quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Lista Negra: Copa Airlines

O caso com a Copa Airlines aconteceu em 2011, em minha primeira viagem internacional. Na ocasião, viajei para os EUA, em meu tour de 16 dias pela Flórida. Foram 4 pernas ao todo: São Paulo - Panamá City, Panamá City - Orlando, Orlando - Panamá City e Panamá City - São Paulo. 
A ida transcorreu sem incidentes, com o estranho detalhe de tomar dois cafés da manhã, um em cada voo. Mas vá lá.
A volta parecia tranquila. A escala era meio longa, cerca de 3 horas, mas transcorreu sem incidentes. Porém, eu era o quase típico turista brasileiro em Orlando: comprei montes de coisas. Por "montes" entenda-se que eu fui com uma mala pesando 6,5kg e voltei com duas, pesando 29,5kg e 31,2kg, respectivamente. 
A mais leve não era a menor: era pouco mais de um metro de comprimento para comportar os sabres de luz da turma de jogo. Recheei a mala com outras compras, como roupas, calçados e acessórios comprados por lá. Essa mala estava mais para "sacola", em material flexível. 
Já em Guarulhos, eu aguardava minhas coisas nas esteira. A primeira mala, azul e contendo as coisas mais valiosas, veio rapidamente. A segunda demorou. Já no final da carga aparece uma sacola transparente enorme da Copa, com cerca de 1m de diâmetro, cheia de cacarecos genéricos. Eu olho a saco e vejo um par de pantufas amarelas dentro.
Cacete: essa sacola é minha !
Capturei a mesma. Atrás veio outra, um pouco menor, mas no mesmo grau de baderna: tudo jogado dentro dela. Os 6 sabres vieram alguns minutos depois. A mala estava dentro da segunda sacola, cortada em linhas firmes e ângulos retos, para não haver dúvida de que foi ação humana. 
Juntei tudo e ainda tinha alfândega e freeshop pela frente. Não havia a menor chance de verificar se estava faltando alguma coisa no momento. Toquei em frente. O grau de tensão era baixo, pois os itens caros estavam na outra mala ou na mochila, e os itens sensíveis (os sabres de luz) estavam todos lá. 
Em casa, espalhei tudo pela sala e comecei a conferir as compras. Sim, havia coisas faltando: um perfume encomendado por um colega, um par de óculos escuros, sensor move e controle adicional para o PS3... 
Bem, hora de começar a burocracia. Eu tinha todas as notas fiscais de todas as compras. Sim, eu sou neurótico e isso ia se pagar. Fiz a checagem item por item, tabulei os valores e cheguei a USD 450. Podia ser bem pior.
Entrei em contato com a empresa aérea e registrei a reclamação. Foi um parto isso. Dias até conseguir falar com um ser humano. As alegações eram de que o fax estava quebrado, que o funcionário estava ausente, que na verdade o homem nunca pisou na Lua... Feito o registro, começou o jogo de empurra. 
O assunto se estendeu até julho (voltei dia 13/05). Fiz um registro no Reclame Aqui (e curiosamente, acabei de descobrir que a queixa foi deletada !) e então tive sorte. Fui procurado por uma equipe de reportagem da Rede Globo, para ser personagem de uma matéria sobre problemas em viagens longas. Curiosamente, a Copa me procurou no mesmo dia e fez uma oferta honesta: pagaria os USD 450 se eu assinasse um termo desistindo de qualquer ação indenizatória posterior. 
Aceitei.
Mas bani a empresa da minha vida. E cá estou relatando o ocorrido. 

Não sei se furto foi feito por algum funcionário da Copa. É possível. A mala passou por 3 aeroportos movimentados, e muita coisa pode ter acontecido no caminho. Mas o fato é que eu era o consumidor e a empresa fornecedora era a Copa. A Copa é quem me devia explicações, não a Infraero, a empresa panamenha que administra o belo aeroporto de lá ou ninguém mais. O problema era deles sim. E fugiram da bronca o quanto puderam. 
A Copa é uma empresa econômica e atrativa. Faz esquemas inteligentes de escalas, tornando os voos que precisam ser com escala praticamente voos diretos. Mas não assume a responsabilidade quando a coisa aperta. 
Voar de Copa Airlines é burrice aguda.

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