 3 x 1 Austrália

Impressionou-se mais a torcida do que o time. A festa chilena nas arquibancadas foi muito bonita, mesmo, com exceção de um rojão solto no terceiro gol.
O time sulamericano começou acelerado e abriu o placar aos 10 e ampliou aos 13. Deu pinta de goleada. A Austrália, mesmo recuada, não conseguia tomar os espaços e deixava o Chile jogar. Foi assim até os 30 ou 35 minutos. Depois disso o jogo mudou.
A Austrália conseguiu um pouco de controle de bola e saiu para o jogo, começando a trocar passes no ataque, ainda sem criar chances.
As tais chances vieram no segundo tempo, e o gol aussie saiu em seguida. Era a chance deles. O moral cresceu e os jogadores australianos começaram a impor sua nítida superioridade física, mas sem que isso fizesse deles um time violento. Em dado momento, teve chances reais de empatar, enquanto o Chile, provavelmente contaminado pelo estilo Valdívia, pecava pelo excesso de preciosismo no ataque, dando sempre mais um passe e esquecendo de chutar a gol. 
Quando chutou, ampliou para 3x1 já no final da partida, descomplicando o que poderiam ter sido minutos dramáticos. 
Placar justo.

Copa 3: Holanda 5 x 1 Espanha

O QUE FOI AQUILO ?


Exemplo clássico de resultado derruba-bolão. Quem na face da Terra apostaria em 5x1 para a Holanda em um bolão pago ? Na Espanha, vá lá, mas na Holanda ?
Não que seja um time ruim. Nenhum time com Robben, van Persie e Sneijder é ruim, ponto. Questionava-se o equilíbrio entre ataque e defesa, a mudança de esquema tático, que pela primeira vez em 40 anos deixaria de ser 4-3-3...
A verdade é que a Espanha dominava o começo do jogo, fez 1x0 e o gol de empate, golaço por sinal, foi meio que achado. Mas algo aconteceu no segundo tempo, e a condição moral e mental da Espanha desabou. Os gols foram se sucedendo sem dificuldade. Pelas bolas perdidas, poderia ter sido 8, sem exagero. 
A Holanda joga isso tudo? Talvez. Entendo que foi mais uma tarde desastrosa da Espanha do que brilhante da Holanda. E isso pode colocar Chile ou a própria Espanha em nosso caminho nas oitava, enquanto a Holanda foge para nos encontrar apenas na final.

Copa 2: México 1 x 0 Camarões

Depois de fazer uma eliminatória dramática, classificando-se no último jogo com gol dos EUA em outra partida, o México veio para a Copa desacreditado. Camarões pode não ter um time forte, mas tem o craque E'to. Poderia fazer frente.
Não fez.
O placar foi completamente injusto, em especial pelo 2 erros de arbitragem, que anularam o que seriam os 2 primeiros gols mexicanos. Valeu apenas o terceiro. 


O México dominou o jogo, controlou os espaços e a bola não deu chances de Camarões empatar, salvo nas cobranças de bola parada, onde o vigor físico pode pesar. A esta altura, preocupa sim para o joga do dia 17.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Copa 1: Brasil 3 x 1 Croácia

Vencemos, mas não empolgamos.
A vitória de ontem mostrou nossos problemas, mas também mostrou virtudes. Não foi uma desgraça em termos de torneio, e fizemos os 3 pontos contra o adversário mais forte do grupo.
Do lado ruim, não acho justo apontar o gol contra de Marcelo. Ele foi pego na passada, e não estava ali a passeio, mas marcando o atacante atrás dele. Mas a atuação de Luís Gustavo foi abaixo da crítica. Alternou momentos em que sumiu no jogo com falhas, com a de não ter cortado o cruzamento que gerou o gol contra. É um bom rapaz, joga bem e que teve um dia ruim. 
O segundo ponto negativo foi a falta de saber o que fazer com a bola. Contra uma Croácia fechada depois do primeiro gol e mesmo após o empate, a seleção brasileira retinha a posse de bola mas trocava passes no meio campo sem criar nada. Claramente faltam armadores de jogadas ali. Não temos um Zico ou um Rivaldo. 
Há pontos positivos, e destaco dois. Ao contrário do esperado, Neymar não ficou no seu típico cai-cai. Não ficou cavando faltas, não se acovardou. Jogou bem do ponto de vista individual, chamou a responsabilidade e fez dois gols. 
O outro foi Oscar. Apagado nos últimos amistosos, era um ponta direita dedicado ontem. Exatamente o que faltava no time de 2010. Fez boas jogadas, boas finalizações, dividiu bola com os adversários. Mostrou que está lá no caso de Neymar não estar bem. Oferece-se como plano B, o que parecia não existir até ontem. Em resumo, achei Oscar o melhor em campo.
O Brasil tem um trunfo sobre os adversários, e deve saber usá-lo: por jogarmos na estréia, temos o calendário mais espaçado de todos. O que fizemos ontem dá conta da primeira fase, mas não vence Espanha, Argentina ou Alemanha. É preciso melhorar. 

E o lance decisivo do jogo, como todos sabem, foi esse:


Difícil defender o árbitro. Já corre a piada de que o Fluminense vai recorrer ao STDJ para que o gol seja creditado a Fred.