sábado, 31 de agosto de 2013

Matarazzo

Inspirado por uma visita a uma festa italiana na semana passada, fiquei curioso pela história dos Matarazzo. Não deixa de ter relação com posts anteriores neste mesmo blog, aqui e aqui.
Pois bem, pesquisei alguma coisa e achei 3 links interessantes.
Tentando ser simples em um assunto não rico (sim, com trocadilho) e complexo, Francisco Matarazzo saiu do nada para ser o homem mais rico de todos os tempos no Brasil. Teve mais de 300 fábricas, hidroelétricas (no plural), ferrovias (no plural também) e incontáveis propriedades. 
Sua estratégia básica era o "uma coisa leva a outra". Para ensacar um produto, montou uma fábrica de sacos de algodão. Daí, passou a explorar o óleo de algodão também. O que levava a latas e, portanto, siderurgia. Enfim, acho que o leitor compreendeu o conceito. Produzia de tudo: perfumes, talheres, louças, banha, sabão, colchas... Era capaz de dominar, literalmente, a despensa de uma casa em sua época.
A sucessão foi turbulenta e deu origem aos problemas. O conde Chiquinho não era a primeira opção do italiano, mas era a escolha depois da morte de Ermelino. Chiquinho ainda manteve o grupo no alto até os anos 50, mas mudanças no padrão tecnológico e de consumo não foram percebidas pelo grupo, que começou a definhar. Hoje, restou apenas uma fábrica de sabonetes. 
Acho triste ver algo tão rico virar pó. Não entro aqui no mérito de como e porquê isso aconteceu. Também não estou me solidarizando com ninguém em particular, mas sem o ranço (gostei dessa palavra, vou usar mais) que se vê com pessoas ricas, aparentemente culpadas por defaultApenas estou lamentando.
Vale a leitura, embora o final seja, como se sabe, depressivo até.
Diga-se, fosse o Conde Francisco nascido nos Estados Unidos, já teríamos não menos do que 3 filmes, uma dúzia de documentários e talvez até série com 4 temporadas. Aqui, precisei ralar para descobrir que existe livro sobre ele. Segue resenha sobre o mesmo. Nem sei como comprar: está esgotado.

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