terça-feira, 27 de agosto de 2013

Lista Negra: Company

Eta nomezinho repetido, hein ? No caso, me refiro à construtora, que segundo uma rápida pesquisa foi incorporada pela Brascan, que assume, portanto, o passivo de marketing, com direito a redução de lista negra permanente para temporária. Ainda assim, vale o relato.
Nos idos dos anos 90, um investidos pessoa física tinha propriedade de um terreno em Perdizes, bairro altamente residencial para quem não sabe. Ficava em uma quadra sem saída de uma rua tranquila e um tanto escondida. Decidiu, então, investir e subir um... motel vertical. 
Não sei se o relato é verídico, mas foi assim que a história chegou em mim. Olhando a papelada, o tal sujeito tinha nome muito parecido com o pai de uma moça (Cristina) que namorei mais ou menos nessa época também. Vai saber...
Enfim, o sujeito obteve autorização da prefeitura e subiu 9 andares em pré-moldados até descobrir que a coisa não é tão simples assim e abandonou o projeto. Alguns anos depois, a Construtora Company comprou o esqueleto, terminou a obra e vendeu em 2000. E este que vos fala comprou a unidade 82 do mesmo. Era uma das coberturas triplex e, verdade seja dita, diverti-me a valer naquele apê. 
Porém descobri na prática porque não se deve usar pré-moldados construções verticais como prédios residenciais ou comerciais, mas apenas em construções mais horizontais como shoppings. É muito rápido de construir, mas as vedações entre as peças são sofríveis. Para um shopping, muitas vezes com áreas de manutenção nas área mais externas da construção, as falhas nas vedações produzirão goteiras e entradas laterais de água. Mas vai pingar em pilhas de tubulações e pouca diferença fará. Mas em uma casa, a vedação falha na sua parede e entra água na sua estante e molha seu aparelho de fax, entende ?
Eu não tinha como saber, mas aprendi. A Company, que foi a empresa que terminou a obra e me vendeu a unidade alegou que não sabia também. Pouco provável, pois engenheiros civis deveriam saber essas coisas. Ainda assim, era possível alegar pouco conhecimento da técnica utilizada.
No entanto, eles não podiam negar a assistência técnica. E o tal Engenheiro Eduardo, responsável pela área de atendimento ao cliente, mostrou uma mistura de canalha procastinador com filho da puta de marca maior. Não atendia ao telefone, não retornava recados, dava todo tipo de desculpa esfarrapada para não assumir e resolver os problemas que a Company era responsável. O prédio precisou entrar com uma ação coletiva contra a construtora e só assim recebemos manutenção nas tais juntas. 
Eventualmente, a lei se fez valer e tivemos nossos direitos atendido. Mas a Company foi para a lista negra. Hoje fico feliz de saber que ela não existe mais.

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